A importância do consultor pedagógico na escola

A importância do consultor pedagógico na escola

Consultora pedagógica com a diretora da escola.

Imagine um jogo em que o objetivo é descrever o que lhe vem à mente ao escutar uma determinada palavra. É certo que suas respostas serão influenciadas por diversos fatores, muitos dos quais nem temos domínio. Dependendo do local em que estiver, da época e das experiências de vida relacionadas ao tema. Existem termos que são mais particulares aos seres humanos e outros menos. O interessante é pensar como tudo o que vivemos nos impacta de alguma forma e pode ter desdobramentos interessantes.

Com a palavra “escola” não é diferente. Com certeza ela também resultará em inúmeras descrições, porém há elementos quase unânimes. Por exemplo: você pensaria em alunos e professores?

Se sua resposta foi “sim”, você faz parte de um grande grupo que construiu a instituição Escola nas últimas centenas de anos, e tem uma imagem bastante sólida do que significa a palavra escola.

O tempo passou e a escola foi se transformando. O modelo de crianças em carteiras e professores em sala de aula, surgiu em meados do século XII. Aos poucos, com a industrialização e as novas necessidades da sociedade, a escola foi sendo levada a mais pessoas, isto é, foi massificada.

É claro que, em 2023, o conceito de escola ainda remete fortemente a um espaço com professores e alunos, mas não é somente isto. Além dos protagonistas já mencionados, existem inúmeros outros atores fundamentais: o diretor, o coordenador pedagógico, as secretárias, os assistentes, a turma da limpeza, o pessoal responsável pela cantina ou refeitório, os funcionários da manutenção, a equipe da tecnologia, o grupo do escritório (financeiro, gestão de pessoas). Ufa! A equipe de uma escola é gigante e cada um desses atores têm papel fundamental para que a educação aconteça.

E não é só isso! No mundo da escola, as transformações são constantes e, na Era da Informação e das modificações rápidas, a instituição Escola precisa estar antenada para conseguir se manter atual e adequada às necessidades dos estudantes e da sociedade como um todo. Ou seja, deve estar atualizada sobre o que acontece no mundo: melhores práticas e estratégias de ensino e aprendizagem; novas tecnologias destinadas ao mundo da Educação; leis e normas educacionais atuais, atualização e criação de leis e normas educacionais que norteiam os currículos e decisões institucionais.

Que figura poderia contribuir para que a escola conheça e se adeque a estas transformações?


A resposta é simples: o consultor pedagógico! Esse profissional é um especialista que atua na área da educação, prestando consultoria e assessoria não só aos professores, mas às instituições de ensino como um todo, incluindo os coordenadores pedagógicos e gestores escolares. Ele é responsável por orientar e acompanhar o processo de ensino-aprendizagem, promovendo a melhoria da qualidade da educação. A sua principal função é orientar os professores e a equipe pedagógica em relação às melhores práticas e às estratégias de ensino, de forma a promover uma educação mais eficiente e significativa para os alunos. Apesar do escopo de atuação do consultor ser bem abrangente, em geral a principal demanda é com a formação de professores.

Nesse sentido, o consultor atua em parceria com a equipe escolar para garantir que os objetivos educacionais sejam alcançados, que os alunos tenham acesso a uma educação de qualidade e que a educação esteja de acordo com as necessidades e as demandas da sociedade. Sendo assim, o consultor pedagógico pode atuar de forma autônoma, prestando serviços a diversas instituições de ensino, ou pode ser contratado por uma instituição para trabalhar exclusivamente em seu ecossistema.

Sendo assim, suas atividades são de grande abrangência, como por exemplo:


  • • Compreender o desenvolvimento de projetos pedagógicos e planos de aulas;
    • Acompanhar o desempenho dos estudantes em avaliações internas e externas;
    • Realizar diagnósticos educacionais para identificar problemas e propor soluções;
    • Desenvolver planos de ação para melhorar o desempenho dos alunos e a qualidade do ensino;
    • Oferecer programas de formação continuada para os professores, equipe pedagógica e gestores escolares;
    • Identificar e solucionar problemas de aprendizagem dos alunos, individualmente ou em grupos;
    • Estabelecer estratégias e metodologias de ensino que promovam a participação ativa dos alunos no processo de aprendizagem;
    • Fazer uso das tecnologias educacionais para aprimorar o processo de ensino-aprendizagem;
    • Acompanhar o progresso dos alunos e avaliar o desempenho dos professores;
    • Contribuir para o desenvolvimento de projetos pedagógicos e a definição de objetivos educacionais, de acordo com a legislação vigente.

O consultor pedagógico vem ganhando espaço e relevância à medida que a escola está cada dia mais voltada para o protagonismo dos estudantes e o seu desenvolvimento individual, e também pelo surgimento de novas tecnologias educacionais.

É válido lembrar que o trabalho de consultoria pedagógica é bastante crítico e detalhista para assegurar que o melhor da educação possa estar sendo oferecido para aquela escola, para aqueles professores e para aqueles alunos. Pode ser difícil para um profissional ter o seu trabalho avaliado e receber sugestões e ideias sobre a forma de trabalhar, porém é algo necessário para que o processo de ensino-aprendizagem seja transformado positivamente.

Com o trabalho da consultoria, o professor e os gestores escolares têm a oportunidade de realizar grandes trocas de informações que contribuem para o sucesso de todos os atores envolvidos no processo educativo. Muitas vezes, o professor e os gestores estão com os olhares voltados para o que está acontecendo dentro da sala de aula e da escola, o que pode restringir e até suprimir diferentes perspectivas e, portanto, deixam oportunidades valiosas escaparem.

A sua escola já conta com esse trabalho tão fundamental?


Pode ser que daqui a alguns séculos, quando fizermos o jogo de descrever o que se está pensando ao falar uma palavra, a descrição para escola seja diferente: em parceria com os alunos e professores, também serão citados os outros atores fundamentais deste processo. É provável, inclusive, que os consultores pedagógicos apareçam nesta lista.

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Atividades lúdicas: como tornar o processo de aprendizagem mais divertido

Atividades lúdicas: como tornar o processo de aprendizagem mais divertido

Crianças participando de uma atividade com paraquedas.

Mais do que cumprir toda a agenda pedagógica, as escolas estão engajadas em viabilizar para que os alunos aprendam a aprender. Ou seja, que tomem gosto pela jornada! Inclusive, atualmente está em alta a expressão em inglês “lifelong learning”, cuja tradução livre pode ser “aprender pela vida toda”, justamente indicando a capacidade de nos envolvermos com a aprendizagem para além dos muros das instituições de ensino. O desafio que se mostra nessa perspectiva é a de fazer com que crianças e adolescentes se sintam mais incentivados e engajados no processo de aprendizagem enquanto investem tempo e energia no exercício e na conquista de inúmeras habilidades, como:

● Comunicação

● Raciocínio lógico

● Linguagem

● Criatividade

● Imaginação

Pensando nisso, é importante que as escolas coloquem em prática a aprendizagem ativa em busca do desenvolvimento completo dos estudantes, uma visão de ensino que, de diferentes maneiras, busca dar voz e lugar às atividades lúdicas, outrora tidas como desnecessárias. No nosso papo de hoje, queremos criar possibilidades de insights a partir de exemplos de dinâmicas que podem ser utilizadas dentro e fora da sala de aula.

#1 Música e dança

A música e a dança possuem como objetivo estimular várias áreas do corpo e da mente. Além de aprenderem sobre ritmo, estilos musicais e até mesmo identificar e tocar os instrumentos musicais, os alunos utilizam a criatividade no momento de criar coreografias ou até mesmo desenvolver suas próprias músicas. Em um mundo conectado, em que as plataformas de streaming estão sempre à disposição dos estudantes, nada melhor do que usar a música e a dança como ponto de partida para o aprendizado, a diversão e o bem-estar, físico e mental.

#2 Pintura e colagem

Nem sempre as crianças e os adolescentes conseguem se expressar por meio das palavras – aliás, nem mesmo os adultos dominam esta habilidade. Então, que tal utilizar a pintura e as colagens como caminho para a comunicação não verbal? Crie um contexto que vá além dos primeiros contatos que os estudantes tiveram com a disciplina de Artes,

ainda no início da infância, e promova uma abordagem que sensibilize os alunos. Para isso, nada como utilizar da tecnologia para passear por museus e galerias de todo o mundo em apenas alguns clicks. Com todos engajados no espírito da atividade, é hora de colocar a mão na massa! Disponibilize giz de cera, canetinhas, pincéis, revistas, tesouras, colas e outros materiais que colaborem para os alunos transformarem seus pensamentos em imagens.

#3 Circuitos lúdicos

Um circuito de atividades lúdicas possibilita que os estudantes tenham diversas experiências: explorem novos ambientes, conheçam o espaço que seu próprio corpo ocupa, desenvolvam o equilíbrio, a resistência, a resiliência e, claro, o espírito de equipe quando as atividades são realizadas em grupo. Em tempos marcados pela crescente noção de individualidade, vale resgatar atividades que priorizem o coletivo e, assim, fomentem o senso de pertencimento.

#4 Culinária

A escola é um ótimo lugar para que as crianças e os adolescentes aprendam sobre os grupos de alimentos, de vitaminas e de minerais e a importância de se manter uma alimentação balanceada. Nas oficinas de culinária, os alunos podem experimentar novos sabores, descobrir texturas, aprender receitas e realizar pequenas tarefas que utilizam habilidades motoras, como cortar ou lavar os alimentos. Outra ideia interessante é a de explorar os conteúdos disponibilizados em streamings de vídeo. Com eles é possível entender mais sobre a relação das diferentes partes do mundo com a comida, além de ter contato com o aspecto cultural atrelado à culinária.

#5 Oficinas

Seguindo a mesma ideia da oficina de culinária, promovem oficinas com outras temáticas, como a produção de massinha de modelar caseira, criação de fantoches ou até mesmo robótica. Com atividades nessa linha, os estudantes aprendem a conviver em grupo, utilizam a criatividade e relembram conteúdos vistos em sala de aula, como os números, medidas e muito mais.

Preparados para ensinar de forma divertida? As atividades lúdicas, apesar de serem um tipo diferenciado de ensino, são essenciais para que os alunos desenvolvam outras capacidades além dos componentes curriculares. Além disso, fazem com que se sintam mais pertencentes ao processo por estarem participando ativamente das tarefas.

Um outro benefício de utilizar essa estratégia é que a criança aprende sem o peso da avaliação. Apesar de estar sendo acompanhada pelos professores a todo momento, não se depara com os métodos tradicionais de avaliação que podem causar momentos de tensão e estresse, fazendo com que o aprendizado se torne muito mais leve e efetivo.

Sabendo disso, que tal se inspirar nas atividades listadas acima e criar as suas próprias dinâmicas? Para te auxiliar nesse processo, separamos algumas dicas para que você proporcione experiências incríveis aos seus alunos:

● Apoie as crianças e os adolescentes durante todo o processo;

● Caso você utilize brinquedos ou jogos na sua atividade, verifique a faixa etária;

● Não critique os erros, oriente-os a fazerem as atividades de maneira aprimorada a cada nova rodada de interações;

● Permita que eles sejam protagonistas e se sintam livres; e

● Caso a dinâmica envolva o ambiente, certifique-se de que o local é seguro.

Para terminar, sugerimos uma leitura que pode te auxiliar a entender o papel das atividades lúdicas no desenvolvimento das habilidades socioemocionais, clique aqui e saiba mais.

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A importância da diversidade de recursos pedagógicos na sala de aula

A importância da diversidade de recursos pedagógicos na sala de aula

Vista superior da sala de aula no ensino fundamental: crianças sentadas na mesa da escola usando computadores pessoais e tablets digitais para tarefas.

