O melhor dos dois mundos: como podemos aproveitar o que há de melhor nos modelos de ensino à distância e híbrido

Um menino asiático com fone está sentado na mesa com alguns cadernos e acena para a tela do notebook em uma chamada de vídeo.

No início de maio de 2023, a OMS, Organização Mundial da Saúde, decretou o fim da emergência de saúde pública de importância internacional referente à Covid-19, fazendo com que a pandemia, finalmente, passasse a ser tida como um grande marco histórico superado para a sociedade – ao menos em termos de todos os danos e desafios que trouxe em seus períodos mais agudos.

E, como não poderia deixar de ser, essa fase transformou o nosso jeito de pensar, de se relacionar e, por consequência, de educar. Se pensássemos no termo “educação” antes de 2020, sem dúvidas, imaginaríamos uma sala de aula com cadeiras, mesas e uma lousa, imagem que, hoje, daria espaço para outras perspectivas. Afinal, ao falarmos de educação, podemos dizer que, devido à pandemia do coronavírus, alguns conceitos se aproximaram e, com isso, transformaram o ensino.

Hoje, estamos falando especificamente do ensino à distância ou educação a distância e do ensino híbrido que, anteriormente, ficavam, em grande parte, atrelados a situações específicas, sem ganhar aplicação massiva. Mas, agora, temos duas abordagens que fazem parte do nosso dia a dia, inclusive fora das instituições de ensino, como o ambiente corporativo. Então, para começarmos a tratar desse assunto, convidamos você a entender, primeiramente, a diferença entre essas duas propostas:

Segundo o Ministério da Educação, o MEC, educação a distância é a modalidade educacional na qual alunos e professores estão separados, física ou temporalmente e, por isso, utiliza-se meios e tecnologias de informação e comunicação. Ou seja, quando estávamos em nossas casas, reclusos por conta da pandemia, nossas crianças e adolescentes estavam mantendo seus estudos por meio dessa categoria de ensino.

Quando falamos em ensino híbrido, estamos mencionando a mescla do ensino a distância e do ensino presencial, a tradicional “sala de aula”. Desta maneira, a estrutura educacional deve estar preparada e organizada para lidar com esse projeto de ensino, ou seja, disponibilizar recursos digitais, acesso à rede de internet, equipamentos, cronogramas de aulas que possibilitam essa transição entre o remoto e o presencial e, especialmente, treinamentos para os professores saberem lidar com essa abordagem.

Mundo afora, há diversas instituições adotando o modelo híbrido, mesclando em partes equivalentes (ou próximo disso) os ensinos presencial e a distância. Há, no entanto, escolas, pais e alunos que não são adeptos dessa ideia. E tudo bem: a variedade de propostas de ensino existe, justamente, para acomodar as mais diversas preferências, necessidades e capacidades de adaptação.

Falando em adaptação, ficar preso aos rótulos de ensino híbrido ou ensino à distância não é um problema. O grande segredo está em adaptá-los. Podemos fazer a mescla perfeita entre os dois conceitos de acordo com a necessidade de cada instituição de ensino, unindo características de um modelo com a do outro. É importante notar que, mesmo quando o foco é o ensino presencial, é possível aplicar técnicas do ensino à distância para otimizar a experiência de aprendizagem do aluno. Veja só!

Existem diversos aspectos do ensino à distância capazes de tornar a aprendizagem mais dinâmica. O estímulo à autonomia do aluno — apesar de não ser uma habilidade incentivada somente para atividades remotas — é um deles. Afinal, com o EaD, os estudantes passam a ser os protagonistas do seu processo de aprendizagem. Digamos que a escola em que você leciona decida implementar o conceito de sala de aula invertida em uma ou duas disciplinas. Nesse caso, o jovem vai ser estimulado a criar sua própria rotina de estudo, do modo que lhe for mais conveniente e funcional. Esse novo senso de responsabilidade irá, muito possivelmente, ter um impacto positivo no comportamento do aluno nas aulas presenciais.

Outra opção com foco na independência do estudante é o modelo Flex, que tem se tornado popular quando o assunto é a metodologia híbrida de ensino. Nele, o aluno recebe conteúdos e roteiros por meio digital, podendo fazer atividades sozinho ou em grupo. Torna-se viável, mesmo em uma escola cuja principal modalidade é o ensino presencial, usar elementos do modelo Flex para engajar o aluno a aprender como organizar seu próprio tempo.

É importante se atentar para o fato de que, tendo em vista o aumento do número de alunos nativos digitais, torna-se imperativo fazer do ensino presencial mais ágil com o uso de recursos e estratégias presentes no ensino à distância. E isso tem tudo para ser positivo tanto para o aluno quanto para o professor.

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