Como alavancar a aprendizagem com recursos audiovisuais

Débora Garofalo - Colunista

Débora Garofalo - Colunista

Vocês têm notado a maneira que os alunos têm aprendido?!

Outro dia levei para a sala um estudo de caso sobre o cyberbullying,.  Ao começar a leitura do texto, ouvi um sonoro, professora vamos colocar no Youtube e ver se encontramos um vídeo sobre esse assunto? Imediatamente, pesquisamos e encontramos alguns vídeos e nos apoiamos ao texto para realizar as discussões sobre a atividade que estávamos realizando.

Essa atividade foi o suficiente para compreender que a leitura é e sempre será fundamental, porém o audiovisual (que é também uma forma de leitura) está cada vez mais presente na vida dos nossos alunos e se torna essencial levar essa importante ferramenta para dentro da sala de aula, não somente como consumidores, mas principalmente como produtores.

Já temos muitos educadores que fizeram do vídeo a sua sala de aula, principalmente pelo potencial de alcance entre os jovens. Entre os muitos canais de educação, destaco o Professor Procópio do Rio de Janeiro, com a linguagem simples e o jeito irreverente de ensinar matemática, atrai muitos estudantes. Você professor, também pode ter o seu canal, iniciando com equipamento simples, como o celular e ou uma câmera.

E como levar recursos audiovisuais para dentro da sala de aula?

 

Com uma gama de possibilidades, existem várias maneiras de inserir o audiovisual nas aulas, uma delas, é tornar os estudantes criadores de conteúdo, exercitando a mão na massa. Lembre-se o celular pode ser um importante aliado, para produzir conteúdo com os discentes de forma audiovisual. Abaixo, destaco algumas ações

 

A primeira ação: Considero essencial a mudança de atitude em nós, professores! É necessário quebrar a barreira que ainda temos das ferramentas digitais e começar a inserir novas maneiras de abordá-las no currículo escolar.

Segunda ação: Compreender que toda mudança leva um tempo para acontecer. Pode ser que em um primeiro momento as atividades não saiam como a planejado e isso não deve ser considerado como ação para que nunca mais ocorra, mais um momento de reflexão.

Terceira ação:  O diálogo é a porta de entrada para exercer a criticidade. Hoje na Internet encontramos uma infinidade de vídeos, sobre diferentes assuntos, onde cada vez mais conversar sobre ética e segurança é um fator chave para alavancar a aprendizagem.

Quarta ação: Dê destinos a equipamentos possíveis de trabalhar em sala de aula. O celular é uma boa opção, a maioria possui câmeras, vídeos e editores, que podem auxiliar no trabalho pedagógico.

Quinta ação: Explore com os alunos o potencial de criar vídeos. Assistir vídeos torna o currículo mais dinâmico, mas, inverter os papéis e fazer os alunos se tornarem produtores de vídeos, potencializa ações como colaboração, empatia, inventividade e criatividade, competências e habilidades tão essenciais a este século, além de aproximar os estudantes do seu aprendizado.

Sexta ação: Não basta apenas liberar o uso do celular, é preciso realizar um bom planejamento e ações, com objetivos claros, propiciando trabalhar com resoluções de problemas. Proponha etapas de trabalho pesquisa, elaboração de roteiro, pré-produção, gravação e edição. Combine processos, dividir tarefas e cobrar prazos para que os projetos se concretizem. Ao final do processo, avalie as produções e possibilitando novos aprendizados para todos.

 

Materiais de baixos recursos e sugestões para realizar vídeos

 

Câmera ou celular

Microfone (se não tiver, escolha lugares bem silenciosos para fazer a gravação)

Tripé (muitos são possíveis de serem produzidos pelos alunos)

 

Programas gratuitos para edição

 

Windows Live Movie Maker

Video Toolbox

VirtualDub

VideoSpin

E você querido professor, como costuma trabalhar com o audiovisual em sala de aula? Conte aqui nos comentários! Este é um importante espaço de troca e fortalecimento de práticas docentes.

Um abraço,

Débora

Formada em Letras e Pedagogia, pós-graduada em Língua Portuguesa pela Unicamp e mestranda em Educação pela PUC de SP. É professora de Tecnologias, trabalha com Cultura Digital, Robótica com sucata/livre, programação e animações; e implementação em tecnologias em Escolas Públicas. Vencedora na temática Especial Inovação na Educação no Prêmio Professores do Brasil e Finalista no Global Teacher Prize, considerado o Nobel da Educação.

Veja outros conteúdos