Por excelência, em uma sala de aula, o que não falta é diversidade: cada indivíduo daquele contexto é um ser humano diferente, que carrega uma história de vida única. Especialmente em relação aos alunos, embora possam ser pequenos e ainda não terem vivido muitos anos, eles já levam consigo uma mala cheia de cultura, de histórias e de sentimentos. Além disso, cada um se lança ao desafio constante de apresentar suas aptidões e seus interesses traduzidos no que costumamos chamar de “jeitinho de ser”.

Pensando nisso, o professor possui um grande desafio: contemplar em seu planejamento uma série de processos de ensino-aprendizagem que atendam às necessidades de todos os alunos, por mais variadas que possam ser. Para isso, os conteúdos curriculares devem ser trabalhados de diferentes maneiras, pois a forma em que um estudante aprende, não necessariamente é a mesma que a dos outros estudantes.

Esta premissa não é algo opcional, pois até mesmo os documentos que regulamentam a educação no Brasil abordam a preocupação de que ela deve respeitar as diferenças de cada um dos estudantes, considerando suas individualidades e particularidades.

Base Nacional Comum Curricular (BNCC), logo em seu texto introdutório, preconiza a igualdade, a diversidade e a equidade, explicitando que “(…) as escolas precisam elaborar propostas pedagógicas que considerem as necessidades, as possibilidades e os interesses dos estudantes, assim como suas identidades linguísticas, étnicas e culturais” (BRASIL, 2018, p. 15). Portanto, podemos perceber que é necessário considerar que cada turma, composta por indivíduos diferentes uns dos outros, irá contar com características únicas que impactarão as práticas pedagógicas a serem trabalhadas.

Nesse sentido, contar com variedade de recursos pedagógicos na sala de aula é fundamental para que, neste espaço repleto de necessidades específicas, seja possível criar um ambiente de aprendizado rico, dinâmico e eficaz. Quando falamos em recursos pedagógicos estamos nos referindo ao conjunto de todas as ferramentas, materiais, estratégias e métodos utilizados na escola que contribuem para o processo de aprendizagem.

A BNCC indica que o professor deve “selecionar e aplicar metodologias e estratégias didático-pedagógicas diversificadas, recorrendo a ritmos diferenciados e a conteúdos complementares, se necessário, para trabalhar com as necessidades de diferentes grupos de alunos, suas famílias e cultura de origem, suas comunidades, seus grupos de socialização etc.” (BRASIL, 2018, p. 17).

A variedade dos recursos pedagógicos implementados, portanto, desempenha um papel crucial em diversos aspectos educacionais.

Vamos discutir suas principais dimensões?

Atendimento à diversidade de estilos de aprendizado

Como já mencionamos, antes de chegarem na escola, além de contarem com uma história de vida e conhecimentos prévios, os alunos também possuem diferentes estilos de aprendizado, do visual ao auditivo, passando pelo cinestésico.

Podemos refletir sobre isso, nós mesmos, adultos. Imagine a seguinte situação: você é novo em um lugar e acaba de conhecer algumas pessoas. Qual é a estratégia que você utiliza para decorar o nome de todos a quem acabou de ser apresentado? Certamente, esta resposta será muito diferente, variando de acordo com a pessoa que precisou realizar esta tarefa: alguns podem relacionar a cor da roupa, outros, associar os novos nomes ao de pessoas já conhecidas; outros irão escrever os nomes mentalmente, para visualizar as palavras e, assim decorá-las. Diferentes técnicas, para uma tarefa muito simples: de acordo com o estilo de cada um, a maneira de realizá-la, muda!

Pensando nisso, a variedade de recursos pedagógicos dentro de uma sala de aula permite que os professores atendam às diferenças, garantindo que os estudantes tenham a oportunidade de se relacionar com o conhecimento e com os conteúdos pedagógicos de maneira eficaz, de acordo com seus estilos únicos e particulares.

Sendo assim, alguns alunos podem se beneficiar mais de recursos visuais, como infográficos e diagramas, enquanto outros podem preferir materiais auditivos, como palestras e podcasts. A variedade ajuda a personalizar o ensino para se adequar às necessidades individuais dos alunos.

Aumento do engajamento e motivação

A educação do século XXI tem como um de seus pilares o protagonismo dos alunos, trazendo os seus interesses à tona, para que, assim, os estudantes se relacionem com a educação de forma engajada e motivada e, portanto, contem com processos de ensino-aprendizagem que sejam significativos.

A introdução de recursos pedagógicos variados contribui para que os alunos se vejam como protagonistas, envolvidos e interessados no conteúdo. Assim, elementos diversos que extrapolem a lousa e o giz, o caderno e o lápis, são essenciais. Vídeos, jogos interativos, simulações e experimentos práticos podem tornar as aulas mais atrativas e cativantes, o que, por sua vez, melhoram o desempenho acadêmico e a satisfação dos alunos.

Melhora da compreensão e retenção de saberes


Quando vemos uma mesma situação a partir de diferentes ângulos, é muito comum conseguirmos compreendê-la de maneira mais aprofundada e detalhada. Indo ao encontro dessa premissa, os conceitos que devem ser trabalhados com os alunos podem ser mais facilmente compreendidos quando apresentados de diferentes maneiras.

A oportunidade de contar com diversas perspectivas para um mesmo tópico é muito benéfica para os estudantes: quando têm a possibilidade de contar com variedade de recursos pedagógicos, conseguem ampliar a compreensão acerca de algum conteúdo. Por exemplo, um conceito complexo pode ser explicado primeiramente por meio de um vídeo explicativo, depois, continuado por um gráfico e, por fim, concluído por uma discussão em grupo.

Ao passar por essas etapas, o mesmo conteúdo é experienciado pelos alunos sob pontos de vista diferentes, o que tende a aumentar o seu interesse e a forma de lidar com o saber, o que impacta diretamente sua compreensão e retenção daquilo que foi trabalhado.

Desenvolvimento de competências e habilidades


Quando o professor insere variedade de recursos pedagógicos em seus planejamento e atividades, ele promove o desenvolvimento das mais diferentes competências e habilidades dos alunos: ao apresentar situações que exigem diferentes soluções, desafios do mundo real podem ser trabalhados, contribuindo para que os alunos se vejam cada vez mais preparados – não apenas aprendendo aspectos teóricos, mas também os práticos.

Assim, os professores podem criar aulas cada vez mais inovadoras e flexíveis, possibilitando que os estudantes pensem criticamente sobre como abordar e resolver problemas de diferentes formas. Debates, trabalho em equipe, apresentações e pesquisa autônoma e independente, são exemplos de atividades que contribuem para que os alunos possam adquirir habilidades de comunicação, resolução de problemas, criatividade, pensamento crítico e colaboração, que são essenciais para o sucesso em suas futuras carreiras e vidas.

 

Preparação para um mundo digital


Em um mundo cada vez mais orientado pela tecnologia, é fundamental que os alunos estejam familiarizados com este universo e que saibam utilizar os aparatos e dispositivos digitais, predominantes tanto na esfera pessoal, quanto na esfera profissional de nossa sociedade.

A inclusão de recursos pedagógicos digitais, como as plataformas de aprendizado online, aplicativos educacionais, fóruns, chats e jogos digitais, não só deixam o aprendizado mais interessante, como também mais personalizado: este tipo de recurso, permite que cada estudante possa acessar conteúdos e atividades com base em suas necessidades específicas e de acordo com seu ritmo e estilo de aprendizagem.

Além disso, ao inserir este tipo de recurso pedagógico na sala de aula, o professor contribui com a formação dos alunos: oferece a possibilidade de que os estudantes lidem com a tecnologia de forma eficaz e responsável, tornando-os mais preparados para a sociedade contemporânea.

Pudemos ver que a diversidade de recursos pedagógicos é essencial para atender a diversidade dos perfis presentes em sala de aula: ao introduzir diferentes ferramentas, materiais, estratégias e métodos, as necessidades individuais dos alunos são atendidas e, portanto, os estudantes possuem a oportunidade de serem formados e preparados para encararem os desafios do mundo moderno, da melhor forma.

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Os benefícios das ferramentas digitais na educação

Os benefícios das ferramentas digitais na educação

Estudante do ensino médio usando um tablet digital para estudar.

Em algum momento, você já ouviu falar sobre a Indústria 4.0, certo? Basicamente, esse conceito fala sobre como o avanço da tecnologia nos últimos tempos tem culminado no aperfeiçoamento do ecossistema industrial, criando a maior disrupção no segmento desde a chamada Revolução Industrial. A Indústria 4.0 é marcada, entre outras características, pela alta produtividade e capacidade de se adaptar às constantes transformações de nossos tempos, justamente por empregar ferramentas como Big Data, Inteligência Artificial e Machine Learning. Além de aumentar a eficiência dos processos, estamos falando de recursos que nos levam diretamente à inovação.

Sem dúvidas, sabemos que essas novas tecnologias estão, cada vez mais, presentes no nosso dia a dia, mesmo fora das empresas. Por exemplo: ao sairmos de casa, utilizamos aplicativos de trânsito para nos guiar até um determinado local, nos comunicamos com qualquer pessoa por meio de aplicativos de troca instantânea de mensagens, nossas fotos e vídeos são automaticamente armazenados na nuvem – vale brincar que, por incrível que pareça, mesmo nunca tendo sido vistas a olho nu, essas tais nuvens guardam nossas maiores recordações.

Como em outros momentos da humanidade, avanços nos meios de produção passam, com o tempo, para outros campos. E, sim, a revolução tecnológica também trouxe mudanças para a educação, dando vida à famosa Educação 4.0. Com a implantação das ferramentas digitais, a forma de ensinar e de aprender foi modificada, especialmente depois da aceleração provocada como resposta à pandemia de Covid-19. Agora, professores e alunos contam com inúmeros recursos ao seu alcance para que o processo de ensino seja cada vez mais eficiente, atualizado e prazeroso.

Mas, afinal, dentre tudo que a tecnologia trouxe de benefícios para a educação, o que vamos ressaltar hoje?

Sabemos que a inovação tecnológica tem feito com que novas habilidades sejam demandadas pelo mercado de trabalho. Por exemplo, antigamente, era necessário possuir cursos de datilografia no currículo para que fosse comprovada a habilidade de digitação nas máquinas de escrever, que, hoje, são itens de coleção. Com a massificação dos computadores de uso pessoal em meados dos anos 90, digitar de forma ágil se tornou uma competência muito comum. O mesmo processo se deu de maneira parecida com os idiomas frente a popularização das ferramentas de tradução, que dão conta, muitas vezes, de demandas mais básicas. Para a geração dos nativos digitais, o desafio não é o uso da tecnologia, mas, sim, sua aplicação em atividades complexas. Para se ter ideia, uma das tendências hoje é o movimento “low code”, cuja tradução livre é “programação sem código”, em que as linhas de comando dão vez para interfaces intuitivas e visuais.
Todas as competências necessárias para navegar em um mundo mediado pela tecnologia podem ser estimuladas dentro da escola ao permitir que os alunos tenham um mergulho guiado no mundo digital. E engana-se quem acha que estamos falando do futuro, já que o nosso presente é o berço de muita novidade! Mas afinal, quais as vantagens em adotar tecnologia digital no dia a dia da escola?

● Qualidade de ensino

Com o uso das ferramentas digitais, o ensino pode ser muito mais eficiente. Os estudantes passam a ter acesso a materiais extras disponíveis na internet, permitindo se aprofundar no assunto abordado na sala de aula. Há instituições que já têm feito uso até de dispositivos de realidade virtual, criando situações de imersão. Além disso, com ajuda das plataformas de ensino, os professores podem ter uma comunicação muito mais assertiva e efetiva com os alunos por meio dos chats e fóruns. Das rodas virtuais de discussão às entregas e correções de atividades com feedbacks individuais quase que em tempo real são apenas duas das atrações tão esperadas.

