Os benefícios das ferramentas digitais na educação

Os benefícios das ferramentas digitais na educação

Estudante do ensino médio usando um tablet digital para estudar.

Em algum momento, você já ouviu falar sobre a Indústria 4.0, certo? Basicamente, esse conceito fala sobre como o avanço da tecnologia nos últimos tempos tem culminado no aperfeiçoamento do ecossistema industrial, criando a maior disrupção no segmento desde a chamada Revolução Industrial. A Indústria 4.0 é marcada, entre outras características, pela alta produtividade e capacidade de se adaptar às constantes transformações de nossos tempos, justamente por empregar ferramentas como Big Data, Inteligência Artificial e Machine Learning. Além de aumentar a eficiência dos processos, estamos falando de recursos que nos levam diretamente à inovação.

Sem dúvidas, sabemos que essas novas tecnologias estão, cada vez mais, presentes no nosso dia a dia, mesmo fora das empresas. Por exemplo: ao sairmos de casa, utilizamos aplicativos de trânsito para nos guiar até um determinado local, nos comunicamos com qualquer pessoa por meio de aplicativos de troca instantânea de mensagens, nossas fotos e vídeos são automaticamente armazenados na nuvem – vale brincar que, por incrível que pareça, mesmo nunca tendo sido vistas a olho nu, essas tais nuvens guardam nossas maiores recordações.

Como em outros momentos da humanidade, avanços nos meios de produção passam, com o tempo, para outros campos. E, sim, a revolução tecnológica também trouxe mudanças para a educação, dando vida à famosa Educação 4.0. Com a implantação das ferramentas digitais, a forma de ensinar e de aprender foi modificada, especialmente depois da aceleração provocada como resposta à pandemia de Covid-19. Agora, professores e alunos contam com inúmeros recursos ao seu alcance para que o processo de ensino seja cada vez mais eficiente, atualizado e prazeroso.

Mas, afinal, dentre tudo que a tecnologia trouxe de benefícios para a educação, o que vamos ressaltar hoje?

Sabemos que a inovação tecnológica tem feito com que novas habilidades sejam demandadas pelo mercado de trabalho. Por exemplo, antigamente, era necessário possuir cursos de datilografia no currículo para que fosse comprovada a habilidade de digitação nas máquinas de escrever, que, hoje, são itens de coleção. Com a massificação dos computadores de uso pessoal em meados dos anos 90, digitar de forma ágil se tornou uma competência muito comum. O mesmo processo se deu de maneira parecida com os idiomas frente a popularização das ferramentas de tradução, que dão conta, muitas vezes, de demandas mais básicas. Para a geração dos nativos digitais, o desafio não é o uso da tecnologia, mas, sim, sua aplicação em atividades complexas. Para se ter ideia, uma das tendências hoje é o movimento “low code”, cuja tradução livre é “programação sem código”, em que as linhas de comando dão vez para interfaces intuitivas e visuais.
Todas as competências necessárias para navegar em um mundo mediado pela tecnologia podem ser estimuladas dentro da escola ao permitir que os alunos tenham um mergulho guiado no mundo digital. E engana-se quem acha que estamos falando do futuro, já que o nosso presente é o berço de muita novidade! Mas afinal, quais as vantagens em adotar tecnologia digital no dia a dia da escola?

● Qualidade de ensino

Com o uso das ferramentas digitais, o ensino pode ser muito mais eficiente. Os estudantes passam a ter acesso a materiais extras disponíveis na internet, permitindo se aprofundar no assunto abordado na sala de aula. Há instituições que já têm feito uso até de dispositivos de realidade virtual, criando situações de imersão. Além disso, com ajuda das plataformas de ensino, os professores podem ter uma comunicação muito mais assertiva e efetiva com os alunos por meio dos chats e fóruns. Das rodas virtuais de discussão às entregas e correções de atividades com feedbacks individuais quase que em tempo real são apenas duas das atrações tão esperadas.

● Aumento do engajamento

Reter a atenção dos estudantes é um grande desafio dos professores, especialmente quando o hábito fora da sala de aula engloba o consumo de uma infinidade de conteúdos de curta duração, em especial os vídeos das redes sociais. Mas o mundo digital oferece caminhos para que essa barreira possa ser vencida de modo muito mais fácil. A geração atual é extremamente ligada à tecnologia, sendo assim, qualquer recurso tecnológico utilizado em sala de aula chamará a atenção das crianças e dos adolescentes. Desta forma, é possível despertar o interesse da turma sobre o tema que será abordado na aula e manter a atenção. Um bom exemplo é o uso da realidade aumentada, que é a sobreposição de objetos digitais no mundo real que proporciona analisar animais em tamanho real dentro da sala de aula nas aulas de biologia.

● Comunicação com pais e responsáveis

Se engana quem pensa que a eficiência do ensino está associada somente aos professores e aos alunos. O desenvolvimento dos estudantes é um assunto que deve ser acompanhado de perto pelos responsáveis para ser dada continuidade no processo de ensino conforme a necessidade individual de cada aluno.
“Mas como a tecnologia auxilia nesse processo?”
Por meio de agendas digitais, a escola pode comunicar os pais sobre qualquer adversidade vivida pelo estudante na escola, como avaliações de baixo rendimento e atividades não entregues. Desta forma, os responsáveis terão ciência do que está acontecendo e poderão tomar medidas cabíveis para que a criança ou adolescente continue progredindo. Hoje, é muito mais fácil responder mensagens por meio do computador ou do smartphone, já que vivemos conectados. Sendo assim, as agendas físicas deram espaço para aplicativos que podem ser facilmente acessados.

● Ensino híbrido ou remoto

Utilizando as salas de aula virtuais, o ensino híbrido ou remoto pode ser incorporado nas escolas mesmo depois da pandemia de Covid-19. Ou seja, os alunos podem assistir às aulas de casa e, depois, assisti-las novamente a qualquer momento quando são gravadas e disponibilizadas em uma biblioteca digital. Neste caso, a escola facilita para que o estudante consiga aprender no seu tempo, afinal, poderá dar play no vídeo do professor quantas vezes forem necessárias para que a matéria seja assimilada da melhor forma possível. Uma outra maneira que as salas de aula virtuais podem ser utilizadas é para as aulas de reforço, fóruns de dúvidas e muito mais.

● Otimização para os professores

A tecnologia trouxe inúmeras vantagens para os professores. No lugar dos métodos tradicionais já desgastados com o tempo, os professores podem utilizar novas propostas para que suas aulas sejam mais atrativas. Mas, além disso, a inovação pode otimizar o tempo do professor. Com a ajuda das plataformas, os alunos podem realizar atividades que são corrigidas instantaneamente, ou seja, não é necessário que o docente corrija manualmente. Outra facilidade é o disparo automático de mensagens para toda turma de maneira rápida e fácil, podendo se comunicar com todos os alunos de maneira efetiva.

A tecnologia certamente chegou para ficar e aprimorar o ensino, não é mesmo? Aproveite para ler mais sobre o tema clicando aqui e veja como a inovação faz parte do dia a dia das escolas.

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Desvendando o marketing educacional: estratégias para o sucesso da sua instituição

Desvendando o marketing educacional: estratégias para o sucesso da sua instituição

Ilustração de mapa mental e homem apontando para desenho de lâmpada.

A educação é um dos pilares fundamentais da sociedade, e as instituições de ensino desempenham um papel crucial nesse processo. No entanto, para que uma escola prospere, não basta apenas oferecer educação de qualidade; ela precisa se destacar no mercado e atrair alunos. É aí que entra o Marketing Educacional

Neste artigo, desvendaremos seu conceito, sua importância e utilizar essa estratégia para o sucesso de suas instituições. Acompanhe!

O que é marketing educacional?

Marketing educacional é um conjunto de táticas aplicadas em instituições de ensino (IES) para atrair mais alunos e elevar a taxa de fidelização daqueles que já estudam. 

Envolve desde a pesquisa e análise do mercado, da concorrência e do público-alvo, até a criação e distribuição de conteúdos relevantes, a promoção de eventos e campanhas, o relacionamento com os clientes e a mensuração dos resultados.

Trata-se de uma forma de se comunicar com o seu público de interesse, mostrando os diferenciais da sua instituição, os benefícios da sua proposta pedagógica, os valores da sua marca e os depoimentos de quem já estuda ou estudou na sua escola. 

Também é um meio de se posicionar no mercado, demonstrando autoridade, credibilidade e confiança.

Quais os objetivos do marketing educacional?

Imagem de sala de treinamento com mulher escrevendo no quadro.

O marketing educacional tem como principais objetivos:

  • Aumentar a visibilidade da instituição de ensino, ampliando o seu alcance e reconhecimento;
  • Gerar valor para a marca, criando uma identidade forte e uma reputação positiva;
  • Atrair novos alunos, despertando o interesse e a curiosidade pelo seu projeto educacional;
  • Converter leads em matrículas, oferecendo soluções adequadas às necessidades e expectativas dos potenciais clientes;
  • Fidelizar os alunos atuais, proporcionando uma experiência satisfatória e estimulante;
  • Reduzir a evasão escolar, identificando e solucionando os problemas que levam à desistência ou à troca de instituição;
  • Aumentar a rentabilidade da instituição de ensino, otimizando os recursos e maximizando os resultados.

