A tecnologia como facilitadora da educação colaborativa

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Uma pauta muito quente na área da Educação tem a ver com a discussão sobre o papel do aluno, que passa a ser visto como o protagonista definitivo de sua trajetória de aprendizagem. Dentre as consequências dessa visão, ganha importância o fato de crianças e adolescentes atuarem, cada vez mais, de maneira ativa, tanto dentro quanto fora da sala aula. Sendo assim, novas estratégias são incorporadas no dia a dia das escolas para garantir que os estudantes se desenvolvam e uma delas é o que se chama de ensino colaborativo.

Em resumo, podemos dizer que o ensino colaborativo faz com que professores e alunos tenham uma nova postura no dia a dia: os docentes passam a ser tutores e os alunos se tornam mais participativos na dinâmica das aulas e demais atividades. Desta maneira, as duas partes constroem o conhecimento em conjunto, favorecendo com que habilidades essenciais, como a autonomia e a responsabilidade, sejam exploradas.

Mas é importante lembrar que há um outro elemento essencial nessa equação: a família! Para que tenhamos uma proposta sistêmica, que fuja de esquemas antigos, é essencial que toda comunidade esteja engajada, um convite para que as famílias tenham participação ativa para garantir o progresso desejado. Então, podemos dizer que o ensino colaborativo faz com que alunos, professores e responsáveis atuem em um modelo de parceria e de cooperação, garantindo trocas valiosas que irão auxiliar a aprendizagem e o crescimento de todos.

Agora, você deve estar se perguntando: “em um mundo cada vez mais digital, há espaço para a tecnologia nessa abordagem?”

O ensino colaborativo é uma das metodologias utilizadas pela chamada Educação 4.0, conceito que aproxima, cada vez mais, as escolas do que determina a Era Digital. Com isso, a internet, os dispositivos eletrônicos inteligentes, as lousas digitais e os aplicativos passam a fazer parte do ambiente escolar e trazem benefícios significativos, como agilidade, otimização, acesso à informação, engajamento e, claro, a tão desejada colaboração.

Sem dúvidas, a tecnologia é uma conhecida de longa data dos brasileiros. Aliás, vale dizer que o país está repleto de pessoas apaixonadas por todo tipo de novidade! Com a pandemia do Covid-19, o uso da internet se intensificou: segundo pesquisa realizada pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br), do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR, em 2020, quando a doença fez com que a sociedade se mantivesse isolada em suas casas, o uso de tecnologias digitais se tornou ainda maior, passando de 71% dos domicílios com acesso à internet em 2019 para 83% em 2020, correspondendo a 61,8 milhões de domicílios com algum tipo de conexão. 

Mas os números não são significativos apenas neste setor, com a pandemia, as escolas também passaram a enxergar a tecnologia como uma grande aliada, que chegou de vez para ficar: segundo a mesma pesquisa, em 2016, o uso de plataformas para atividades de ensino nas escolas urbanas era de 22%, transformando-se em 66% em 2020.

Com a volta dos estudantes para a sala de aula, isso não foi diferente, afinal, a tecnologia já não é mais uma tendência: trata-se de uma ferramenta necessária em diferentes campos, fazendo com que o ensino e a jornada dos alunos leve à uma aprendizagem mais prática, lúdica e dinâmica. Pensando nisso, os colégios estão apostando em recursos tecnológicos e colocando em prática métodos de ensino que permitam utilizá-los, além de favorecer para que ocorra o ensino colaborativo. Conheça alguns deles:

Aprendizagem baseada em jogos

O conceito da aprendizagem baseada em jogos é o de utilizar jogos, digitais ou não, para ensinar um conteúdo aos alunos. Quando falamos em tecnologia, entendemos que os professores podem utilizar quiz digitais e jogos virtuais para engajar a turma ao mesmo tempo em que é compartilhado o conhecimento. Desta maneira, as crianças e os adolescentes aprendem brincando e colaboram de maneira totalmente ativa.

Lousa digital

Com essa ferramenta, é possível que o docente compartilhe textos, vídeos, áudios e apresentações em sala de aula. Tudo isso faz com que os estudantes tenham interesse pela matéria e tenham acesso ao conhecimento de diferentes formas.

Sala de aula invertida

A partir do envio, pelos professores, de materiais como artigos, vídeos, podcasts e muito mais, os alunos aprendem o conteúdo em casa sob sua responsabilidade e, na escola, realizam atividades e tiram suas dúvidas. Com isso, passam a ter autonomia no processo de aprendizagem e o professor é responsável por mediar o compartilhamento de conhecimento e incentivar o processo.

Podemos dizer, então, que o ensino colaborativo é muito benéfico quando bem aplicado, afinal, além dos alunos se mostrarem mais colaborativos e interessados pelo ensino, passam a ter contato com a tecnologia desde pequenos tornando-se cidadãos digitais. Com isso, as crianças e os adolescentes ganham em todas as partes: aprendem de maneira lúdica e efetiva, se preparam para o futuro e desenvolvem habilidades.

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