Dos millenials à geração Z

​YouTube e Podcast: a TV e o rádio do presente.

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A televisão e o rádio são meios de comunicação obsoletos para as crianças e os jovens de hoje. Agora, eles é que decidem quando, como e em que aparelho consumir os conteúdos que estão à disposição no YouTube e em outras plataformas de vídeo.

Com um telefone celular e conexão à internet pode-se criar conteúdo e publicá-lo facilmente em plataformas de vídeo.

Ver vídeos e ouvir áudios é muito simples para qualquer criança ou adolescente com acesso à internet. A rapidez com que os conteúdos se renovam e a facilidade de acesso faz com que eles os prefiram em relação aos meios tradicionais, como a TV ou o rádio. Além disso, existe uma legião de criadores de conteúdo atraente: os youtubers ou videobloggers, que publicam um ou mais vídeos por semana – ou até diariamente – sobre os mais diversos temas. Por ter idade próxima à de seu público, conectam-se rapidamente com a audiência usando a linguagem e os códigos próprios da faixa etária.

Humor, música, beleza, jogos, esportes, animação, informática, tutoriais de todo tipo ou, simplesmente, histórias pessoais são alguns dos temas que mais fazem sucesso no YouTube. Os donos dos canais são valorizados pelos seguidores como autênticos líderes de opinião e estrelas da mídia. Conteúdo em formato áudio também tem boa receptividade. São os podcasts, programas de rádio que oferecem as mesmas possibilidades de temas e têm a vantagem de, depois de baixados nos dispositivos, não consumir dados do plano de internet do usuário.

O que fazer quando seu filho quer imitar seus ídolos do YouTube?

Se seu filho também quer ser youtuber, convém apoiar o interesse específico dele e incentivar, dentro do possível, que desenvolva a atividade em questão inicialmente como hobby para, quem sabe mais tarde, transformá-la em trabalho remunerado (alguns youtubers com centenas de milhares – ou milhões – de seguidores faturam muito com a publicação de seus vídeos).

Com uma câmera ou um telefone celular e um computador com conexão à internet pode-se criar conteúdo e publicá-lo facilmente em plataformas como YouTube ou Vimeo. Se é isso o que o seu filho quer, as orientações a seguir facilitarão o trabalho dele (e o seu!):

  • • Demonstre interesse pelo que ele faz. Ele se sentirá apoiado e animado para desenvolver o que gosta. 
  • • Disponibilize a tecnologia que estiver a seu alcance. Participe do projeto ajudando-o a gravar ou organizando um espaço para que trabalhe com mais conforto. 
  • • Proponha temas. Contribua e discuta ideias, evitando censurar as dele. 

Como criar um vídeo para o YouTube? 

1.       Vocês precisarão de uma câmera de vídeo ou de foto que também grave vídeo ou de um smartphone que registre com qualidade de HD 720p.

2.       O melhor é gravar de dia, em um cômodo bem iluminado ou em uma área externa. A luz nessas condições é adequada e vocês não necessitarão de equipamentos extras, como rebatedores ou lâmpadas profissionais.

3.       Escolham um tema que considerem interessante. Depois, pesquisem juntos na internet sobre o assunto para decidir sobre o que irão gravar.

4.       Depois de escolher o tema, o melhor é escrever um pequeno roteiro – de uma ou duas páginas –, para reunir o que seu filho vai dizer diante da câmera. Para começar, bastam três ideias gerais.

5.       Coloque a câmera ou o smartphone sobre um tripé ou use uma superfície estável como apoio, para que o aparelho não se mova durante a gravação.

6.       Faça um teste para checar se o som e a iluminação estão corretos e para ensaiar a fala e… Vocês estão prontos para gravar!

7.       Salve o conteúdo da gravação no computador e edite-o com um dos programas gratuitos disponíveis.

8.       Crie um canal seguindo as instruções da plataforma escolhida.

9.       Publique o conteúdo no canal que vocês criaram. A plataforma indica como fazer isso passo a passo, de maneira simples.

10.   Pronto. O vídeo já está na rede! 

Muitos adolescentes estão familiarizados com todo o processo, e precisarão de ajuda apenas em algumas etapas. Crianças menores em geral querem apenas brincar de gravar o próprio vídeo, e precisarão de orientação. Nesse caso, não será necessário publicá-lo na rede – o simples fato de criar algo que a família possa assistir depois é prêmio suficiente para elas.

Produzir vídeos também é uma maneira de entender os interesses dos filhos e de aproveitar um tempo em família, ajudando-os em uma primeira experiência que pode ser muito gratificante e enriquecedora para todos. 

María Celeste Airaldi
Psicóloga/ Paraguay
Psicóloga, professora de graduação e de pós-graduação.

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