Por onde começar na estratégia?

Para aplicar o marketing educacional na sua instituição de ensino, você precisa seguir alguns passos básicos:

  • Conhecer o seu mercado: faça uma pesquisa sobre o cenário educacional na sua região, identificando as oportunidades, as ameaças, as tendências e as demandas do setor;
  • Conhecer a sua concorrência: analise os pontos fortes e fracos dos seus principais concorrentes, observando como eles se comunicam, quais são as suas ofertas, como eles se diferenciam e quais são as suas fraquezas;
  • Conhecer o seu público-alvo: crie personas que representem os seus potenciais clientes, levantando dados como idade, gênero, renda, escolaridade, hábitos, preferências, dores e desejos;
  • Definir os seus objetivos: estabeleça metas claras e mensuráveis para as suas ações de marketing educacional, como por exemplo aumentar em 10% o número de matrículas no próximo ano letivo;
  • Definir as suas estratégias: escolha as melhores táticas para alcançar os seus objetivos, levando em conta o seu orçamento, o seu cronograma, o seu público-alvo e os seus diferenciais;
  • Executar as suas ações: coloque em prática as suas estratégias de marketing educacional, seguindo um plano detalhado e monitorando constantemente o seu desempenho;
  • Avaliar os seus resultados: mensure os indicadores-chave de sucesso das suas ações de marketing educacional, como por exemplo o número de visitas ao seu site, o número de leads gerados, o número de matrículas realizadas e o nível de satisfação dos seus alunos.

Conheça algumas estratégias de marketing para divulgar a instituição de ensino

Marketing de conteúdo: produza e compartilhe conteúdos relevantes e educativos para o seu público-alvo, como por exemplo artigos, e-books, infográficos, vídeos, podcasts, webinars etc. 

O marketing de conteúdo ajuda a gerar valor para a sua marca, a educar o seu mercado, a atrair e nutrir leads e a aumentar o seu tráfego orgânico;

Marketing nas redes sociais: crie e mantenha perfis nas principais redes sociais onde o seu público-alvo está presente, como por exemplo Facebook, Instagram, YouTube, LinkedIn etc. 

O marketing nas redes sociais ajuda a ampliar a sua visibilidade, a interagir com o seu público, a divulgar os seus conteúdos, a promover os seus eventos e a fortalecer a sua comunidade;

Marketing de influência: busque parcerias com influenciadores digitais que tenham afinidade com o seu nicho educacional, como por exemplo professores, educadores, pais, alunos, ex-alunos etc. 

O marketing de influência ajuda a aumentar a sua credibilidade, a expandir o seu alcance e a gerar recomendações para a sua instituição de ensino;

Marketing de relacionamento: estabeleça e mantenha um contato frequente e personalizado com os seus potenciais clientes, utilizando canais como e-mail, WhatsApp, SMS, telefone etc. 

O marketing de relacionamento ajuda a criar um vínculo emocional com o seu público, a esclarecer as suas dúvidas, a oferecer as suas soluções e a conduzi-lo pelo processo de decisão de compra;

Marketing offline: utilize também meios tradicionais de divulgação da sua instituição de ensino, como por exemplo outdoor, panfleto, jornal, rádio, TV etc. 

O marketing offline ajuda a complementar as suas estratégias online, a reforçar a sua presença na sua região e a alcançar um público mais amplo.

Conheça algumas estratégias de marketing para fidelizar alunos

Pesquisa de satisfação: aplique periodicamente pesquisas de satisfação com os seus alunos e seus responsáveis, utilizando ferramentas como Google Forms etc. 

A pesquisa de satisfação ajuda a coletar feedbacks sobre os seus serviços, produtos e processos, a identificar os pontos de melhoria e as oportunidades de inovação e a demonstrar interesse pela opinião dos seus clientes;

Saiba mais: Escolas Inovadoras: o que a sua instituição precisa para chegar lá?

Programa de fidelidade: crie um programa de fidelidade que recompense os seus alunos por permanecerem na sua instituição de ensino ou por indicarem novos clientes. 

O programa de fidelidade pode oferecer benefícios como descontos na mensalidade ou em cursos extras, brindes personalizados, vouchers para lojas ou restaurantes parceiros etc. 

O programa de fidelidade ajuda a aumentar o valor percebido da sua oferta, a estimular o engajamento dos seus alunos e a gerar indicações boca-a-boca;

Eventos internos: promova eventos internos que envolvam os seus alunos e seus responsáveis em atividades lúdicas, culturais, esportivas, sociais etc. 

Os eventos internos ajudam a criar um clima de integração, diversão e aprendizado, além de fortalecer o vínculo com a instituição de ensino;

Comunicação personalizada: mantenha uma comunicação personalizada com os seus alunos e seus responsáveis, utilizando canais como e-mail, WhatsApp, SMS, telefone etc. 

A comunicação personalizada ajuda a transmitir mensagens relevantes, como lembretes, avisos, elogios, dicas etc., além de criar um relacionamento mais próximo e humano;

Suporte pedagógico: ofereça suporte pedagógico aos seus alunos, disponibilizando materiais complementares, plataformas digitais, tutoriais, plantões de dúvidas etc. 

O suporte pedagógico ajuda a melhorar o desempenho acadêmico dos seus alunos, a aumentar a sua motivação e a sua autoestima e a reduzir as dificuldades de aprendizagem.

Campanhas de marketing para eventos de visitas e matrículas

Mulher apontando para tela de computador enquanto seus colegas de trabalho olham para o conteúdo da tela.

  • Defina o seu objetivo: antes de criar a sua campanha, defina qual é o seu objetivo principal, como por exemplo aumentar o número de visitantes, de inscritos ou de matriculados;
  • Defina o seu público-alvo: em seguida, defina quem é o seu público-alvo, criando personas que representem os seus potenciais clientes, com dados como idade, gênero, renda, escolaridade, hábitos, preferências, dores e desejos;
  • Defina o seu orçamento: depois, defina quanto você pode investir na sua campanha, levando em conta os custos com mídia, produção, materiais etc;
  • Defina os seus canais: em seguida, defina quais são os canais mais adequados para divulgar a sua campanha, como por exemplo redes sociais, e-mail marketing, WhatsApp, site, blog, outdoor, panfleto etc;
  • Crie a sua mensagem: depois, crie a sua mensagem, destacando os benefícios do seu evento, o que o seu público vai aprender, como se inscrever e qual é o prazo;
  • Crie a sua identidade visual: em seguida, crie a sua identidade visual, utilizando cores, imagens, fontes e elementos que sejam coerentes com a sua marca e com o seu evento;
  • Crie a sua landing page: depois, crie a sua landing page, que é uma página específica para o seu evento, onde você vai apresentar as informações mais importantes e capturar os dados dos interessados;
  • Crie a sua automação: em seguida, crie a sua automação, que é um conjunto de e-mails ou mensagens que serão enviados automaticamente para os seus leads após eles se inscreverem no seu evento. A automação ajuda a confirmar a inscrição, a lembrar a data e o horário do evento e a enviar materiais complementares;
  • Monitore os seus resultados: por fim, monitore os seus resultados, acompanhando os indicadores-chave de sucesso da sua campanha, como por exemplo o número de visitantes ao seu site ou landing page, o número de inscritos no seu evento e o número de matriculados na sua instituição de ensino.

Quais são as ferramentas utilizadas no marketing educacional

  • Ferramentas de pesquisa: são ferramentas que permitem realizar pesquisas de mercado, de concorrência e de público-alvo, coletando e analisando dados relevantes para as suas decisões. Alguns exemplos são Google Trends, Google Analytics, SEMrush, SimilarWeb etc;
  • Ferramentas de criação: são ferramentas que permitem criar conteúdos atrativos e profissionais para os seus canais de comunicação, como por exemplo textos, imagens, vídeos, áudios, etc. Alguns exemplos são Canva, Adobe Photoshop, Adobe Premiere, Audacity etc;
  • Ferramentas de distribuição: são ferramentas que permitem distribuir os seus conteúdos nos seus canais de comunicação, como por exemplo redes sociais, e-mail marketing, WhatsApp, site, blog etc. Alguns exemplos são Facebook Business Suite, Mailchimp, WhatsApp Business, WordPress etc;
  • Ferramentas de automação: são ferramentas que permitem automatizar algumas tarefas do seu processo de marketing educacional, como por exemplo enviar e-mails ou mensagens para os seus leads, segmentar os seus contatos, gerenciar os seus funis de vendas etc. Alguns exemplos são RD Station, HubSpot, LeadLovers, PipeDrive etc;
  • Ferramentas de mensuração: são ferramentas que permitem mensurar os resultados das suas ações de marketing educacional, acompanhando os indicadores-chave de sucesso e gerando relatórios. Alguns exemplos são Google Analytics, Google Data Studio, Facebook Insights, YouTube Analytics etc.