● Aumento do engajamento

Reter a atenção dos estudantes é um grande desafio dos professores, especialmente quando o hábito fora da sala de aula engloba o consumo de uma infinidade de conteúdos de curta duração, em especial os vídeos das redes sociais. Mas o mundo digital oferece caminhos para que essa barreira possa ser vencida de modo muito mais fácil. A geração atual é extremamente ligada à tecnologia, sendo assim, qualquer recurso tecnológico utilizado em sala de aula chamará a atenção das crianças e dos adolescentes. Desta forma, é possível despertar o interesse da turma sobre o tema que será abordado na aula e manter a atenção. Um bom exemplo é o uso da realidade aumentada, que é a sobreposição de objetos digitais no mundo real que proporciona analisar animais em tamanho real dentro da sala de aula nas aulas de biologia.

● Comunicação com pais e responsáveis

Se engana quem pensa que a eficiência do ensino está associada somente aos professores e aos alunos. O desenvolvimento dos estudantes é um assunto que deve ser acompanhado de perto pelos responsáveis para ser dada continuidade no processo de ensino conforme a necessidade individual de cada aluno.
“Mas como a tecnologia auxilia nesse processo?”
Por meio de agendas digitais, a escola pode comunicar os pais sobre qualquer adversidade vivida pelo estudante na escola, como avaliações de baixo rendimento e atividades não entregues. Desta forma, os responsáveis terão ciência do que está acontecendo e poderão tomar medidas cabíveis para que a criança ou adolescente continue progredindo. Hoje, é muito mais fácil responder mensagens por meio do computador ou do smartphone, já que vivemos conectados. Sendo assim, as agendas físicas deram espaço para aplicativos que podem ser facilmente acessados.

● Ensino híbrido ou remoto

Utilizando as salas de aula virtuais, o ensino híbrido ou remoto pode ser incorporado nas escolas mesmo depois da pandemia de Covid-19. Ou seja, os alunos podem assistir às aulas de casa e, depois, assisti-las novamente a qualquer momento quando são gravadas e disponibilizadas em uma biblioteca digital. Neste caso, a escola facilita para que o estudante consiga aprender no seu tempo, afinal, poderá dar play no vídeo do professor quantas vezes forem necessárias para que a matéria seja assimilada da melhor forma possível. Uma outra maneira que as salas de aula virtuais podem ser utilizadas é para as aulas de reforço, fóruns de dúvidas e muito mais.

● Otimização para os professores

A tecnologia trouxe inúmeras vantagens para os professores. No lugar dos métodos tradicionais já desgastados com o tempo, os professores podem utilizar novas propostas para que suas aulas sejam mais atrativas. Mas, além disso, a inovação pode otimizar o tempo do professor. Com a ajuda das plataformas, os alunos podem realizar atividades que são corrigidas instantaneamente, ou seja, não é necessário que o docente corrija manualmente. Outra facilidade é o disparo automático de mensagens para toda turma de maneira rápida e fácil, podendo se comunicar com todos os alunos de maneira efetiva.

A tecnologia certamente chegou para ficar e aprimorar o ensino, não é mesmo? Aproveite para ler mais sobre o tema clicando aqui e veja como a inovação faz parte do dia a dia das escolas.

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Captação de alunos: impulsionando o crescimento de sua escola com estratégias inteligentes

Captação de alunos: impulsionando o crescimento de sua escola com estratégias inteligentes

Duas alunas segurando livros e fazendo sinal de positivo.

Você sabe o que é captação de alunos e por que ela é tão importante para o sucesso da sua escola? Manter uma escola robusta e dinâmica é um desafio constante. 

Não basta apenas oferecer um excelente ambiente de aprendizado, você precisa atrair e reter alunos. Isso é onde entra a captação de alunos — o cerne de garantir que sua escola prospere. 

Neste artigo, vamos explicar o conceito, os benefícios e os passos para planejar e executar uma estratégia eficaz de captação de alunos. Acompanhe!

O que significa captação de alunos?

Captação de alunos é o processo de atrair, converter e matricular novos estudantes para a sua instituição de ensino

É uma forma de aumentar a receita, o prestígio e a sustentabilidade da sua escola, além de contribuir para a qualidade da educação que você oferece. 

A captação envolve diversas ações de marketing, vendas e relacionamento, que visam despertar o interesse dos potenciais alunos, mostrar os diferenciais da sua proposta pedagógica, esclarecer as dúvidas e objeções, e facilitar o processo de matrícula.

Qual a importância da retenção de alunos?

Crianças descendo as escadas da escola correndo.

Antes de falar sobre a captação de alunos, é preciso destacar a importância da retenção de alunos. A retenção é a capacidade de manter os estudantes matriculados na sua escola por um longo período, evitando a evasão escolar. 

A retenção de alunos é fundamental para garantir a continuidade do projeto educacional, reduzir os custos operacionais e aumentar a satisfação dos clientes. Além disso, alunos satisfeitos tendem a indicar a sua escola para outras pessoas, gerando mais oportunidades de captação.

Por que ter uma estratégia de captação de alunos é importante?

Ter uma estratégia de captação de alunos é importante para otimizar os resultados do seu processo de atração e conversão de novos estudantes. Uma estratégia bem definida permite:

  • Conhecer melhor o seu público-alvo e suas necessidades;
  • Segmentar e personalizar as suas comunicações;
  • Escolher os melhores canais e ferramentas para divulgar a sua escola;
  • Acompanhar e mensurar o desempenho das suas ações;
  • Ajustar e melhorar as suas práticas conforme os feedbacks recebidos.

Saiba mais: Os benefícios das ferramentas digitais na educação: como elas podem melhorar o aprendizado e aumentar a eficiência na escola.

Planejando a captação de alunos: como fazer o passo a passo?

Crianças colegas de sala se abraçando e sorrindo.

Para planejar a sua estratégia de captação de alunos, você precisa seguir alguns passos essenciais. Veja quais são eles:

Defina as suas personas

As personas são representações fictícias do seu público-alvo, baseadas em dados reais. Elas ajudam a entender quem são os seus potenciais alunos, quais são seus objetivos, desafios, preferências e comportamentos.

Para definir as suas personas, você pode fazer pesquisas com os seus atuais e antigos alunos, analisar os dados do seu mercado e da sua concorrência, e entrevistar os seus colaboradores que têm contato direto com os clientes.

Crie uma base de leads

Leads são potenciais clientes que demonstraram interesse na sua escola, fornecendo seus dados de contato em troca de algum benefício. Eles podem ser captados por meio de diversas estratégias, como:

  • Oferecer materiais educativos gratuitos (e-books, webinars, infográficos etc.);
  • Criar landing pages com formulários para solicitar mais informações ou agendar uma visita;
  • Promover eventos presenciais ou online (palestras, workshops, feiras etc.);
  • Realizar campanhas nas redes sociais ou no Google Ads;
  • Pedir indicações dos seus atuais alunos ou ex-alunos.

Ao criar uma base de leads, você pode nutrir esses contatos com conteúdos relevantes e persuasivos, que os levem à decisão de matrícula.

Defina uma meta de matrículas

A meta de matrículas é o número de novos alunos que você deseja captar em um determinado período. Ela deve ser baseada em uma análise do seu histórico, do seu potencial e da sua capacidade de atendimento.

Para definir a sua meta de matrículas, você pode usar a seguinte fórmula:

Meta de matrículas = (número de alunos atuais x taxa de retenção) + (número de leads x taxa de conversão)

Por exemplo, se você tem 500 alunos atuais, uma taxa de retenção de 90% e uma taxa de conversão de 10%, a sua meta de matrículas será:

Meta de matrículas = (500 x 0,9) + (500 x 0,1) = 450 + 50 = 500

Ou seja, você precisará captar 50 novos alunos para manter o mesmo número de alunos que tem hoje.

Defina um orçamento para a estratégia de captação de alunos

O orçamento para a estratégia de captação de alunos é o valor que você irá investir nas suas ações de marketing e vendas para alcançar a sua meta. Ele deve levar em conta os custos fixos e variáveis envolvidos, como:

  • Criação e produção de materiais;
  • Contratação e treinamento de pessoal;
  • Anúncios pagos em mídias online ou offline;
  • Ferramentas e softwares utilizados;
  • Eventos realizados ou participados.

Para definir o seu orçamento, você pode usar a seguinte fórmula:

Orçamento = (meta de matrículas x custo por lead) + (custo por aluno x número de alunos atuais)

Por exemplo, se você tem uma meta de matrículas de 50, um custo por lead de R$ 10 e um custo por aluno de R$ 100, o seu orçamento será:

Orçamento = (50 x 10) + (100 x 500) = 500 + 50.000 = R$ 50.500

Crie um funil de compras para a estratégia de captação de alunos

O funil de compras é uma representação das etapas que os seus leads percorrem até se tornarem alunos da sua escola. Ele ajuda a organizar e otimizar o seu processo de vendas, além de identificar os gargalos e as oportunidades.

Um exemplo de funil de compras para uma estratégia de captação de alunos é:

  • Topo do funil: os leads estão na fase de descoberta e aprendizado, buscando informações sobre educação e soluções para seus problemas. Nesta etapa, você deve oferecer conteúdos educativos que gerem valor e confiança, como blog posts, vídeos, podcasts etc;
  • Meio do funil: os leads estão na fase de reconhecimento e consideração, avaliando as opções disponíveis no mercado e comparando-as com a sua escola. Nesta etapa, você deve oferecer conteúdos mais aprofundados e persuasivos, como cases, depoimentos, webinars etc;
  • Fundo do funil: os leads estão na fase de decisão e ação, prontos para se matricular na sua escola ou com poucas dúvidas restantes. Nesta etapa, você deve oferecer conteúdos que estimulem a conversão e facilitem o processo, como ofertas especiais, descontos, brindes etc.

Quais os tipos de canais de aquisição e como escolher o ideal?

Crianças carregando mochilas enquanto acompanham professora pela escola.

Os canais de aquisição são os métodos e meios pelos quais você atrai novos alunos para sua escola. Aqui estão alguns tipos comuns de canais e dicas sobre como escolher o ideal:

  • Marketing digital: isso inclui mídias sociais, anúncios pagos, conteúdo educativo no site da escola e e-mail marketing. A escolha dependerá do seu público. 

Se você busca atrair pais e alunos de faixas etárias mais jovens, o uso de plataformas de mídia social como Instagram e Facebook pode ser eficaz. Anúncios pagos segmentados também podem ser poderosos;

  • Parcerias com escolas e empresas locais: estabelecer parcerias com outras escolas, creches, empresas locais e órgãos do governo pode ser uma excelente forma de captar alunos. 

Essas parcerias podem envolver compartilhamento de informações sobre sua escola e cooperação em eventos educacionais;

  • Eventos locais: feiras educacionais, workshops, palestras e eventos comunitários são oportunidades para interagir com os pais e alunos em potencial. 

A presença em eventos locais ajuda a criar conexões pessoais;

  • Indicações e programas de recomendação: incentivar seus alunos e suas famílias a recomendar sua escola a amigos e parentes pode ser uma estratégia eficaz de aquisição;
  • Parcerias com agências de marketing educacional: em algumas situações, pode ser benéfico buscar o auxílio de agências especializadas em marketing educacional, que podem oferecer orientação e assistência na captação de alunos;
  • Presença online e SEO: ter um site bem otimizado e conteúdo relevante ajuda a sua escola a ser encontrada mais facilmente nos mecanismos de busca. 

