Experiência de aprendizagem é certamente um dos termos que mais veremos num futuro próximo, especialmente com a retomada das discussões envoltas na aplicação ideal da BNCC através do desenvolvimento de competências e habilidades, bem como à aderência a novos métodos, que envolvam a experimentação, a criação e, consequentemente, o protagonismo dos estudantes nesse processo.
Nesse percurso, tem ganhado espaço a teoria de David Ausubel, ainda pouco estudada e explorada nos cursos de licenciatura e pedagogia: a aprendizagem significativa. Como construir, nesse sentido, experiências de aprendizagem que não se baseiam apenas na transferência de informações? Como fica o papel do educador num cenário de constantes mudanças na educação? Como desenvolver habilidades e competências? E mais desafiador ainda, como fazer tudo isso num modelo remoto?
Primeiro, precisamos estar alinhados em um ponto fundamental: experiências de aprendizagem. Perceba que o foco não está na experiência de ensino. O nosso olhar se volta para como os estudantes aprenderão, como construirão esse aprendizado. E quando falamos de experiências, estamos falando de experimentação, de criação, de teste, de verificação, de reflexão, de momentos de aprendizagem que envolvam práticas multissensoriais, que atendam aos diversos estilos de aprendizagem, que sejam desafiadoras, mas também, motivadoras, instigantes.
A sequência didática da construção e planejamento das diversas etapas é papo para outro artigo, aqui, vamos focar na construção de desafios e atividades que podem ser feitas em diversos formatos de aula, aproveitando sempre recursos simples e baseados na BNCC.
Complicado? Na teoria, pode parecer. Mas se olharmos a riqueza de possibilidades que temos, pensando juntos, simplificamos. Vamos lá?
Exercício: Que temática trabalharei em breve, que me possibilita utilizar esse recurso como um desafio instigante aos meus estudantes?
Exercício: Como posso aproveitar a produção de podcasts com meus estudantes, levando em consideração as temáticas a serem trabalhadas e a idade deles?
Exercício: realize uma lista dos seus próximos conteúdos e temáticas e pense em formas de explorá-lo a partir de objetos que os estudantes tenham em casa. Os objetos não precisam estar inteiramente interligados ao conteúdo, mas podem se tornar um ponto de levantamento de ideias, discussões e reflexões para entrar no tema, por exemplo.
Ponto de atenção: ao final de cada processo de criação ou discussão, explorar com os estudantes o que aprenderam no processo, como conectaram os pontos, no que erraram e o que aprenderam com tal experiência.
Ideias são compartilhadas para que você, educador, adapte à sua realidade, aos seus objetivos pedagógicos e podem ser transformadas em outras ideias, que caibam ao seu público e formato de aulas adotado. Desejo que essas ideias se multipliquem em outras ideias simples, mas efetivas na construção do conhecimento nesse momento desafiador.
Seguimos juntos!
Professora Emilly Fidelix