Canais para usar o marketing educacional

  • Canais online: são os canais que utilizam a internet como meio de comunicação, como por exemplo redes sociais, e-mail marketing, WhatsApp, site, blog etc. Os canais online têm como vantagens o baixo custo, o alto alcance, a interatividade, a segmentação e a mensuração;
  • Canais offline: são os canais que utilizam meios tradicionais de comunicação, como por exemplo outdoor, panfleto, jornal, rádio, TV etc. Os canais offline têm como vantagens a abrangência, a confiabilidade, a familiaridade e a lembrança.

Como medir o sucesso do marketing educacional na sua instituição?

Imagem de mulher navegando em site sobre educação.

Existem diversas maneiras de fazer isso, e a escolha das métricas adequadas depende dos objetivos específicos de sua instituição e das estratégias de marketing aplicadas. Aqui estão algumas métricas comuns que você pode considerar:

  • Taxa de conversão: rastreia quantos visitantes do site da escola se tornam alunos matriculados. Ela ajuda a avaliar a eficácia das páginas de destino e do processo de inscrição online;
  • Número de matrículas: métrica direta que indica quantos novos alunos foram matriculados como resultado das estratégias de marketing;
  • Taxa de retenção: a taxa de retenção mede quantos alunos existentes optam por continuar na escola. Ela é fundamental para avaliar a satisfação dos alunos e famílias com a instituição;
  • Engajamento nas mídias sociais: acompanhe o crescimento do número de seguidores nas redes sociais, bem como as interações, como curtidas, comentários e compartilhamentos. Isso reflete o envolvimento da comunidade escolar;
  • Taxa de abertura de e-mails: em campanhas de e-mail marketing, a taxa de abertura indica o interesse dos pais e alunos em suas mensagens;
  • Feedback e avaliações: coletar feedback de pais e alunos sobre suas experiências pode fornecer informações valiosas sobre a qualidade da educação e o impacto do marketing educacional;
  • Custo por matrícula: calcule quanto custa adquirir um novo aluno. Isso envolve o orçamento de marketing dividido pelo número de novas matrículas;
  • Taxa de cliques: em campanhas de anúncios online, como no Google Ads ou Facebook Ads, a taxa de cliques (CTR) mede a eficácia dos anúncios em direcionar o tráfego para seu site;
  • Taxa de churn: essa métrica é relevante para escolas de ensino superior. Ela avalia quantos alunos não renovam suas matrículas de um ano para o outro.

Qual o papel do diretor de escola no marketing educacional?

O diretor de escola desempenha um papel essencial no marketing educacional, contribuindo para a promoção da instituição, retenção de alunos e construção de uma imagem positiva. 

Suas responsabilidades incluem: definir a visão e estratégia de marketing, apoiar uma cultura escolar positiva, construir relacionamentos com a comunidade, supervisionar o orçamento de marketing, avaliar resultados e impacto, defender investimentos em tecnologia, promover o profissionalismo e a excelência, colaborar com a equipe de marketing e responder a desafios e problemas relacionados ao marketing educacional. 

Quais os desafios e obstáculos no marketing educacional?

Alunos e professores usando juntos um computador para estudar.

Os desafios no marketing educacional incluem competição intensa, mudanças demográficas, manutenção da credibilidade, orçamento limitado, adaptação a tendências educacionais em evolução, regulamentações, gestão de reputação online, garantia de acessibilidade e inclusão, redução da evasão escolar e medição do retorno sobre o investimento (ROI). 

Superar esses desafios requer abordagem estratégica e adaptabilidade.

Marketing educacional em tempos de tecnologia

O marketing educacional em tempos de tecnologia abrange o uso de ferramentas digitais para promover instituições de ensino. Isso inclui o uso de mídias sociais, marketing de conteúdo, anúncios online, sites institucionais e plataformas de ensino virtual

A tecnologia também permite acompanhar e analisar dados para ajustar estratégias. Portanto, a integração eficaz da tecnologia é fundamental para o sucesso do marketing educacional moderno.

Saiba mais: O Papel do CRM Educacional na Modernização das Escolas: entenda como a tecnologia pode transformar a Gestão Escolar.

Conclusão

O Marketing Educacional é um aliado poderoso para manter alunos e expandir a instituição. Ao utilizar estratégias eficazes, as escolas podem se destacar no mercado, atrair mais alunos e, o mais importante, fornecer um ensino de excelência que beneficia toda a comunidade escolar. 

Lembre-se de que essa é uma jornada contínua de adaptação e inovação, à medida que as necessidades e preferências dos alunos e famílias evoluem. Com a abordagem certa, o sucesso está ao alcance de sua instituição de ensino.

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Personalização: como adaptar o ensino para atender às necessidades individuais da escola e melhorar o aprendizado

Personalização: como adaptar o ensino para atender às necessidades individuais da escola e melhorar o aprendizado

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Estamos habituados a abrir nosso provedor de filmes via streaming e o programa nos indicar títulos que façam sentido para nós, isto é, que estejam conforme as nossas afinidades, não é mesmo? Ao iniciarmos qualquer tipo de dispositivo digital, como, por exemplo, um smartphone ou uma televisão inteligente, é comum que uma oferta de conteúdos relacionados às nossas preferências apareça automaticamente. Nosso estilo de vida, nossos comportamentos, aquilo que falamos via chats ou o que conversamos em nossas interações presenciais é captado pelos dispositivos eletrônicos: a inteligência artificial trabalha para cada pessoa ser impactada por conteúdos que correspondam com seus interesses, escolhas e costumes.

A cada dia, esta prática de receber materiais que possuam teores relevantes para cada indivíduo está cada vez mais aperfeiçoada e é comum ter a sensação de que os produtos digitais foram elaborados especialmente para nós. Desta forma, cada pessoa possui sua própria experiência de uso: vivemos, assim, a era da personalização.

Com o ambiente digital se apresentando cada vez mais particularizado e singular, é de se esperar que desejemos que outros aspectos da nossa vida também se comportem de maneira específica para nós, de acordo com nossas necessidades e interesses, ou seja, personalizadamente. A grande pergunta é: será que a educação pode ficar fora disso?

O que é o método de ensino personalizado?


As metodologias tradicionais dos processos de ensino-aprendizagem, que majoritariamente apostam em um currículo padronizado, utilizando métodos de ensino uniformes para todos os alunos, sofreram grandes transformações nos últimos anos, principalmente após o período da pandemia da Covid-19. Com aulas à distância e o uso da tecnologia de forma aperfeiçoada e individual, os métodos de ensino estão sendo repensados com uma forte tendência a personalizar o ensino conforme as necessidades de cada estudante.

Este modelo de educação é chamado de ensino personalizado e pode ser definido como uma abordagem educacional que atenderá às necessidades individuais de cada aluno, considerando suas habilidades, interesses, ritmo de aprendizado e estilos de aprendizagem únicos.

Dessa forma, o que se busca é maximizar o potencial de aprendizagem de cada aluno, permitindo que os processos de ensino-aprendizagem sejam significativos: o aluno é visto como protagonista, tornando essencial que sejam atendidas suas necessidades e contemplados os desafios individuais. Para implementar este tipo de prática, os professores devem adaptar —  do conteúdo às atividades do dia a dia, passando pelas avaliações –  conforme os aspectos individuais dos alunos.

Assim, as metodologias de ensino que seguem estes pressupostos acabam sendo mais humanizadas por respeitarem as particularidades de cada estudante, valorizando cada indivíduo com todas as suas habilidades e, também, competências a serem desenvolvidas.

Estas propostas humanizadoras trazem benefícios para a educação, aumentando o engajamento: o interesse dos estudantes é levado para o centro dos processos de ensino-aprendizagem e o conteúdo não é mais trabalhado apenas pelo professor, mas sim pela postura ativa dos alunos e das alunas.


Como implementar o ensino personalizado?


Além dos estudantes, devemos considerar que cada escola, cada turma e cada professor também são únicos! Cada contexto carrega características singulares que interferem diretamente nos processos de ensino-aprendizagem. Sendo assim, para implementar o ensino personalizado, a parceria entre o professor e a escola é fundamental: desta forma, a equipe gestora e a equipe pedagógica poderão estabelecer as melhores práticas para a escola e para os estudantes. Vamos, portanto, explorar algumas estratégias para implementar o ensino personalizado:


Aprendizagem colaborativa


A aprendizagem baseada em projetos é uma forma eficiente de trabalhar o ensino personalizadamente. A partir dos interesses individuais, os estudantes estabelecem projetos ou temas de estudo que estejam relacionados aos objetivos de aprendizagem para trabalharem colaborativamente. Isto é, cada estudante possui um papel essencial para desempenhar em prol de um objetivo coletivo. Durante o processo, os alunos têm a oportunidade de compartilhar conhecimentos e dúvidas, e o professor pode incentivar que trabalhem de forma motivada e autônoma.