Isso pode ser um ponto-chave, especialmente para pais que pesquisam escolas online;

  • Publicidade offline: anúncios em jornais locais, panfletos e outdoors são canais tradicionais de aquisição de alunos. Dependendo do seu público-alvo e orçamento, podem ser uma escolha válida.

Como utilizar a tecnologia para Tour Virtual e processo seletivo?

A tecnologia desempenha um papel fundamental na captação de alunos, especialmente quando se trata de criar um tour virtual e facilitar o processo seletivo. Aqui estão algumas dicas sobre como utilizar a tecnologia eficazmente:

Tour Virtual

  • Ferramentas de Realidade Virtual (RV) e Realidade Aumentada (RA): use aplicativos e dispositivos de RV e RA para criar um tour virtual imersivo da sua escola. Os pais e alunos podem explorar as instalações e salas de aula a partir de suas casas.
  • Vídeos e fotos 360º: crie vídeos e fotos em 360 graus da escola e das atividades diárias. Isso permite que as pessoas explorem a escola de forma interativa.
  • Plataforma online: hospede o tour virtual em uma plataforma online acessível para qualquer pessoa interessada. Certifique-se de que seja fácil de encontrar no site da escola.

Processo Seletivo

  • Formulários online: crie formulários online para inscrição e matrícula. Isso economiza tempo e papel, tornando o processo mais eficiente;
  • Entrevistas virtuais: use aplicativos de videoconferência para conduzir entrevistas com pais e alunos. Isso é especialmente útil quando os pais não podem comparecer pessoalmente;
  • Avaliações online: se aplicável, realize avaliações de entrada online para avaliar o nível de habilidades dos alunos;
  • Comunicação digital: mantenha uma comunicação constante com os pais e alunos por meio de e-mails, mensagens de texto ou aplicativos de comunicação. Mantenha-os informados sobre prazos, procedimentos e datas importantes;
  • Plataforma de gestão escolar: utilize sistemas de gestão escolar que integram todas essas funções em um único lugar. Eles podem ajudar a gerenciar candidatos, informações e comunicações em um sistema unificado;
  • Redes sociais e site da escola: use as redes sociais e o site da escola para divulgar informações sobre o processo seletivo, apresentar o tour virtual e compartilhar depoimentos de alunos. Isso pode ajudar a criar interesse e confiança na escola;
  • Atendimento online: ofereça um sistema de atendimento online ou chat ao vivo para responder a perguntas dos pais e alunos em tempo real.

Ao utilizar a tecnologia para criar um tour virtual envolvente e simplificar o processo seletivo, você pode tornar a captação de alunos mais eficaz e conveniente para todas as partes envolvidas. 

Certifique-se de oferecer suporte tecnológico para pais e alunos que possam precisar de assistência durante o processo.

Saiba mais: Transformação digital: componentes-chave, desafios e impacto da educação!

Como fazer a avaliação e melhoria contínua da estratégia de captação?

Crianças com mochilas nas costas fazendo sinal e sorrindo.

A avaliação e melhoria contínua da estratégia de captação de alunos são fundamentais para o sucesso a longo prazo da sua escola. Aqui estão as etapas essenciais para realizar esse processo:

  • Defina Indicadores de Desempenho (KPIs): identifique os principais indicadores que você deseja acompanhar, como o número de leads gerados, a taxa de conversão de leads em matrículas, o custo de aquisição de alunos, entre outros;
  • Acompanhe os resultados: use ferramentas de análise para monitorar os KPIs regularmente. Isso permite que você identifique áreas de sucesso e possíveis problemas;
  • Analise os dados: realize análises profundas dos dados. Isso pode envolver a identificação de tendências, segmentação de leads por fonte e comportamento, e avaliação do retorno sobre o investimento em diferentes canais;
  • Solicite feedback: peça feedback de pais, alunos e equipe envolvida no processo de captação. Isso pode revelar informações valiosas sobre o que está funcionando e o que precisa ser aprimorado;
  • Compare com metas e benchmarks: compare seus resultados com as metas estabelecidas e com benchmarks da indústria de educação. Isso ajuda a entender o desempenho da sua escola em relação a outros concorrentes;
  • Identifique pontos de melhoria: com base na análise, identifique áreas que precisam de melhoria. Pode ser a otimização de um canal de aquisição, aprimoramento da comunicação ou ajustes no funil de vendas;
  • Experimente mudanças: implemente ajustes e melhorias na estratégia com base nas descobertas da análise. Isso pode envolver realocação de orçamento, otimização de conteúdo ou mudanças em campanhas de marketing;
  • Teste contínuo: realize testes A/B em anúncios, páginas de destino e outros elementos da estratégia. Isso ajuda a determinar qual abordagem gera os melhores resultados;
  • Documente as mudanças: mantenha um registro de todas as mudanças realizadas na estratégia. Isso ajuda a acompanhar o que foi testado, os resultados obtidos e o que funcionou melhor;
  • Treine a equipe: garanta que sua equipe de vendas e marketing esteja atualizada com as mudanças na estratégia e saiba como lidar com leads de maneira eficaz;
  • Reavalie regularmente: a avaliação e a melhoria não são processos únicos. Realize revisões regulares da sua estratégia para garantir que ela esteja sempre otimizada e alinhada com as metas da escola.

Lembre-se de que a melhoria contínua é um processo constante. À medida que o ambiente educacional e as preferências dos pais e alunos evoluem, sua estratégia de captação de alunos deve se adaptar para continuar sendo eficaz.

Conclusão

A captação de alunos é uma parte fundamental da gestão escolar

Com uma estratégia bem planejada e orientada para as necessidades do público-alvo, as escolas podem não apenas manter suas turmas cheias, mas também prosperar e oferecer uma educação de qualidade

Se você é diretor de uma escola particular, abraçar estratégias inteligentes de captação de alunos é a chave para o sucesso contínuo de sua instituição de ensino.

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Desvendando o marketing educacional: estratégias para o sucesso da sua instituição

Desvendando o marketing educacional: estratégias para o sucesso da sua instituição

Ilustração de mapa mental e homem apontando para desenho de lâmpada.

A educação é um dos pilares fundamentais da sociedade, e as instituições de ensino desempenham um papel crucial nesse processo. No entanto, para que uma escola prospere, não basta apenas oferecer educação de qualidade; ela precisa se destacar no mercado e atrair alunos. É aí que entra o Marketing Educacional

Neste artigo, desvendaremos seu conceito, sua importância e utilizar essa estratégia para o sucesso de suas instituições. Acompanhe!

O que é marketing educacional?

Marketing educacional é um conjunto de táticas aplicadas em instituições de ensino (IES) para atrair mais alunos e elevar a taxa de fidelização daqueles que já estudam. 

Envolve desde a pesquisa e análise do mercado, da concorrência e do público-alvo, até a criação e distribuição de conteúdos relevantes, a promoção de eventos e campanhas, o relacionamento com os clientes e a mensuração dos resultados.

Trata-se de uma forma de se comunicar com o seu público de interesse, mostrando os diferenciais da sua instituição, os benefícios da sua proposta pedagógica, os valores da sua marca e os depoimentos de quem já estuda ou estudou na sua escola. 

Também é um meio de se posicionar no mercado, demonstrando autoridade, credibilidade e confiança.

Quais os objetivos do marketing educacional?

Imagem de sala de treinamento com mulher escrevendo no quadro.

O marketing educacional tem como principais objetivos:

  • Aumentar a visibilidade da instituição de ensino, ampliando o seu alcance e reconhecimento;
  • Gerar valor para a marca, criando uma identidade forte e uma reputação positiva;
  • Atrair novos alunos, despertando o interesse e a curiosidade pelo seu projeto educacional;
  • Converter leads em matrículas, oferecendo soluções adequadas às necessidades e expectativas dos potenciais clientes;
  • Fidelizar os alunos atuais, proporcionando uma experiência satisfatória e estimulante;
  • Reduzir a evasão escolar, identificando e solucionando os problemas que levam à desistência ou à troca de instituição;
  • Aumentar a rentabilidade da instituição de ensino, otimizando os recursos e maximizando os resultados.

Por onde começar na estratégia?

Para aplicar o marketing educacional na sua instituição de ensino, você precisa seguir alguns passos básicos:

  • Conhecer o seu mercado: faça uma pesquisa sobre o cenário educacional na sua região, identificando as oportunidades, as ameaças, as tendências e as demandas do setor;
  • Conhecer a sua concorrência: analise os pontos fortes e fracos dos seus principais concorrentes, observando como eles se comunicam, quais são as suas ofertas, como eles se diferenciam e quais são as suas fraquezas;
  • Conhecer o seu público-alvo: crie personas que representem os seus potenciais clientes, levantando dados como idade, gênero, renda, escolaridade, hábitos, preferências, dores e desejos;
  • Definir os seus objetivos: estabeleça metas claras e mensuráveis para as suas ações de marketing educacional, como por exemplo aumentar em 10% o número de matrículas no próximo ano letivo;
  • Definir as suas estratégias: escolha as melhores táticas para alcançar os seus objetivos, levando em conta o seu orçamento, o seu cronograma, o seu público-alvo e os seus diferenciais;
  • Executar as suas ações: coloque em prática as suas estratégias de marketing educacional, seguindo um plano detalhado e monitorando constantemente o seu desempenho;
  • Avaliar os seus resultados: mensure os indicadores-chave de sucesso das suas ações de marketing educacional, como por exemplo o número de visitas ao seu site, o número de leads gerados, o número de matrículas realizadas e o nível de satisfação dos seus alunos.

Conheça algumas estratégias de marketing para divulgar a instituição de ensino

Marketing de conteúdo: produza e compartilhe conteúdos relevantes e educativos para o seu público-alvo, como por exemplo artigos, e-books, infográficos, vídeos, podcasts, webinars etc. 

O marketing de conteúdo ajuda a gerar valor para a sua marca, a educar o seu mercado, a atrair e nutrir leads e a aumentar o seu tráfego orgânico;

Marketing nas redes sociais: crie e mantenha perfis nas principais redes sociais onde o seu público-alvo está presente, como por exemplo Facebook, Instagram, YouTube, LinkedIn etc. 

O marketing nas redes sociais ajuda a ampliar a sua visibilidade, a interagir com o seu público, a divulgar os seus conteúdos, a promover os seus eventos e a fortalecer a sua comunidade;

Marketing de influência: busque parcerias com influenciadores digitais que tenham afinidade com o seu nicho educacional, como por exemplo professores, educadores, pais, alunos, ex-alunos etc. 

O marketing de influência ajuda a aumentar a sua credibilidade, a expandir o seu alcance e a gerar recomendações para a sua instituição de ensino;

Marketing de relacionamento: estabeleça e mantenha um contato frequente e personalizado com os seus potenciais clientes, utilizando canais como e-mail, WhatsApp, SMS, telefone etc. 

O marketing de relacionamento ajuda a criar um vínculo emocional com o seu público, a esclarecer as suas dúvidas, a oferecer as suas soluções e a conduzi-lo pelo processo de decisão de compra;

Marketing offline: utilize também meios tradicionais de divulgação da sua instituição de ensino, como por exemplo outdoor, panfleto, jornal, rádio, TV etc. 

O marketing offline ajuda a complementar as suas estratégias online, a reforçar a sua presença na sua região e a alcançar um público mais amplo.

Conheça algumas estratégias de marketing para fidelizar alunos

Pesquisa de satisfação: aplique periodicamente pesquisas de satisfação com os seus alunos e seus responsáveis, utilizando ferramentas como Google Forms etc. 