Aprendizagem por competências avaliadas durante o processo de ensino-aprendizagem


Embora seja necessário seguir as orientações curriculares oficiais, a educação atual muda o olhar sobre as normativas que tangem os conteúdos a serem trabalhados: em vez de seguir um cronograma predeterminado, os estudantes avançam os estudos conforme o desenvolvimento de competências e o domínio de conhecimentos específicos, ou seja, é necessário que o professor avalie o processo de ensino-aprendizagem, tendo a oportunidade de ajustar as estratégias pedagógicas no meio do percurso a fim de proporcionar situações que regulam as aprendizagens.


Tecnologia educacional com materiais personalizados


Para proporcionar uma experiência de aprendizagem individualizada é imprescindível o uso de obras didáticas, ferramentas digitais e recursos tecnológicos. Estes instrumentos oferecem a possibilidade de potencializar os resultados dos processos de ensino-aprendizagem. Estamos falando de soluções educacionais flexíveis e inovadoras, que possuem em seus materiais atividades interativas com feedback rápido e individual, com adaptação do conteúdo conforme o desempenho do aluno.


Autogestão e Autoavaliação


Incentivar que os estudantes possuam autoconsciência dos seus aprendizados é outra forma de voltar o olhar para cada aluno individualmente. Para realizar este tipo de iniciativa, os estudantes são encorajados a compreender o que estão aprendendo e aprofundar o conhecimento, fazendo que o aprendizado tenha sentido, que seja aproveitado em sua totalidade. Para isso, o professor deve permitir que o aluno se organize durante o processo de aprendizagem e compreenda os motivos pelos quais está realizando tal percurso formativo. Enfim, incentivar o aluno a analisar e avaliar o que e como foi aprendido, também estimula o envolvimento e o empoderamento dos alunos e alunas.


Transformação Educacional


Os processos de ensino-aprendizagem inovadores e flexíveis são essenciais na era da personalização: ao reconhecer que cada estudante é único e tem necessidades e interesses diferentes, é possível promover uma educação ativa, voltada para o desenvolvimento de competências socioemocionais; isto é, a formação dos alunos é integral sendo pensada para alcançarem melhores resultados acadêmicos e pessoais.

Dessa forma, é possível compreender que o desenvolvimento das competências não se limita aos conteúdos a serem aprendidos, mas também à forma como o estudante opera para empregá-los é fundamental na educação. Nesse sentido, uma maneira para trabalhar com o ensino personalizado é acessar os recursos do Compartilha.

O Compartilha é um projeto que disponibiliza soluções educacionais a serem utilizados por todos os participantes da comunidade escolar: no intuito de favorecer a transformação educacional por meios digitais, conforme o seu contexto, a escola pode optar pelo material que mais se adequa às suas necessidades, tanto aqueles voltados para o desenvolvimento dos profissionais da educação, quanto com soluções que promovem experiências de aprendizagem significativas para os estudantes.

As soluções compreendem materiais que abrangem diversos aspectos fundamentais para o ensino personalizado, sendo assim, cada instituição de ensino pode optar por aquilo que necessita, como, por exemplo: dar ênfase para conteúdos desenvolvidos por autores renomados da Editora Moderna; receber uma consultoria educacional por equipes pedagógicas preparadas para treinar, apoiar e implementar os recursos da plataforma; ou até mesmo promover vivências que encorajem e incentivem a vivência na cultura digital. Conforme o perfil de ensino que a escola segue, os materiais podem ser ajustados e personalizados para cada momento da vida escolar do estudante, assim, de acordo com o conteúdo a ser trabalhado e a fase em que se encontram, as soluções são específicas e singulares.

Nem só as plataformas de streaming são inovadoras e personalizadas: a educação também pode oferecer o melhor para cada indivíduo. Aliás, pode e deve! Desta forma, poderemos transformar a educação, promovendo experiências formativas de ensino-aprendizagem significativas que certamente impactarão os estudantes de maneira profunda e positiva, permitindo, assim, que transformem o mundo em um lugar cada vez melhor.

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8 ideias para colocar em prática nas férias do seu filho

8 ideias para colocar em prática nas férias do seu filho

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Para algumas pessoas, especialmente as pequenas e os pequenos, parece que já estamos na reta final das férias. Mas, de qualquer modo, ainda há muito tempo para descansar e se divertir em casa ou durante as famosas viagens em família! Nessa etapa, há muitos adultos que já se perguntam sobre o que mais podem fazer om as crianças. Vamos pensar sobre?  

Além de ser um momento de dar um pause na rotina escolar, as férias escolares são uma ótima oportunidade para estreitar os vínculos entre pais, filhos, responsáveis e amigos. E tudo isso pode ser feito de maneira encantadora e lúdica, o que nos remete ao universo infinito de brincadeiras e atividades que podem ser adaptadas à realidade de cada grupo.  

Para trazer insights e inspiração, anote nossas dicas e ganhe aquele fôlego extra para colocar a criançada para gastar energia e aproveitar esse momento tão importante ao lado de quem está pronto para encarar tudo o que há de mais legal nesse período do ano!  

#1 CAÇA AO TESOURO 

Desenvolvendo habilidades como cooperação, resolução de problemas e trabalho em equipe, a brincadeira de caça ao tesouro é realizada com base em pistas que levam ao tesouro. Sendo assim, esconda um objeto e crie desafios que levarão a turma até a recompensa desejada. Importante: tenha em mente que uma pista deve abrir os caminhos para a próxima! Para estimular o raciocínio lógico, você pode criar charadas, como: “estou sempre sentada no sofá, mas não sou uma pessoa”. Sabe do que estamos falando? Acertou quem pensou em “almofada”!  

#2 BOLICHE 

Com uma torre de copos plásticos e uma bola, as crianças se divertem com o boliche caseiro! Além de estimular a coordenação motora, os pequenos ainda desenvolvem a matemática ao realizar a soma de pontos. Se possível, anote o número de acertos em cada rodada e, assim, crie uma jornada que levará ao nome do vencedor! 

#3 STOP 

Para as crianças que já foram alfabetizadas, o Stop ou Adedonha, é um jogo incrível para desenvolver ganho de vocabulário, velocidade na escrita e concentração; tudo embalado por uma boa competição saudável e divertida. Basicamente, é necessário uma folha de papel em que você possa fazer divisões relacionadas aos temas, como: nome, cor, lugar, comida, banda ou artista e música. Aqui, não há um padrão e quem dita as regras é a criatividade. Depois, realize o sorteio de uma letra e preencha as categorias com palavras que comecem com ela. Para ficar mais claro, imagine que temos colunas com as categorias ditas acima e a letra sorteada é a letra “A”. Os blocos poderiam ser preenchidos com: 

NOME – Ana 

COR – Amarelo 

LUGAR – Amapá 

COMIDA – Arroz 

BANDA – Arnaldo Antunes 

MÚSICA – A Letra A (Nando Reis) 

A ideia é preencher os campos o mais rápido possível, de modo que a primeira pessoa a terminar deve gritar “Stop”. Neste momento, todos param de escrever. A mecânica de pontuação é bem simples: cada resposta correta vale 10 pontos e as respostas repetidas deverão pontuar 5 pontos. O vencedor é aquele que somar a maior pontuação!  

#4 PINTURA COM ÁGUA 

Que tal pintar sem tinta? Com apenas papelão e água, as crianças se divertem com a ideia de pintar com água. Sem bagunça e sujeira, essa é uma ótima opção, pois basta molhar o pincel e passar no papelão para criar figuras. Utilizando a criatividade e a imaginação, os pequenos vão achar incrível ver suas obras sendo criadas com apenas água.  

#5 TRAVA-LÍNGUA 

Além de estimular a fala, o trava-língua é uma maneira divertida de ampliar o vocabulário. 

Comece sempre por frases mais simples e, depois, vá aumentando a dificuldade conforme for necessário. Algumas ideias são: 

  • O rato roeu a roupa do rei de roma.  
  • Chega de cheiro de cera suja. 
  • Pedro pregou um prego na porta preta. 

  • Teto sujo, chão sujo. 

#6 MASSINHA CASEIRA 

Que tal colocar a mão na massa, literalmente?  

A massinha caseira é um sucesso entre as crianças! Além disso, é uma brincadeira divertida e que trabalha a imaginação. Os pequenos ainda têm a oportunidade de fazer a sua própria massinha, estimulando uma pegada maker. Então, anote a receita: 

  • 4 copos de farinha de trigo 

  • 1 copo de sal 
  • 1 copo e meio de água 
  • 2 colheres de sopa de óleo 
  • 1 colher de sopa de vinagre 
  • Corante alimentar  

Junte os ingredientes e misture com as mãos. Se ficar muito seco, acrescente água, mas caso a massa fique mole demais, adicione mais farinha até dar o ponto de massinha de modelar. Por fim, adicione o corante para dar cor e, depois, é só deixar a imaginação fluir!  

#7 DOBRADURAS 

Criar com as próprias mãos é sempre um sucesso! Então, aposte nas dobraduras e crie aviões, barcos e até mesmo fantoches.  

Essa atividade promove o desenvolvimento da coordenação motora e da imaginação. Afinal, após realizar a dobradura, as crianças podem colorir as figuras criadas da maneira que preferirem.  

Para deixar essa atividade mais fácil, reunimos alguns tutoriais do canal Guiainfantil Brasil que você pode utilizar: 

#8 JOGOS DE TABULEIRO 

Os tradicionais jogos de tabuleiro sempre são uma ótima opção para se divertir com as crianças, mas vão muito além da diversão! Geralmente, estimulam a concentração e a competitividade.  

Alguns exemplos de jogos que você pode utilizar são: 

  • Xadrez
  • Dama
  • Ludo

E aí, partiu brincar? 1, 2, 3: tá com você! 

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Os primeiros dias de escola estão chegando

Os primeiros dias de escola estão chegando

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A volta às aulas é um grande desafio para toda a comunidade escolar: enquanto os professores e a coordenação se preparam para um novo ano letivo recheado de desafios; os estudantes podem experimentar diversos sentimentos, desde a euforia por rever os amigos, até o saudosismo pelos momentos de descanso. Já os que chegam agora à escola podem vivenciar um período de insegurança e incerteza.  Claro, não podemos deixar os pais e os responsáveis de fora dessa equação, já que há um receio natural a respeito de como os filhos irão lidar com esse momento.  

Sabemos que, principalmente para os estudantes da Educação Infantil e Ensino Fundamental Anos Iniciais, há um período de adaptação na volta às aulas e esse tempo é essencial para os próximos meses. Sendo assim, a escola deve estar pronta  para lidar com essa situação com tranquilidade e acolhimento. Do outro lado, os responsáveis podem trazer o assunto em conversas familiares, de diferentes maneiras, enfatizando a importância da escola e os lados positivos de voltar à rotina. Pensando nisso, reunimos 4 dicas que podem auxiliar os pais neste momento tão importante. 

#1 Preparação  

Da compra do material escolar ao uniforme, envolva o estudante nos preparativos sempre que possível! Isso vale também para os pontos mais simples, como a identificação dos objetos que farão parte da rotina. Além de já irem entrando no clima, há a oportunidade de estimular o senso de responsabilidade com esses elementos que acompanharão o estudante ao longo de todo ano. Na véspera do início das aulas, realize a organização em equipe: chame o aluno para que ele escolha a roupa que vai usar para ir ao colégio, separe os materiais que serão utilizados no primeiro dia e já programe o lanche que será enviado. Tudo isso pode parecer simples, mas as atividades compartilhadas têm a capacidade de fazer com que as crianças se sintam muito mais pertencentes e tenham um início de ano letivo muito mais tranquilo. Outra dica é fazer o percurso até a escola e, quem sabe, aproveitar o trajeto para compartilhar experiências que possam inspirar! 

#2 Pontos positivos 

Nem toda criança entende com clareza o motivo pelo qual frequenta a escola. Afinal, em um mundo tão repleto de atividades, estudar pode ser tido como apenas uma obrigação. Desta maneira, é importante que os responsáveis expliquem  porque o aluno vai à escola todos os dias e o quanto é importante e gostoso aprender. Para que isso seja mais lúdico e palpável para o estudante, diga coisas boas sobre a escola, fale sobre as atividades que serão realizadas e destaque aquilo que mais pode chamar a atenção, como: pintar, brincar, cantar e fazer amigos! Deixe também que ele relembre o que gostava de fazer no ano anterior. Há inúmeros pontos que podem ser abordados nessa conversa e que vão deixar a criança animada e disposta para ir ao colégio.  

#3 Rotina 

Criar uma rotina é essencial para que a criança entenda quais atividades serão realizadas ao decorrer do dia e da semana. Sendo assim, sinalize o horário em que ela estará na escola, quando realizará as refeições, o dever de casa e a hora de dormir, por exemplo, além dos momentos livres e de brincadeiras. Com isso, o aluno passará a criar hábitos, entenderá que deve cumprir todas as atividades listadas e saberá que os momentos mais divertidos também tem lugar no seu dia-a-dia. Inclua as pequenas e os pequenos no planejamento familiar, atribuindo, dentro do possível, responsabilidades e tomadas de decisão. 

#4 Pergunte sobre o dia  

A atenção dos responsáveis é essencial durante todo ano letivo, mas, no início do ano é primordial que eles estejam mais próximos e acompanhem os alunos. Sendo assim, demonstre interesse sobre o dia da criança na escola e faça perguntas além do tradicional questionamento “como foi o seu dia na escola?”.  Aproveite para perguntar sobre os colegas, os novos professores, o que foi aprendido no dia, como foi o intervalo e se o estudante está gostando de ir para escola. Repare se há algum tipo de mudança de comportamento, já que nem sempre os mais novos têm a capacidade de elaborar sentimentos; sem falar no receio de parecerem inadequados ao fazerem algum tipo de reclamação. Esteja pronto para acolher, dividir suas experiências e demonstrar que a escola é um universo de grandes oportunidades! 

Como você notou, é possível fazer do período de adaptação um processo leve e tranquilo, colocando essas dicas em prática. Você, como responsável, é a maior referência do seu filho. Por isso, esteja perto das crianças durante esse momento e estimule a confiança delas. 

Bom início de ano a todos!

 

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O papel do professor quando assume o espaço de curador em nome de experiências que levem à aprendizagem

O papel do professor quando assume o espaço de curador em nome de experiências que levem à aprendizagem

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Hoje, a geração dos chamados “nativos digitais” não é capaz de imaginar como era a vida antes da existência de ferramentas e dispositivos, como Google e smartphones, respectivamente. E o que dizer, então, das famosas enciclopédias, que muitos de nós tivemos como importante fonte de pesquisa na hora de realizar trabalhos escolares quando éramos estudantes? Há, entre os mais jovens da geração Z, aqueles que sequer tiveram contato com clássicos da literatura em sua forma física. Esses são apenas alguns indicativos de como a maneira como nos relacionamos com os gestos de ensinar e aprender mudou radicalmente e segue em constante transformação em função de transformações macro, capazes de alterar hábitos e comportamentos de toda uma sociedade. Diante desse cenário, há que se pensar que mudam também os perfis e os papéis do professor, que, mais do que nunca, se vê na desafiadora posição de curador.

Pode-se dizer, inclusive, que o professor curador é um símbolo da educação no Século 21, um período pautado pela hiperconectividade. O papel desse profissional tão essencial para qualquer sociedade vai além de “filtrar” conteúdos confiáveis para que possam ser disseminados entre os alunos. Também é dele a responsabilidade de fazer com que os discentes desenvolvam a habilidade de julgar, por conta própria, o que é ou não é válido em meio à chamada “infodemia” nascida com a internet: o fluxo infinito de informações que se espalha em alta velocidade na rede, muitas vezes sem checagem adequada.

Nem todo conteúdo é rei

Em 1996, Bill Gates, fundador do verdadeiro império chamado Microsoft, escreveu um artigo intitulado “Content is king” (“conteúdo é rei”). Nesse texto, ele falava a respeito de suas visões sobre a importância do conteúdo na era da internet. A frase que dá nome ao artigo se tornou célebre e, basicamente, previu o mundo em que vivemos hoje: quando o assunto é o universo online, os criadores de conteúdo são a força motriz da produção cultural e, também, financeira. Mas, como em outras esferas da vida, para cada conteúdo de qualidade, há incontáveis outros sem qualquer embasamento. Pior: há outros tantos que nem mesmo têm compromisso com a verdade. Não à toa, a expressão “fake news” tornou-se corriqueira e muito utilizada especialmente em tempos recentes, de eleições (em 2017, foi inclusive eleita “palavra do ano” pelo prestigiado dicionário Collins).

Nesse contexto, a figura do curador passou a ganhar cada vez mais importância. Para se ter uma base de comparação, nos bastidores de aplicativos como o TikTok, por exemplo, há times de curadores responsáveis por destacar conteúdos com mais potencial de engajamento. Nem todo trabalho de seleção do que vai pegar fica a cargo de algoritmos e associações ao acaso.

Os nativos digitais crescem com todo o conteúdo do mundo à disposição, a apenas um clique de distância: de informação a filmes, passando por música e toda sorte de entretenimento. Mas esses jovens muitas vezes não estão mental e intelectualmente equipados para selecionar o que é de fato um conteúdo de qualidade e, em inúmeras situações, nem mesmo distinguir o que é verídico. Um exemplo dessa inabilidade frente ao oceano de conteúdo na internet veio sob a forma de um número alarmante: em 2021, informações do relatório “Leitores do século 21: desenvolvendo habilidades de alfabetização em um mundo digital”, divulgado pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), mostraram que 67% dos alunos brasileiros de 15 anos (quase sete em cada dez) não eram capazes de diferenciar entre fatos e opiniões. O relatório foi feito com base nos resultados do Pisa 2018 (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes).