A pesquisa de satisfação ajuda a coletar feedbacks sobre os seus serviços, produtos e processos, a identificar os pontos de melhoria e as oportunidades de inovação e a demonstrar interesse pela opinião dos seus clientes;

Saiba mais: Escolas Inovadoras: o que a sua instituição precisa para chegar lá?

Programa de fidelidade: crie um programa de fidelidade que recompense os seus alunos por permanecerem na sua instituição de ensino ou por indicarem novos clientes. 

O programa de fidelidade pode oferecer benefícios como descontos na mensalidade ou em cursos extras, brindes personalizados, vouchers para lojas ou restaurantes parceiros etc. 

O programa de fidelidade ajuda a aumentar o valor percebido da sua oferta, a estimular o engajamento dos seus alunos e a gerar indicações boca-a-boca;

Eventos internos: promova eventos internos que envolvam os seus alunos e seus responsáveis em atividades lúdicas, culturais, esportivas, sociais etc. 

Os eventos internos ajudam a criar um clima de integração, diversão e aprendizado, além de fortalecer o vínculo com a instituição de ensino;

Comunicação personalizada: mantenha uma comunicação personalizada com os seus alunos e seus responsáveis, utilizando canais como e-mail, WhatsApp, SMS, telefone etc. 

A comunicação personalizada ajuda a transmitir mensagens relevantes, como lembretes, avisos, elogios, dicas etc., além de criar um relacionamento mais próximo e humano;

Suporte pedagógico: ofereça suporte pedagógico aos seus alunos, disponibilizando materiais complementares, plataformas digitais, tutoriais, plantões de dúvidas etc. 

O suporte pedagógico ajuda a melhorar o desempenho acadêmico dos seus alunos, a aumentar a sua motivação e a sua autoestima e a reduzir as dificuldades de aprendizagem.

Campanhas de marketing para eventos de visitas e matrículas

Mulher apontando para tela de computador enquanto seus colegas de trabalho olham para o conteúdo da tela.

  • Defina o seu objetivo: antes de criar a sua campanha, defina qual é o seu objetivo principal, como por exemplo aumentar o número de visitantes, de inscritos ou de matriculados;
  • Defina o seu público-alvo: em seguida, defina quem é o seu público-alvo, criando personas que representem os seus potenciais clientes, com dados como idade, gênero, renda, escolaridade, hábitos, preferências, dores e desejos;
  • Defina o seu orçamento: depois, defina quanto você pode investir na sua campanha, levando em conta os custos com mídia, produção, materiais etc;
  • Defina os seus canais: em seguida, defina quais são os canais mais adequados para divulgar a sua campanha, como por exemplo redes sociais, e-mail marketing, WhatsApp, site, blog, outdoor, panfleto etc;
  • Crie a sua mensagem: depois, crie a sua mensagem, destacando os benefícios do seu evento, o que o seu público vai aprender, como se inscrever e qual é o prazo;
  • Crie a sua identidade visual: em seguida, crie a sua identidade visual, utilizando cores, imagens, fontes e elementos que sejam coerentes com a sua marca e com o seu evento;
  • Crie a sua landing page: depois, crie a sua landing page, que é uma página específica para o seu evento, onde você vai apresentar as informações mais importantes e capturar os dados dos interessados;
  • Crie a sua automação: em seguida, crie a sua automação, que é um conjunto de e-mails ou mensagens que serão enviados automaticamente para os seus leads após eles se inscreverem no seu evento. A automação ajuda a confirmar a inscrição, a lembrar a data e o horário do evento e a enviar materiais complementares;
  • Monitore os seus resultados: por fim, monitore os seus resultados, acompanhando os indicadores-chave de sucesso da sua campanha, como por exemplo o número de visitantes ao seu site ou landing page, o número de inscritos no seu evento e o número de matriculados na sua instituição de ensino.

Quais são as ferramentas utilizadas no marketing educacional

  • Ferramentas de pesquisa: são ferramentas que permitem realizar pesquisas de mercado, de concorrência e de público-alvo, coletando e analisando dados relevantes para as suas decisões. Alguns exemplos são Google Trends, Google Analytics, SEMrush, SimilarWeb etc;
  • Ferramentas de criação: são ferramentas que permitem criar conteúdos atrativos e profissionais para os seus canais de comunicação, como por exemplo textos, imagens, vídeos, áudios, etc. Alguns exemplos são Canva, Adobe Photoshop, Adobe Premiere, Audacity etc;
  • Ferramentas de distribuição: são ferramentas que permitem distribuir os seus conteúdos nos seus canais de comunicação, como por exemplo redes sociais, e-mail marketing, WhatsApp, site, blog etc. Alguns exemplos são Facebook Business Suite, Mailchimp, WhatsApp Business, WordPress etc;
  • Ferramentas de automação: são ferramentas que permitem automatizar algumas tarefas do seu processo de marketing educacional, como por exemplo enviar e-mails ou mensagens para os seus leads, segmentar os seus contatos, gerenciar os seus funis de vendas etc. Alguns exemplos são RD Station, HubSpot, LeadLovers, PipeDrive etc;
  • Ferramentas de mensuração: são ferramentas que permitem mensurar os resultados das suas ações de marketing educacional, acompanhando os indicadores-chave de sucesso e gerando relatórios. Alguns exemplos são Google Analytics, Google Data Studio, Facebook Insights, YouTube Analytics etc.

Canais para usar o marketing educacional

  • Canais online: são os canais que utilizam a internet como meio de comunicação, como por exemplo redes sociais, e-mail marketing, WhatsApp, site, blog etc. Os canais online têm como vantagens o baixo custo, o alto alcance, a interatividade, a segmentação e a mensuração;
  • Canais offline: são os canais que utilizam meios tradicionais de comunicação, como por exemplo outdoor, panfleto, jornal, rádio, TV etc. Os canais offline têm como vantagens a abrangência, a confiabilidade, a familiaridade e a lembrança.

Como medir o sucesso do marketing educacional na sua instituição?

Imagem de mulher navegando em site sobre educação.

Existem diversas maneiras de fazer isso, e a escolha das métricas adequadas depende dos objetivos específicos de sua instituição e das estratégias de marketing aplicadas. Aqui estão algumas métricas comuns que você pode considerar:

  • Taxa de conversão: rastreia quantos visitantes do site da escola se tornam alunos matriculados. Ela ajuda a avaliar a eficácia das páginas de destino e do processo de inscrição online;
  • Número de matrículas: métrica direta que indica quantos novos alunos foram matriculados como resultado das estratégias de marketing;
  • Taxa de retenção: a taxa de retenção mede quantos alunos existentes optam por continuar na escola. Ela é fundamental para avaliar a satisfação dos alunos e famílias com a instituição;
  • Engajamento nas mídias sociais: acompanhe o crescimento do número de seguidores nas redes sociais, bem como as interações, como curtidas, comentários e compartilhamentos. Isso reflete o envolvimento da comunidade escolar;
  • Taxa de abertura de e-mails: em campanhas de e-mail marketing, a taxa de abertura indica o interesse dos pais e alunos em suas mensagens;
  • Feedback e avaliações: coletar feedback de pais e alunos sobre suas experiências pode fornecer informações valiosas sobre a qualidade da educação e o impacto do marketing educacional;
  • Custo por matrícula: calcule quanto custa adquirir um novo aluno. Isso envolve o orçamento de marketing dividido pelo número de novas matrículas;
  • Taxa de cliques: em campanhas de anúncios online, como no Google Ads ou Facebook Ads, a taxa de cliques (CTR) mede a eficácia dos anúncios em direcionar o tráfego para seu site;
  • Taxa de churn: essa métrica é relevante para escolas de ensino superior. Ela avalia quantos alunos não renovam suas matrículas de um ano para o outro.

Qual o papel do diretor de escola no marketing educacional?

O diretor de escola desempenha um papel essencial no marketing educacional, contribuindo para a promoção da instituição, retenção de alunos e construção de uma imagem positiva. 

Suas responsabilidades incluem: definir a visão e estratégia de marketing, apoiar uma cultura escolar positiva, construir relacionamentos com a comunidade, supervisionar o orçamento de marketing, avaliar resultados e impacto, defender investimentos em tecnologia, promover o profissionalismo e a excelência, colaborar com a equipe de marketing e responder a desafios e problemas relacionados ao marketing educacional. 

Quais os desafios e obstáculos no marketing educacional?

Alunos e professores usando juntos um computador para estudar.

Os desafios no marketing educacional incluem competição intensa, mudanças demográficas, manutenção da credibilidade, orçamento limitado, adaptação a tendências educacionais em evolução, regulamentações, gestão de reputação online, garantia de acessibilidade e inclusão, redução da evasão escolar e medição do retorno sobre o investimento (ROI). 

Superar esses desafios requer abordagem estratégica e adaptabilidade.

Marketing educacional em tempos de tecnologia

O marketing educacional em tempos de tecnologia abrange o uso de ferramentas digitais para promover instituições de ensino. Isso inclui o uso de mídias sociais, marketing de conteúdo, anúncios online, sites institucionais e plataformas de ensino virtual

A tecnologia também permite acompanhar e analisar dados para ajustar estratégias. Portanto, a integração eficaz da tecnologia é fundamental para o sucesso do marketing educacional moderno.

Saiba mais: O Papel do CRM Educacional na Modernização das Escolas: entenda como a tecnologia pode transformar a Gestão Escolar.

Conclusão

O Marketing Educacional é um aliado poderoso para manter alunos e expandir a instituição. Ao utilizar estratégias eficazes, as escolas podem se destacar no mercado, atrair mais alunos e, o mais importante, fornecer um ensino de excelência que beneficia toda a comunidade escolar. 

Lembre-se de que essa é uma jornada contínua de adaptação e inovação, à medida que as necessidades e preferências dos alunos e famílias evoluem. Com a abordagem certa, o sucesso está ao alcance de sua instituição de ensino.

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Personalização: como adaptar o ensino para atender às necessidades individuais da escola e melhorar o aprendizado

Personalização: como adaptar o ensino para atender às necessidades individuais da escola e melhorar o aprendizado

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Estamos habituados a abrir nosso provedor de filmes via streaming e o programa nos indicar títulos que façam sentido para nós, isto é, que estejam conforme as nossas afinidades, não é mesmo? Ao iniciarmos qualquer tipo de dispositivo digital, como, por exemplo, um smartphone ou uma televisão inteligente, é comum que uma oferta de conteúdos relacionados às nossas preferências apareça automaticamente. Nosso estilo de vida, nossos comportamentos, aquilo que falamos via chats ou o que conversamos em nossas interações presenciais é captado pelos dispositivos eletrônicos: a inteligência artificial trabalha para cada pessoa ser impactada por conteúdos que correspondam com seus interesses, escolhas e costumes.

A cada dia, esta prática de receber materiais que possuam teores relevantes para cada indivíduo está cada vez mais aperfeiçoada e é comum ter a sensação de que os produtos digitais foram elaborados especialmente para nós. Desta forma, cada pessoa possui sua própria experiência de uso: vivemos, assim, a era da personalização.

Com o ambiente digital se apresentando cada vez mais particularizado e singular, é de se esperar que desejemos que outros aspectos da nossa vida também se comportem de maneira específica para nós, de acordo com nossas necessidades e interesses, ou seja, personalizadamente. A grande pergunta é: será que a educação pode ficar fora disso?

O que é o método de ensino personalizado?


As metodologias tradicionais dos processos de ensino-aprendizagem, que majoritariamente apostam em um currículo padronizado, utilizando métodos de ensino uniformes para todos os alunos, sofreram grandes transformações nos últimos anos, principalmente após o período da pandemia da Covid-19. Com aulas à distância e o uso da tecnologia de forma aperfeiçoada e individual, os métodos de ensino estão sendo repensados com uma forte tendência a personalizar o ensino conforme as necessidades de cada estudante.

Este modelo de educação é chamado de ensino personalizado e pode ser definido como uma abordagem educacional que atenderá às necessidades individuais de cada aluno, considerando suas habilidades, interesses, ritmo de aprendizado e estilos de aprendizagem únicos.

Dessa forma, o que se busca é maximizar o potencial de aprendizagem de cada aluno, permitindo que os processos de ensino-aprendizagem sejam significativos: o aluno é visto como protagonista, tornando essencial que sejam atendidas suas necessidades e contemplados os desafios individuais. Para implementar este tipo de prática, os professores devem adaptar —  do conteúdo às atividades do dia a dia, passando pelas avaliações –  conforme os aspectos individuais dos alunos.

Assim, as metodologias de ensino que seguem estes pressupostos acabam sendo mais humanizadas por respeitarem as particularidades de cada estudante, valorizando cada indivíduo com todas as suas habilidades e, também, competências a serem desenvolvidas.

Estas propostas humanizadoras trazem benefícios para a educação, aumentando o engajamento: o interesse dos estudantes é levado para o centro dos processos de ensino-aprendizagem e o conteúdo não é mais trabalhado apenas pelo professor, mas sim pela postura ativa dos alunos e das alunas.


Como implementar o ensino personalizado?


Além dos estudantes, devemos considerar que cada escola, cada turma e cada professor também são únicos! Cada contexto carrega características singulares que interferem diretamente nos processos de ensino-aprendizagem. Sendo assim, para implementar o ensino personalizado, a parceria entre o professor e a escola é fundamental: desta forma, a equipe gestora e a equipe pedagógica poderão estabelecer as melhores práticas para a escola e para os estudantes. Vamos, portanto, explorar algumas estratégias para implementar o ensino personalizado:


Aprendizagem colaborativa


A aprendizagem baseada em projetos é uma forma eficiente de trabalhar o ensino personalizadamente. A partir dos interesses individuais, os estudantes estabelecem projetos ou temas de estudo que estejam relacionados aos objetivos de aprendizagem para trabalharem colaborativamente. Isto é, cada estudante possui um papel essencial para desempenhar em prol de um objetivo coletivo. Durante o processo, os alunos têm a oportunidade de compartilhar conhecimentos e dúvidas, e o professor pode incentivar que trabalhem de forma motivada e autônoma.


Aprendizagem por competências avaliadas durante o processo de ensino-aprendizagem


Embora seja necessário seguir as orientações curriculares oficiais, a educação atual muda o olhar sobre as normativas que tangem os conteúdos a serem trabalhados: em vez de seguir um cronograma predeterminado, os estudantes avançam os estudos conforme o desenvolvimento de competências e o domínio de conhecimentos específicos, ou seja, é necessário que o professor avalie o processo de ensino-aprendizagem, tendo a oportunidade de ajustar as estratégias pedagógicas no meio do percurso a fim de proporcionar situações que regulam as aprendizagens.


Tecnologia educacional com materiais personalizados


Para proporcionar uma experiência de aprendizagem individualizada é imprescindível o uso de obras didáticas, ferramentas digitais e recursos tecnológicos. Estes instrumentos oferecem a possibilidade de potencializar os resultados dos processos de ensino-aprendizagem. Estamos falando de soluções educacionais flexíveis e inovadoras, que possuem em seus materiais atividades interativas com feedback rápido e individual, com adaptação do conteúdo conforme o desempenho do aluno.


Autogestão e Autoavaliação


Incentivar que os estudantes possuam autoconsciência dos seus aprendizados é outra forma de voltar o olhar para cada aluno individualmente. Para realizar este tipo de iniciativa, os estudantes são encorajados a compreender o que estão aprendendo e aprofundar o conhecimento, fazendo que o aprendizado tenha sentido, que seja aproveitado em sua totalidade. Para isso, o professor deve permitir que o aluno se organize durante o processo de aprendizagem e compreenda os motivos pelos quais está realizando tal percurso formativo. Enfim, incentivar o aluno a analisar e avaliar o que e como foi aprendido, também estimula o envolvimento e o empoderamento dos alunos e alunas.


Transformação Educacional


Os processos de ensino-aprendizagem inovadores e flexíveis são essenciais na era da personalização: ao reconhecer que cada estudante é único e tem necessidades e interesses diferentes, é possível promover uma educação ativa, voltada para o desenvolvimento de competências socioemocionais; isto é, a formação dos alunos é integral sendo pensada para alcançarem melhores resultados acadêmicos e pessoais.

Dessa forma, é possível compreender que o desenvolvimento das competências não se limita aos conteúdos a serem aprendidos, mas também à forma como o estudante opera para empregá-los é fundamental na educação. Nesse sentido, uma maneira para trabalhar com o ensino personalizado é acessar os recursos do Compartilha.

O Compartilha é um projeto que disponibiliza soluções educacionais a serem utilizados por todos os participantes da comunidade escolar: no intuito de favorecer a transformação educacional por meios digitais, conforme o seu contexto, a escola pode optar pelo material que mais se adequa às suas necessidades, tanto aqueles voltados para o desenvolvimento dos profissionais da educação, quanto com soluções que promovem experiências de aprendizagem significativas para os estudantes.

As soluções compreendem materiais que abrangem diversos aspectos fundamentais para o ensino personalizado, sendo assim, cada instituição de ensino pode optar por aquilo que necessita, como, por exemplo: dar ênfase para conteúdos desenvolvidos por autores renomados da Editora Moderna; receber uma consultoria educacional por equipes pedagógicas preparadas para treinar, apoiar e implementar os recursos da plataforma; ou até mesmo promover vivências que encorajem e incentivem a vivência na cultura digital. Conforme o perfil de ensino que a escola segue, os materiais podem ser ajustados e personalizados para cada momento da vida escolar do estudante, assim, de acordo com o conteúdo a ser trabalhado e a fase em que se encontram, as soluções são específicas e singulares.

Nem só as plataformas de streaming são inovadoras e personalizadas: a educação também pode oferecer o melhor para cada indivíduo. Aliás, pode e deve! Desta forma, poderemos transformar a educação, promovendo experiências formativas de ensino-aprendizagem significativas que certamente impactarão os estudantes de maneira profunda e positiva, permitindo, assim, que transformem o mundo em um lugar cada vez melhor.

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Temas transversais na educação: uma abordagem prática para enriquecer o aprendizado

Temas transversais na educação: uma abordagem prática para enriquecer o aprendizado

Professor fazendo uma apresentação em sala de aula infantil.

Em um mundo em constante evolução, a educação precisa ir além das disciplinas tradicionais para formar cidadãos completos, preparados para os desafios da vida. 

É aí que entram os temas transversais, uma abordagem pedagógica que visa integrar valores, conhecimentos e habilidades em diversas áreas do currículo escolar. 

Neste artigo, exploraremos seu conceito, seu papel crucial na educação básica e como aplicá-los de maneira prática na rotina dos alunos. Acompanhe!

O que são temas transversais?

Os temas transversais são assuntos que atravessam as diferentes áreas do conhecimento e que têm relevância social, cultural, ambiental e ética. 

Eles são propostos pelos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) como uma forma de integrar os conteúdos curriculares com as questões da realidade dos alunos e da sociedade em que vivem.

Não se tratam de disciplinas isoladas, mas sim eixos temáticos que devem ser trabalhados de forma interdisciplinar, transdisciplinar e multidisciplinar, articulando os saberes das diversas áreas do conhecimento. 

Assim, esses temas contribuem para a formação integral dos alunos, desenvolvendo competências cognitivas, socioemocionais e éticas.

Qual o papel dos temas transversais na Educação Básica?

Meninos desenhando em folha de papel em branco.

Os temas possuem um papel fundamental, já que permitem aos alunos compreender melhor o mundo em que vivem, se reconhecer como sujeitos históricos e sociais, desenvolver uma consciência crítica e participativa, respeitar a diversidade e a pluralidade, ser solidários e responsáveis, se posicionarem diante dos problemas e desafios da atualidade e se preparar para a vida cidadã.

Além disso, eles também favorecem o desenvolvimento de habilidades e competências essenciais para o século XXI, como o pensamento crítico, a criatividade, a comunicação, a colaboração, a resolução de problemas, a autonomia, a flexibilidade, a adaptabilidade, a inovação e o empreendedorismo.

Eles são uma forma de enriquecer o aprendizado dos alunos e de contribuir para a sua formação integral. Possibilitam que os alunos se conectem com a realidade em que vivem e desenvolvem competências cognitivas, socioemocionais e éticas.

Saiba mais: Avaliação formativa e somativa: diferenças, finalidades e aplicações no ensino.

Como fazer a aplicação diária dos temas transversais?

Sua aplicação diária requer criatividade e integração ao currículo escolar. Aqui estão algumas dicas práticas para incorporar esses temas à rotina dos alunos:

  • Planejamento curricular integrado: os professores podem trabalhar em colaboração para criar planos de aula integrados que abordem um tema transversal em várias disciplinas. Por exemplo, um projeto sobre sustentabilidade pode envolver aulas de Ciências, Matemática e até mesmo Artes;
  • Temas em contexto: sempre que possível, relacione os temas a situações da vida real. Por exemplo, ao ensinar Matemática, você pode discutir questões financeiras, promovendo o tema de consumo consciente e trabalho;
  • Atividades interdisciplinares: promova projetos que envolvam várias disciplinas. Um projeto que aborda pluralidade cultural, por exemplo, pode incluir pesquisa histórica, apresentações culturais e culinária;
  • Uso de recursos externos: convide palestrantes ou organize visitas a instituições relacionadas ao assunto. Isso pode ajudar os alunos a ver como esses temas se aplicam no mundo real;
  • Discussões e debates: reserve tempo para discussões em sala de aula. Isso permite que os alunos expressem suas opiniões sobre questões éticas, culturais ou ambientais;
  • Projetos sociais: incentive os alunos a se envolverem em projetos sociais que estejam alinhados com os temas. Eles podem participar de campanhas de conscientização, arrecadação de fundos ou voluntariado em suas comunidades;
  • Recursos digitais: use a tecnologia a seu favor. Plataformas educacionais e aplicativos podem oferecer recursos interativos que exploram os temas transversais de maneira envolvente;
  • Avaliação holística: considere formas de avaliar o desenvolvimento dos temas. Isso pode incluir apresentações, ensaios, projetos práticos e reflexões sobre a aplicação dos valores e conceitos aprendidos.
  • Atenção às necessidades individuais: lembre-se de que cada aluno é único. Adapte as atividades para atender às necessidades e interesses individuais, garantindo que todos possam se envolver com os temas;
  • Exemplo e consistência: os educadores desempenham um papel fundamental na promoção dos temas. Mostre-se como um exemplo de comportamento ético, respeitoso e responsável.

Em resumo, a aplicação diária envolve incorporá-los ao currículo de forma prática e significativa. Com criatividade e engajamento, os educadores podem ajudar os alunos a entender a importância desses temas em suas vidas e a aplicá-los em situações reais.

Quais são os temas transversais da educação?

Os PCNs sugerem cinco temas transversais para a Educação Básica: Ética, Pluralidade Cultural, Meio Ambiente, Saúde e Orientação Sexual. Esses temas foram selecionados por serem considerados urgentes e relevantes para a formação dos alunos no contexto brasileiro. 

Porém, outros temas também podem ser trabalhados de forma transversal nas escolas, como Cidadania, Direitos Humanos, Educação Fiscal, Educação para o Consumo, Educação para o Trânsito, Educação Ambiental etc.

Assim, eles contribuem para a formação integral dos alunos, desenvolvendo competências cognitivas, socioemocionais e éticas.