Pandemia e a disseminação do ensino EAD

A necessidade do ensino a distância durante a pandemia de Covid-19 escancarou ainda mais a importância de o professor abraçar o papel de curador. Com o processo de aprendizagem ocorrendo majoritariamente no ambiente online, o docente se viu diante da necessidade de encontrar as melhores ferramentas para a disseminação de conhecimento por meio de dispositivos que trazem a tecnologia com grande mediadora do processo de aprendizagem. Coube a ele fazer a curadoria não só do conteúdo que melhor se adaptava a esse contexto, como também curar as ferramentas digitais mais adequadas.

O professor curador é parte essencial dos paradigmas educacionais da atualidade: sai de cena a figura do “mestre”, posto que é assumido pela figura do “facilitador”, do “orientador” e, claro, do curador.

O que mudou, afinal?

O uso da internet no meio educacional, maior a cada dia que passa, promove uma alteração crucial nos processos de aprendizagem: antes, o professor era visto como o principal detentor de dados/informações e era responsável por transmitir essas informações aos estudantes. Hoje, dados e informações estão disponíveis em larga escala para qualquer pessoa com acesso a dispositivos conectados à internet. Isso não significa, no entanto, que qualquer um pode se tornar autodidata se tiver acesso ao Google. É aí que entra o professor como um orientador, como aquele que irá facilitar a construção de conhecimento por parte dos estudantes ao guiá-los frente à vastidão de informações disponíveis. É também nesse contexto que é possível enxergar a importância de o professor atuar como curador.

O perfil do professor curador

O professor curador é um profissional em constante atualização. Para oferecer a melhor trilha de conteúdo e as melhores ferramentas aos alunos, é preciso que ele próprio estude de maneira constante, mantendo-se à frente do que acontece no universo acerca da disciplina lecionada. “Trilha”, aliás, é uma palavra-chave: o professor curador é responsável por selecionar conteúdos que facilitam ao aluno criar uma trilha individual de aprendizado. “Mais interessante que elaborar novos conteúdos, o professor curador direciona seus esforços para identificar conteúdos existentes e elaborar uma trilha para o aprendizado dos jovens”, resumiu Miguel Thompson, ex-Diretor Acadêmico da Fundação Santillana no Brasil, morto em 2021.

A aprendizagem ativa serve muito bem a esse contexto: usando os materiais propostos pelo professor curador, o aluno pode ser guiado a assumir uma postura ativa na busca e na implementação do conhecimento de maneira prática. Também é importante que os conteúdos selecionados para as aulas sejam instigantes, para engajar os alunos.

Além da curadoria propriamente dita, esse “novo” professor deve buscar algumas outras habilidades, entre elas: capacidade de liderança por meio do exemplo (já que a figura do professor autoritário é ultrapassada), competências socioemocionais (para guiar os alunos no desenvolvimento da empatia e no gerenciamento de emoções, ambas caract
erísticas valorizadas no mercado de trabalho atual) e interdisciplinaridade (para implementar a resolução de problemas por meio da transversalidade entre diferentes áreas de conhecimento).

Experiências de aprendizagem

No momento em que o professor passa de detentor exclusivo do conhecimento para facilitador da aprendizagem, nasce a necessidade de se  pensar a respeito de como fazer com que o aluno aprenda de fato. O paradigma do “estudar para decorar”, por exemplo, caiu por terra: o que se busca hoje é que seja construído conhecimento que de fato sirva ao aluno.

Sai a “decoreba”, entram novas possibilidades, como a aprendizagem ativa. Fazer com que o aluno se torne o centro do processo de aprendizagem é um dos caminhos para o professor como curador. Nesse cenário, o professor oferece ao aluno as ferramentas para que ele deixe de lado a postura passiva de ouvinte e participe de atividades que o façam pensar de maneira prática sobre determinado assunto, disciplina ou problema.

É importante ter em perspectiva que todo professor faz curadoria em um momento ou outro. Mas, no contexto de assumir de fato a postura de professor curador, deve-se olhar para o processo da curadoria e para os objetivos desse processo. Trocar experiências com outros professores também pode ser muito valioso.

Como se faz curadoria

O conhecimento amplo, profundo e atualizado sobre um assunto, aliado à capacidade de análise crítica e ao poder de decisão é o mix que faz de alguém um bom curador. No processo curatorial, há três etapas básicas: pesquisa, seleção e divulgação/compartilhamento. O professor deve realizar esse ciclo sempre tendo em mente qual tipo de conteúdo tem maior possibilidade de atrair e engajar os alunos, sem deixar de servir ao que é proposto pela instituição de ensino e currículo da disciplina em si.

Formando cidadãos com capacidade analítica e crítica

Na era das fake news, é essencial ao professor formar cidadãos com capacidade crítica e analítica, capazes de encontrar fontes confiáveis, analisar dados por conta própria e embasar opiniões por meio de pesquisa.

Como exposto acima, o curador precisa ser um exímio conhecedor do objeto da curadoria, visto que ele é responsável por selecionar o que há de mais representativo dentro de um determinado universo. O mesmo fenômeno ocorre com o professor curador: muito depois de ter se formado em uma determinada área, esse profissional precisa se manter estudando, atualizado no que ocorre em seu campo de pesquisa, para assim proporcionar uma aprendizagem contemporânea. Mas não é apenas isso. O professor curador deve formar “curadores” em potencial. Não no sentido de carreira profissional, mas num sentido mais amplo e, talvez, mais urgente: é preciso que esses jovens tenham a capacidade de filtrar as informações que recebem, fazendo também uma espécie de curadoria antes de tomar algo como fato ou de repassar uma informação ao seu círculo social.

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Como estimular a leitura em jovens digitais?

Como estimular a leitura em jovens digitais?

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Em um mundo com tanta oferta de estímulos e informação, como criar e incentivar o hábito da leitura entre as crianças e os jovens? Como estabelecer as condições necessárias para que um livro – ou qualquer outro produto cultural baseado na escrita – possa ser consumido de forma equilibrada pelos indivíduos frente à praticidade e ao entretenimento encontrados, por exemplo, nas redes sociais e nos streamings de conteúdo audiovisual?

“Questões tão complexas não costumam apresentar respostas definitivas, o que pode ser visto como um convite para testarmos diferentes abordagens e, assim, desenharmos estratégias customizadas para cada pessoa ou grupo de pessoas”, comenta Leonardo Rabelo, Gerente de Serviços Educacionais da Santillana Educação.

“Especialmente em um país como o Brasil, pautado por uma enorme diversidade de hábitos e costumes, temos que estar dispostos a colocar em prática ações que se complementem e que tenham relação direta com o universo da criança e do jovem que queremos atrair para o contexto da leitura”, complementa Leonardo.

Pensando nisso, preparamos um grupo de dicas para quem quer aumentar a comunidade de leitores no país!

  • • Assuma o papel do influenciador – Isso mesmo: seja o leitor que você quer ver nas outras pessoas! Em um cenário marcado por relações cada vez mais horizontais, as referências podem ser mais eficientes do que os pedidos. Em outras palavras: demonstrar, genuinamente, o seu prazer e os benefícios que a leitura traz para você deve ser o primeiro passo para despertar a curiosidade nas crianças e nos jovens, que naturalmente estão em busca de inspiração.
  • • Curadoria de histórias que fazem sentido para quem lê – Na hora de indicar uma leitura, fuja do padrão, das listas já conhecidas e surpreenda-se! Ao nos desvencilharmos da ideia de que apenas os clássicos têm valor, por exemplo, ampliamos as possibilidades de encantar as pessoas. Em vez de pensar “o que eu gostaria de ler?”, coloque-se no lugar da outra pessoa e imagine o que vai fazer sentido para ela.
  • • Longo prazo – Criar o hábito da leitura é proporcionar à pessoa um estilo de vida que possa lhe acompanhar em todas as etapas de sua jornada. Por isso, mais do que a preocupação inicial com as “quantidades”, faça questão de proporcionar momentos de qualidade.
  • • Faça uso das tendências – Que tal intercalar o fichamento dos pontos mais importantes com a criação de um Reels ou um vídeo nos moldes do que fazem sucesso no TikTok? Inclusive, há muitos influenciadores digitais especializados em leitura e eles certamente podem ser uma ótima fonte de inspiração para quem vive antenado nas redes sociais.
  • • Abrace as tecnologias – Estimule experiências em que a tecnologia desempenha um papel interessante para quem busca a leitura. Para os pequenos, por exemplo, é possível explorar aplicativos que geram mais interatividade e imersão ao longo da história. Para os jovens, os aparelhos de leitura digital podem ser ótimas companhias para deslocamentos e passeios.
  • • Incentive a escrita – Assumir o protagonismo na contação de histórias é uma ótima pedida! Afinal, além de um grande estímulo à criatividade e várias outras habilidades relacionadas à escrita, ao terem a sensação de que também são autores, as crianças e os jovens se sentem mais próximos dos homens e mulheres que dão vida aos livros que chegam até eles.

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Mudança de Mindset para uma Educação Inovadora

Mudança de Mindset para uma Educação Inovadora

Mudar a maneira e a forma que ensinamos não é uma tarefa fácil. Principalmente pelo processo de formação docente, falta de infraestrutura das unidades escolares, ausência de formação docente em serviço e constantes mudanças nas políticas públicas.  