Como fazer o desenvolvimento dos temas transversais em sala de aula e extraclasse?

Professora ajudando crianças em atividade na sala de aula

Para fazer o desenvolvimento em sala de aula e extraclasse, é preciso adotar uma metodologia ativa e participativa, que estimule os alunos a interagirem, a questionarem, a pesquisarem, a refletirem, a criarem e a se expressarem. Algumas estratégias que podem ser usadas são:

  • Promover debates e rodas de conversa, incentivando os alunos a exporem suas opiniões, argumentos e experiências, respeitando as diferentes visões e posicionamentos;
  • Realizar projetos interdisciplinares que envolvam o assunto, envolvendo os alunos em todas as etapas do processo, desde a definição do problema, a formulação de hipóteses, a coleta e análise de dados, a elaboração de soluções, a apresentação dos resultados e a avaliação do projeto;
  • Propor atividades práticas que relacionem os temas com o cotidiano dos alunos, como saídas de campo, visitas técnicas, entrevistas, pesquisas de campo, experimentos científicos, oficinas artísticas etc;
  • Organizar eventos culturais que abordem os temas, como feiras, exposições, mostras, festivais, palestras, seminários etc., envolvendo toda a comunidade escolar;
  • Estimular a participação dos alunos em movimentos sociais e iniciativas cidadãs que tenham relação com os temas, como campanhas, manifestações, voluntários, ONGs etc.

Saiba mais: Aprendizagem significativa: desvendando os pilares da educação profunda e duradoura.

O que se pode agregar em sala de aula com os temas transversais?

Os temas tranversais podem agregar muito valor em sala de aula, pois podem tornar as aulas mais interessantes, significativas e motivadoras para os alunos. Eles podem ajudar os alunos a:

  • Relacionar os conteúdos curriculares com as questões da realidade em que vivem, tornando o aprendizado mais relevante e contextualizado;
  • Desenvolver uma visão integrada e sistêmica do conhecimento, articulando as diferentes áreas do saber e reconhecendo as suas interdependências e interações;
  • Ampliar o seu repertório cultural, conhecendo e valorizando a diversidade de manifestações artísticas, históricas, geográficas, linguísticas etc;
  • Desenvolver uma postura crítica, reflexiva e questionadora diante das informações que recebem, buscando fontes confiáveis, verificando evidências, comparando pontos de vista e formulando argumentos;
  • Desenvolver uma atitude participativa, colaborativa e propositiva diante dos problemas e desafios da atualidade, buscando soluções criativas, inovadoras e sustentáveis;
  • Desenvolver uma ética pessoal e social, baseada no respeito aos direitos humanos, à democracia, à cidadania, à diversidade e ao meio ambiente.

Como é a tecnologia e temas transversais?

Professora sentada no chão da sala de aula em atividade escolar.

A tecnologia é uma aliada no trabalho com os temas na educação. Ela pode ser usada tanto como um recurso didático quanto como um objeto de estudo. 

Como recurso didático, a tecnologia pode auxiliar na apresentação dos conteúdos de forma mais atrativa e interativa, por meio de vídeos, animações, jogos, simuladores etc. 

Além disso, a tecnologia também pode facilitar o acesso à informação e à comunicação sobre os temas, por meio de sites, blogs, redes sociais etc.

Como objeto de estudo, a tecnologia pode ser abordada como um tema transversal em si mesmo. A tecnologia tem impactos sociais, culturais, ambientais e éticos que devem ser discutidos com os alunos. 

Por exemplo: como a tecnologia influencia o comportamento das pessoas? Quais são as vantagens e desvantagens da tecnologia para o meio ambiente? Como garantir o uso ético e responsável da tecnologia? Como desenvolver habilidades digitais para o futuro?

Conclusão

Os temas transversais são um componente essencial da educação do século 21. Eles capacitam os alunos a serem cidadãos conscientes e preparados para os desafios da vida real. 

Ao integrar esses temas de forma prática na rotina escolar e explorar as possibilidades da tecnologia educacional, os educadores podem enriquecer o aprendizado de seus alunos, promovendo valores e habilidades essenciais para o mundo atual. 

A jornada pela educação holística começa com um passo — e os temas transversais são um caminho promissor.

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Dislexia e TDAH na escola: intervenções e atualização para educadores

Dislexia e TDAH na escola: intervenções e atualização para educadores

estudante com a cabeça deitada nos braços sobre a mesa amassando papel.

A dislexia é um transtorno específico de aprendizagem que afeta cerca de 3% a 5% dos estudantes. Ela se caracteriza por dificuldades na leitura e na escrita, que não são explicadas por outros fatores, como baixa inteligência, falta de instrução ou problemas sensoriais. 

Tem origem neurobiológica e está relacionada a um déficit no processamento fonológico, ou seja, na capacidade de manipular os sons da linguagem oral.

Já o TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade) é outro transtorno que pode afetar o desempenho escolar dos alunos. Ele se manifesta por sintomas de desatenção, hiperatividade e impulsividade, que prejudicam o funcionamento em diversas áreas da vida. 

O transtorno também tem base genética e neurobiológica e pode estar associado a outras condições, como ansiedade, depressão e transtornos de aprendizagem.

Muitas vezes, as duas condições podem coexistir na mesma criança, causando dificuldades adicionais para o processo de ensino-aprendizagem. Por isso, é importante que os educadores estejam preparados para identificar e intervir adequadamente com esses alunos, buscando promover a inclusão e o desenvolvimento de suas potencialidades.

Neste artigo, vamos abordar algumas estratégias e dicas para ajudar os educadores a lidarem com tais quadros na escola, bem como a se atualizarem sobre esses temas. Acompanhe!

Papel do educador na abordagem e diagnóstico

O educador tem um papel fundamental na abordagem e no diagnóstico dos transtornos, pois é ele que convive diariamente com os alunos e pode observar seus comportamentos, dificuldades e habilidades. 

Leia também: Habilidades socioemocionais: o que são e por que são importantes? Descubra!

Além disso, o educador pode aplicar testes e provas que avaliam o nível de leitura, escrita, matemática e outras áreas do conhecimento dos estudantes.

Para identificar possíveis casos de dislexia e TDAH, o educador deve estar atento aos seguintes sinais:

  • Dificuldade para aprender as letras do alfabeto, associar os sons às letras, formar sílabas e palavras;
  • Dificuldade para compreender o que lê, extrair ideias principais e secundárias, fazer inferências e resumos;
  • Dificuldade para escrever corretamente, respeitar as regras ortográficas e gramaticais, organizar as ideias em um texto coerente e coeso;
  • Dificuldade para memorizar informações verbais, como nomes, datas, fórmulas, listas;
  • Dificuldade para se concentrar nas atividades escolares, manter o foco, seguir instruções, terminar tarefas no tempo adequado;
  • Dificuldade para se organizar, planejar, priorizar, revisar e monitorar seu próprio trabalho;
  • Dificuldade para controlar seus impulsos, esperar sua vez, respeitar regras e limites, lidar com frustrações;
  • Dificuldade para se relacionar com os colegas, professores e familiares, expressar suas emoções, sentimentos e opiniões.

Ao perceber esses sinais em algum aluno, o educador deve comunicar sua suspeita aos responsáveis e encaminhar a criança para uma avaliação especializada com profissionais da saúde (psicólogo, psicopedagogo, fonoaudiólogo, neurologista etc.).

Intervenções e dinâmicas em sala de aula

aluno com expressão de frustração enquanto olha para seu livro escolar sobre a mesa.

Após o diagnóstico de dislexia ou TDAH (ou ambos), o educador deve adaptar sua metodologia de ensino às necessidades específicas do aluno. Algumas intervenções e dinâmicas que podem ser úteis em sala de aula são:

  • Utilizar recursos visuais, auditivos e táteis para facilitar a aprendizagem, como imagens, vídeos, músicas, jogos, objetos concretos etc.;
  • Estimular a consciência fonológica, ou seja, a habilidade de perceber, segmentar e manipular os sons da fala. Por exemplo, trabalhar com rimas, aliterações, sílabas, inversões, trocas etc.;
  • Ensinar estratégias de leitura, como fazer predições, perguntas, anotações, sublinhar as palavras-chave, usar dicionários etc.;
  • Ensinar estratégias de escrita, como fazer um esboço, um rascunho, uma revisão, usar um roteiro, um mapa mental etc.;
  • Ensinar estratégias de matemática, como usar material dourado, ábaco, calculadora, tabelas, gráficos etc.;
  • Ensinar estratégias de estudo, como fazer resumos, esquemas, flashcards, mapas conceituais etc.;
  • Dar instruções claras, simples e objetivas para as atividades escolares, verificando se o aluno entendeu e anotou;
  • Dividir as tarefas em partes menores e mais fáceis de executar, dando feedback e reforço positivo a cada etapa concluída;
  • Oferecer tempo extra para o aluno terminar as provas e trabalhos, bem como para revisar suas respostas;
  • Permitir que o aluno use recursos auxiliares nas provas e trabalhos, como calculadora, dicionário, tabela periódica etc.;
  • Evitar cobrar o aluno por erros ortográficos ou gramaticais que não interfiram na compreensão do texto;
  • Evitar expor o aluno a situações constrangedoras devido suas dificuldades;
  • Favorecer um ambiente tranquilo e organizado na sala de aula, evitando distrações e interrupções desnecessárias;
  • Estabelecer regras e rotinas claras e consistentes na sala de aula, combinando as consequências para o cumprimento ou não das mesmas;
  • Elogiar o aluno por seus esforços, progressos e acertos, valorizando suas qualidades e potencialidades.

Atualização dos educadores no tema

Para lidar com ambos na escola de forma efetiva e atualizada, os educadores devem buscar constantemente se informar e se capacitar sobre esses transtornos. Algumas formas de se atualizar são:

  • Participar de cursos, palestras, seminários e congressos sobre dislexia e TDAH;
  • Ler livros, artigos científicos e revistas especializadas sobre o tema;
  • Acompanhar sites, blogs e redes sociais de instituições e profissionais que tratam sobre os transtornos;
  • Trocar experiências e informações com outros educadores que trabalham com alunos com as mesmas condições;
  • Consultar profissionais da saúde que atendem alunos com disléxicos e com déficit de atenção para tirar dúvidas e receber orientações.

Condutas no ambiente escolar

criança com expressão confusa manuseando um notebook.

Além das intervenções pedagógicas em sala de aula, os educadores devem adotar algumas condutas no ambiente escolar que favoreçam a inclusão e o bem-estar dos alunos diagnosticados. Algumas dessas condutas são:

  • Respeitar as individualidades e as diferenças de cada aluno, sem rotulá-lo ou discriminá-lo por suas dificuldades;
  • Promover a autoestima e a autoconfiança do aluno, reconhecendo seus talentos e interesses;
  • Estimular a participação do aluno nas atividades escolares e extracurriculares que envolvam sua criatividade, inteligência e habilidades;
  • Incentivar a socialização do aluno com seus colegas e professores, favorecendo sua integração e cooperação;
  • Orientar os colegas do aluno disléxico ou com déficit de atenção sobre suas características e necessidades especiais, evitando preconceitos ou bullying;
  • Estabelecer uma comunicação aberta e frequente com os responsáveis do aluno diagnosticado, informando-os sobre seu desempenho escolar e comportamental;
  • Apoiar os responsáveis do aluno com dislexia ou TDAH na busca por tratamento adequado e acompanhamento multidisciplinar.

Leia também: Comunicação não violenta: benefícios, implementação e abordagem de comportamentos na escola

Inclusão dos alunos na rotina escolar

menino lendo cuidadosamente um livro sobre a mesa.