 Para realizar uma mudança na maneira de conceber a educaçãoé necessário romper com velhos paradigmas e anos de uma abordagem pedagógica pautada na transmissão de conhecimento, dando lugar a mudança de mindset e novas formas de conceber a educação inovadora.  

Neste sentido, a palavra mindset pode ser compreendida como um conjunto de atividades mentais e ganha força ao desenvolver novas competências, habilidades e formas para o professor assumir o protagonismo e emergir novas abordagens pedagógicas como um mediador do conhecimento e parceiro do estudante.  

 

Para saber mais 

 Existealgumas formas de mindset que podem nos fazer ser otimista e ou pessimista, nos âmbitos profissionais e pessoais, descritos através de pesquisas realizadas pela Dra. Carol Dweckph.D em seu livro, Mindset – a nova psicologia do sucesso. 

Na obra, a autora descreve alguns tipos de mindset como os fixos que são pessoas que não acreditam e determinadas capacidades, em que desafios são vistos como oportunidades de julgamento. E de crescimento que são pessoas otimistas, que acreditam em seus talentos e possuem resiliência frente a desafios. 

 

A chave do sucesso de uma educação inovadora, começa com a atitude em nós professores. Neste sentido, para iniciar o processo de mudança de mindset na educação é necessário darmos este passo, acreditando em nosso potencial, praticando a empatia, definindo metas tangíveis e pensando fora da caixa.  A seguir, compartilho algumas dicas e reflexões que poderão ajudar nesta mudança.

 

Tematização docente 

A tematização docente está diretamente relacionada com o perfil do professor enquanto pesquisador da sua prática, autoavaliando em sala de aula. Para isso, ele pode combinar com os estudantes e seus familiares que irá gravar algumas aulas para sua autorreflexão. É importante ter o apoio dos familiares e estudantes e realizar um termo de consentimento para esta ação. 

Ao realizar essa gravação, o professor poderá rever suas ações, tomadas decisões e principalmente compreender se está no caminho certo com a turma. Enquanto docente, fiz muito este processo e alguns casos percebi que estava sendo diretiva em minhas ações de forma involuntária e ou ainda deixado de intervir em algumas situações pedagógicas com receio dos estudantes não darem suas contribuições. Enquanto profissionais, somos todos aprendentes e devemos rever nossas rotas! 

Outra forma são as rubricas de avaliação, que além de avaliar o processo, com a participação dos estudantes podem e devem avaliar o professor e seu trabalho, criando uma nova cultura de aprendizado e de escuta ativa. 

Novas abordagens de ensino 

Romper com velhos paradigmas também significa permitir novas formas de aprendizagens. As metodologias ativas são um bom exemplo disso, porque podem ser trabalhadas em suas diferentes modalidades na busca da personalização e no respeito aos diferentes ritmos de aprendizagem, ao despertar os estudantes a uma nova cultura em que o professor será parceiro na construção da autoria e do protagonismo juvenil. 

Ambiente de aprendizagem 

 O ambiente de aprendizagem tem uma grande importância ao ensino. Para trabalhar com novas abordagens é essencial cuidar do espaço que deve trazer valores e aspectos de segurança, mas também elementos de uma educação integral, favorecendo a colaboração, empatia e trazendo recursos que possam personalizar este ambiente.  

Inclusão de uma educação inovadora 

Possibilitar novas formas de ensino requer possibilitar a inserção da inovação na sala de aula e no processo de ensino em frentes que possibilitam vivências significativas como a cultura maker, cultura digital, gamificação, programação (que permite o trabalho com narrativas digitaisstorytelling, jogos), robótica, entre outros, em que o estudante assume o centro do processo de aprendizagem e o professor exerce o papel central de apoiar novos caminhos. 

Incentive o mindset de crescimento dos estudantes 

 É necessário ressaltar, enaltecer e incentivar as habilidades dos estudantes. São pequenos gestos que podem transformar vidas e deixá-los mais seguros e acreditarem em si e em todo o seu potencial. 

Um grande abraço e até a próxima,

Débora

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Plataformas adaptativas – O que são e como podem (ou não) contribuir para a recuperação da aprendizagem

Plataformas adaptativas – O que são e como podem (ou não) contribuir para a recuperação da aprendizagem

Com o avanço da pandemia é preciso pensarmos em maneiras e formas de manter o ensino remoto ou híbrido.  E como eles podem apoiar a recuperação da aprendizagem.
 Após um ano ministrando aulas no formato remoto, temos pesquisas e literaturas sobre o assunto, como o recente livro lançado pelo Professor Fernando Reimers, da Universidade de Havard “Leading Education Through Covid-19” (que ainda não possui tradução para o português), em que o autor aponta que a inovação e a colaboração são chaves para o sucesso educacional.
 A pesquisa revela que somente uma aula ao vivo não é eficaz para contribuir com a aprendizagem. O que já sabemos, uma vez que nada substitui as aulas e o contato presencial de estudantes e professores.
 A tecnologia deve ser utilizada sempre como propulsora ao processo, com objetivos e propósitos claros. Para não corrermos o risco de voltarmos a antigos modelos de aprendizagem tendo o professor como transmissor de conhecimento e não como o mediador do processo.
 Estes são pontos essenciais na hora de escolher uma tecnologia ou uma plataforma adaptativa que devem ser acompanhadas de novas abordagens de ensino que visam contribuir com o processo e com o desenvolvimento de habilidades elencadas no planejamento do professor.
Para além da Tecnologia
 O uso da tecnologia possui relevância para a educação se vier acompanhada de novas abordagens ativas de ensino, principalmente porque um dos aprendizados deste período é a importância de cultivar as habilidades no desenvolvimento da autonomia e competências digitais para professores e estudantes.
 Neste quesito, as metodologias ativas e o ensino híbrido podem (e devem) contribuir para a eficácia deste processo ao compreender que ela parte de problemas reais, aprendizagem por projetos e que podem ser trabalhadas em diferentes modalidades como a sala de aula invertida que atua em três momentos – antes, durante e depois na busca da personalização de ensino, protagonismo juvenil, além de potencializar os momentos de aula síncrona.
 A pandemia vem aumentando as desigualdades sociais e o grande desafio é encontrar formas de recuperar o aprendizado com eficácia na aprendizagem, garantindo uma participação efetiva dos estudantes diante dos diferentes ciclos de escolarização, que neste momento vem sofrendo com consequências diretas na aprendizagem e indireta devido a crise econômica e social das famílias. É neste cenário que as plataformas adaptativas podem atuar e contribuir com o processo de recuperação da aprendizagem, desde que considere uma série de fatores.
 Para não cair em armadilhas
Como vimos as plataformas adaptativas podem contribuir para a aprendizagem, mas não basta apenas dar acesso aos estudantes, é preciso analisá-la, avaliar o seu conteúdo e verificar se existe sinergia com o currículo e com a proposta pedagógica do professor em curso, cuidando para que seja relevante aos estudantes e não apenas seja utilizada como testes de múltiplas escolhas.
 Para eficácia é necessário a compreensão de que as plataformas adaptativas apoiam a aprendizagem em curso e não o processo inicial de um conteúdo do zero, por isso, é necessário boa gestão, formação profissional e garantir que todos os estudantes consigam ter acesso aos softwares.
 Plataformas adaptativas 
 As plataformas adaptativas são softwares inteligentes através do uso do Big Data, que podem ou não utilizar da gamificação para propor atividades diferenciadas para os estudantes, respeitando diferentes etapas de ensino e fases de conhecimento na busca por autonomia e personalização do processo cognitivo.
 Assim, o professor pode avaliar e fazer uso de plataformas diferenciadas que auxiliem os estudantes em suas dificuldades, pois, a maioria utiliza algoritmos que analisam o desempenho em tempo real e sugerem conteúdos que variam de vídeos, games, exercícios, leituras, entre outros, de forma específica e individualizada aos alunos. Separamos algumas sugestões para que possam conhecer e usar em sala de aula.
Geekie Games é uma plataforma brasileira de ensino adaptativo, que oferece ensino personalizado por meio de jogos para ajudar estudantes a se prepararem para o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). Depois que cada estudante realiza os simulados on-line, os algoritmos identificam suas necessidades e dificuldades e a melhor maneira de ensiná-lo, além de apresentar essas informações para que o professor também possa adaptar suas aulas.
 A plataforma opera na versão gratuita e na versão paga, entretanto na versão gratuita é possível ter acesso a todo o conteúdo de videoaulas e aos simulados. Para isso, basta pesquisar uma palavra-chave no campo de busca ou filtrar pela disciplina.
A DreamBox Learning é uma plataforma adaptativa de matemática para o ensino fundamental (anos iniciais), que utiliza a lógica da gamificação. O site está em inglês é possível a tradução e ou ainda ser usado para o ensino bilíngue.
A ScootPad é uma plataforma adaptativa para estudantes do ensino fundamental (anos iniciais e finais) desenvolverem habilidades de leitura e matemática. Com planos gratuitos, o site oferece informações em tempo real para os professores e aprendizado por meio de jogos, tem parcerias com o Google in Education, o Edmodo e a Schoology Platform. A plataforma está aberta para apoiar o ensino neste momento de pandemia.
Plataforma Adaptativa de Matemática (PAM) é voltada para estudantes do ensino fundamental e médio e oferece um sistema de avaliação integral com relatórios de desenvolvimento para alunos e professores que conta com 100 mil exercícios, além de glossários, arquivos de textos e quizzes, promovendo a personalização tanto individual como para um grupo de estudantes, de acordo com as semelhanças de suas necessidades, conhecimentos e desenvolvimentos de habilidades.
Um abraço e até a próxima!
Débora