A inclusão dos alunos diagnosticados na rotina escolar é um direito garantido por lei e uma prática que beneficia tanto os próprios alunos quanto a comunidade escolar. 

Isso implica em oferecer condições de acesso, permanência, participação e aprendizagem aos estudantes, respeitando suas especificidades e potencializando seus recursos. Para isso, é preciso que a escola:

  • Adote uma proposta pedagógica que contemple a diversidade dos alunos, valorizando suas múltiplas formas de aprender, expressar e interagir;
  • Elabore um plano de atendimento educacional especializado (AEE) para cada aluno nessas condições, definindo as adaptações curriculares, metodológicas e avaliativas necessárias;
  • Disponibilize recursos materiais, tecnológicos e humanos que facilitem o processo de ensino-aprendizagem dos estudantes diagnosticados;
  • Promova a formação continuada dos professores e demais profissionais da educação sobre o assunto, bem como sobre as estratégias de inclusão;
  • Estimule o trabalho colaborativo entre os profissionais da educação, da saúde, da assistência social e de outras áreas que atendem esses alunos;
  • Desenvolva projetos pedagógicos que envolvam temas relacionados à dislexia e ao TDAH, sensibilizando toda a comunidade escolar sobre esses transtornos.

Conclusão

A dislexia e o TDAH são transtornos que afetam milhões de crianças em todo o mundo, trazendo desafios para o seu desenvolvimento acadêmico, social e emocional. 

Por isso, é fundamental que os educadores estejam preparados para identificar, intervir e incluir esses alunos na escola, contribuindo para o seu sucesso escolar e pessoal. 

Para tanto, é preciso que os educadores se informem, se capacitem e se atualizem sobre esses temas, buscando sempre as melhores práticas pedagógicas para atender às necessidades específicas dos alunos com dislexia ou TDAH.

Gostou deste conteúdo? Então, descubra qual o papel do professor quando assume o espaço de curador em nome de experiências que levem à aprendizagem!

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Inteligência Comercial com um CRM educacional: entenda como aplicar na prática!

Inteligência Comercial com um CRM educacional: entenda como aplicar na prática!

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Como utilizar a Inteligência Comercial com um CRM Educacional para aumentar as vendas e o desempenho da sua Instituição de Ensino

Aproveitar os benefícios proporcionados pela Inteligência Comercial com um CRM educacional possibilita a Inovação Educacional, o que permite, a longo prazo, a obtenção de resultados sustentáveis. Sua instituição de ensino já trabalha essa estratégia? Veja agora tudo o que você tem a ganhar ao realizá-la! 📊📚🎯

Introdução: O que é Inteligência Comercial e como ela pode ser aplicada em um CRM educacional?

A Inteligência Comercial é uma abordagem estratégica que visa otimizar o processo de vendas por meio da análise de dados e informações relevantes. No contexto de um CRM educacional, essa metodologia pode ser aplicada para impulsionar as estratégias de vendas e melhorar os resultados de faculdades e escolas.

Um CRM educacional, ou Customer Relationship Management, é uma plataforma tecnológica projetada especificamente para atender às necessidades de instituições de ensino. Um CRM específico para a educação tem como objetivo gerenciar interações com estudantes, pais, ex-alunos e outras partes interessadas envolvidas na comunidade educacional.

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Ao integrar a Inteligência Comercial nesse sistema, é possível obter insights valiosos sobre o comportamento dos alunos, suas preferências e necessidades. Essas informações podem ser utilizadas para personalizar abordagens comerciais e oferecer soluções educacionais mais adequadas a cada indivíduo.

Além disso, a aplicação da Inteligência Comercial em um CRM educacional permite a análise detalhada dos dados coletados ao longo do processo de Captação e Gestão da Permanência de alunos. Isso possibilita identificar padrões, tendências e oportunidades no mercado educacional. Com essas informações em mãos, as instituições podem ajustar suas estratégias de marketing e vendas para maximizar os resultados.

Em resumo, a Inteligência Comercial aplicada em um CRM educacional oferece uma visão ampla de mercado e fornece subsídios para tomadas de decisões mais assertivas. Por meio da análise inteligente dos dados disponíveis no sistema, as instituições podem direcionar seus esforços para conquistar novos alunos e fidelizar aqueles que já integram a sua base.

 

✅ A importância do CRM educacional frente a um genérico para a Inteligência Comercial em uma instituição de ensino

O CRM educacional desempenha um papel crucial na Inteligência Comercial de uma instituição de ensino quando comparado a um CRM genérico. Por ser projetado levando em consideração as necessidades do segmento de educação, ele permite que a instituição personalize suas interações com alunos, pais e professores de acordo com os ciclos acadêmicos, programas de estudo e outras variáveis específicas do ambiente educacional.

Os CRMs especializados possuem recursos como rastreamento de matrículas, automação de marketing, tracking, histórico de interações, sistemas de comunicação personalizada e outras funcionalidades vitais para a criação e manutenção do relacionamento com potenciais e atuais alunos.

📍 Resumindo: o CRM focado na educação oferece funcionalidades específicas e adaptadas às necessidades das instituições de ensino, contribuindo significativamente para a Inteligência Comercial e o sucesso acadêmico. Já um CRM genérico pode não fornecer as ferramentas necessárias para atender a essas demandas específicas do setor educacional.

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Benefícios da Utilização da Inteligência Comercial em um CRM educacional

1. Orientação de decisões estratégicas

A incorporação da Inteligência Comercial no CRM educacional proporciona uma análise mais profunda dos dados, fornecendo informações cruciais sobre tendências, comportamentos dos estudantes e demandas do mercado. Com esses insights à disposição, a instituição pode tomar decisões mais fundamentadas e alinhadas com seus objetivos institucionais.

2. Personalização e aumento de engajamento

A Inteligência Comercial possibilita a segmentação dos estudantes de acordo com seus interesses, preferências e necessidades individuais. Isso viabiliza a criação de mensagens e ações personalizadas, resultando em um aumento do envolvimento dos estudantes e na eficácia das campanhas de comunicação.

3. Aprimoramento na identificação e permanência de estudantes

A Inteligência Comercial no CRM educacional pode auxiliar na identificação de prospects, ou seja, estudantes com maior probabilidade de se matricularem. Isso permite a formulação de abordagens direcionadas e eficazes para atrair esses novos estudantes.

Além disso, ela também pode ajudar a identificar potenciais riscos de desistência e possibilitar a implementação de ações de retenção personalizadas, com o objetivo de aumentar a permanência dos estudantes na instituição.

4. Acompanhamento do desempenho institucional

A Inteligência Comercial no CRM educacional fornece indicadores e métricas fundamentais para monitorar o desempenho global da instituição. Isso viabiliza o acompanhamento do progresso em relação às metas e a identificação de áreas que necessitam de melhorias, permitindo ajustes e correções de rumo para assegurar o êxito da instituição.

Além disso, com o CRM educacional, você consegue registrar as objeções de alunos que saíram ou não fizeram a inscrição na sua instituição de ensino. Podendo trabalhar posteriormente, de forma estratégica, tais motivos.

5. Redução de despesas e aumento da eficiência

Outro benefício é a viabilidade de uma gestão mais precisa dos recursos, direcionando esforços e investimentos para as áreas com maior potencial de retorno. Além disso, a automação de processos e a análise de dados possibilitam uma maior eficiência operacional, resultando em redução de custos e minimização de desperdícios.

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Etapas para implementar a Inteligência Comercial em um CRM Educacional

A introdução da Inteligência Comercial em um CRM educacional exige a execução de uma série com seis etapas cruciais, tais como:

1. Estabelecer objetivos

Antes de iniciar a implementação, é vital definir metas claras. Identifique as áreas ou processos de sua instituição de ensino que podem se beneficiar da Inteligência Comercial e estabeleça os objetivos que você deseja alcançar com essa implementação.

2. Avaliar a infraestrutura existente

Analise sua infraestrutura de TI e avalie se ela está apta para dar suporte à implantação de Inteligência Comercial. Verifique se o CRM educacional já possui capacidades integradas ou se será necessário investir em uma solução adicional.

3.Coletar e integrar dados

Identifique as fontes de dados relevantes para a Inteligência Comercial, como informações demográficas dos estudantes, histórico acadêmico, dados de matrícula, entre outros. Em seguida, integre esses dados ao seu CRM educacional, garantindo que as informações sejam atualizadas e acessíveis em tempo real.

4. Analisar e modelar dados

Utilize ferramentas de análise de dados para extrair informações significativas dos dados disponíveis. Crie modelos e algoritmos que permitam identificar padrões, tendências e insights importantes, que podem ser aplicados em tomadas de decisões estratégicas.

5. Monitorar e avaliar os resultados

Mantenha um acompanhamento dos resultados contínuos e análises relacionadas à melhoria da Inteligência Comercial em seu CRM educacional. Isso permitirá que você faça os ajustes necessários e avalie o impacto das estratégias inovadoras.

6. Promover uma cultura de Inteligência Comercial

Certifique-se de que todos os colaboradores da instituição de ensino compreendem a importância da Inteligência Comercial e saibam como aplicá-la em suas atividades. Ofereça treinamento e suporte adequado para que todos possam aproveitar ao máximo os recursos disponíveis.

 

Técnicas avançadas de análise de dados para potencializar a Inteligência Comercial em um CRM educacional

1. Análise preditiva

Por meio da aplicação de algoritmos de aprendizado de máquina, é viável realizar previsões sobre o comportamento futuro dos usuários do CRM educacional. Isso pode auxiliar na identificação de clientes com maior probabilidade de conversão, bem como na detecção daqueles que estão inclinados a abandonar o serviço, dentre outras percepções relevantes.

🔗 Saiba mais:: A nossa inteligência gerando mais matrículas para você!

2. Segmentação de clientes 

Mediante a análise de dados demográficos, comportamentais e de interação dos clientes, é possível agrupá-los em categorias com características e necessidades similares. Isso facilita a criação de campanhas de marketing mais específicas e personalizadas para cada grupo.

🔗 Saiba mais: Segmentação de listas de leads para IEs: a importância de tratar a sua base de contatos e otimizá-la para a construção de uma boa régua de relacionamento.

3. Análise de redes sociais

Esta técnica envolve a análise de dados provenientes de plataformas de redes sociais, como Facebook, Twitter e LinkedIn, com o objetivo de compreender o comportamento on-line dos clientes, identificar influenciadores e explorar oportunidades de marketing.

4. Análise de churn

Através da análise de dados históricos e comportamentais dos clientes, é viável identificar os fatores que contribuem para o churn (cancelamento) do serviço. Essas informações possibilitam a adoção de medidas para reduzir a taxa de evasão, tais como melhorias, estratégias de retenção e atendimento personalizado.

 

Conclusão: Aproveite os benefícios da Inteligência Comercial em seu CRM Educacional para alavancar seus resultados!

Em resumo, a adoção das técnicas avançadas de análise de dados em seu CRM educacional pode ser um divisor de águas para o sucesso de sua instituição. Ao aplicar a Inteligência Comercial de forma estratégica, você irá potencializar sua capacidade de compreender e atender às necessidades dos seus alunos.

Ao colocar em prática as estratégias vistas acima, você estará preparado para tomar decisões mais informadas, direcionar suas ações de marketing com decisões e garantir a satisfação contínua do seu público.

Plataforma Rubeus: O primeiro CRM 100% focado no setor educacional

A Plataforma Rubeus é uma solução tecnológica desenvolvida para a área da educação, com foco na gestão do relacionamento com potenciais e atuais alunos. Ela oferece um conjunto de recursos e ferramentas para auxiliar instituições de ensino, como escolas, colégios e universidades, a gerenciar suas atividades de forma mais eficiente.

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