 

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Plataformas adaptativas – O que são e como podem (ou não) contribuir para a recuperação da aprendizagem

Com o avanço da pandemia é preciso pensarmos em maneiras e formas de manter o ensino remoto ou híbrido.  E como eles podem apoiar a recuperação da aprendizagem.
 Após um ano ministrando aulas no formato remoto, temos pesquisas e literaturas sobre o assunto, como o recente livro lançado pelo Professor Fernando Reimers, da Universidade de Havard “Leading Education Through Covid-19” (que ainda não possui tradução para o português), em que o autor aponta que a inovação e a colaboração são chaves para o sucesso educacional.
 A pesquisa revela que somente uma aula ao vivo não é eficaz para contribuir com a aprendizagem. O que já sabemos, uma vez que nada substitui as aulas e o contato presencial de estudantes e professores.
 A tecnologia deve ser utilizada sempre como propulsora ao processo, com objetivos e propósitos claros. Para não corrermos o risco de voltarmos a antigos modelos de aprendizagem tendo o professor como transmissor de conhecimento e não como o mediador do processo.
 Estes são pontos essenciais na hora de escolher uma tecnologia ou uma plataforma adaptativa que devem ser acompanhadas de novas abordagens de ensino que visam contribuir com o processo e com o desenvolvimento de habilidades elencadas no planejamento do professor.
Para além da Tecnologia
 O uso da tecnologia possui relevância para a educação se vier acompanhada de novas abordagens ativas de ensino, principalmente porque um dos aprendizados deste período é a importância de cultivar as habilidades no desenvolvimento da autonomia e competências digitais para professores e estudantes.
 Neste quesito, as metodologias ativas e o ensino híbrido podem (e devem) contribuir para a eficácia deste processo ao compreender que ela parte de problemas reais, aprendizagem por projetos e que podem ser trabalhadas em diferentes modalidades como a sala de aula invertida que atua em três momentos – antes, durante e depois na busca da personalização de ensino, protagonismo juvenil, além de potencializar os momentos de aula síncrona.
 A pandemia vem aumentando as desigualdades sociais e o grande desafio é encontrar formas de recuperar o aprendizado com eficácia na aprendizagem, garantindo uma participação efetiva dos estudantes diante dos diferentes ciclos de escolarização, que neste momento vem sofrendo com consequências diretas na aprendizagem e indireta devido a crise econômica e social das famílias. É neste cenário que as plataformas adaptativas podem atuar e contribuir com o processo de recuperação da aprendizagem, desde que considere uma série de fatores.
 Para não cair em armadilhas
Como vimos as plataformas adaptativas podem contribuir para a aprendizagem, mas não basta apenas dar acesso aos estudantes, é preciso analisá-la, avaliar o seu conteúdo e verificar se existe sinergia com o currículo e com a proposta pedagógica do professor em curso, cuidando para que seja relevante aos estudantes e não apenas seja utilizada como testes de múltiplas escolhas.
 Para eficácia é necessário a compreensão de que as plataformas adaptativas apoiam a aprendizagem em curso e não o processo inicial de um conteúdo do zero, por isso, é necessário boa gestão, formação profissional e garantir que todos os estudantes consigam ter acesso aos softwares.
 Plataformas adaptativas 
 As plataformas adaptativas são softwares inteligentes através do uso do Big Data, que podem ou não utilizar da gamificação para propor atividades diferenciadas para os estudantes, respeitando diferentes etapas de ensino e fases de conhecimento na busca por autonomia e personalização do processo cognitivo.
 Assim, o professor pode avaliar e fazer uso de plataformas diferenciadas que auxiliem os estudantes em suas dificuldades, pois, a maioria utiliza algoritmos que analisam o desempenho em tempo real e sugerem conteúdos que variam de vídeos, games, exercícios, leituras, entre outros, de forma específica e individualizada aos alunos. Separamos algumas sugestões para que possam conhecer e usar em sala de aula.
Geekie Games é uma plataforma brasileira de ensino adaptativo, que oferece ensino personalizado por meio de jogos para ajudar estudantes a se prepararem para o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). Depois que cada estudante realiza os simulados on-line, os algoritmos identificam suas necessidades e dificuldades e a melhor maneira de ensiná-lo, além de apresentar essas informações para que o professor também possa adaptar suas aulas.
 A plataforma opera na versão gratuita e na versão paga, entretanto na versão gratuita é possível ter acesso a todo o conteúdo de videoaulas e aos simulados. Para isso, basta pesquisar uma palavra-chave no campo de busca ou filtrar pela disciplina.
A DreamBox Learning é uma plataforma adaptativa de matemática para o ensino fundamental (anos iniciais), que utiliza a lógica da gamificação. O site está em inglês é possível a tradução e ou ainda ser usado para o ensino bilíngue.
A ScootPad é uma plataforma adaptativa para estudantes do ensino fundamental (anos iniciais e finais) desenvolverem habilidades de leitura e matemática. Com planos gratuitos, o site oferece informações em tempo real para os professores e aprendizado por meio de jogos, tem parcerias com o Google in Education, o Edmodo e a Schoology Platform. A plataforma está aberta para apoiar o ensino neste momento de pandemia.
Plataforma Adaptativa de Matemática (PAM) é voltada para estudantes do ensino fundamental e médio e oferece um sistema de avaliação integral com relatórios de desenvolvimento para alunos e professores que conta com 100 mil exercícios, além de glossários, arquivos de textos e quizzes, promovendo a personalização tanto individual como para um grupo de estudantes, de acordo com as semelhanças de suas necessidades, conhecimentos e desenvolvimentos de habilidades.
Um abraço e até a próxima!
Débora

 

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Storytelling: A arte de encantar, influenciar e conquistar

Storytelling: A arte de encantar, influenciar e conquistar

Histórias e metodologias para transformar a sua realidade e engajar toda a comunidade escolar.

Apesar de ser um termo que ganha cada vez mais relevância na era digital, storytelling é uma prática que remonta ao início da história da humanidade e está intimamente ligada à comunicação que permitiu a nossa evolução para que nos tornássemos a espécie dominante do planeta. A sua importância é tão fundamental para a nossa existência que nossos cérebros são configurados biologicamente para prestar atenção em histórias. Por isso, desde sempre, saber contar boas histórias é uma das estratégias mais eficientes para engajar cérebros, e, consequentemente, quem eles comandam: pessoas.
Histórias existem muito antes de poderem ser registradas: uma das primeiras evidências de storytelling são as imagens das cavernas de Lascaux na França, que datam de aproximadamente 17 mil anos atrás, retratando uma variedade de desenhos de animais e algumas poucas criaturas humanoides. Essas figuras são esforços combinados de várias gerações representando os seus rituais: contando histórias, que também sugerem que o ser humano não era o foco central, e que o drama daquele período do Paleolítico acontecia, realmente, entre a megafauna – carnívoros e grandes herbívoros.
A linguagem verbal, por sua vez, pode ser rastreada em um período que vai bem mais longe, até pelo menos 50 mil anos atrás, sendo que a maioria dos linguistas acredita que a sua origem é muito mais antiga do que isso, possivelmente há mais de 500 mil anos. No entanto, para conseguir construir narrativas – portanto, histórias –, foi necessário que a linguagem verbal evoluísse de uma protolíngua para estruturas mais complexas, como a da maioria das línguas que chamamos de antigas, e que não chegam a ter mais de 6 mil anos. A escrita, por sua vez, entra em cena mais recentemente, há aproximadamente 5 mil anos, ampliando o poder de propagação das histórias.
Nesse sentido, ao longo do tempo, as formas com que as histórias eram contadas – tanto linguagens, quanto seus suportes – foram mudando drasticamente, adquirindo características adicionais conforme os avanços tecnológicos passaram a oferecer novas possibilidades para criá-las, registrá-las, reproduzi-las e propagá-las. A imagem da figura 1 mostra algumas das principais formas de contar histórias desde a Antiguidade até a era digital, em que surgem constantemente novos suportes de mídia, que continuamente acrescentam mais recursos para o espaço narrativo. Virtualmente, podemos dizer que não existem limites para expandirmos o universo ficcional – tudo pode ser utilizado e mixado para criar, registrar, contar e propagar histórias.

O processo de evolução da narrativa é decorrente da simbiose natural entre linguagens e suportes, que vão mutuamente se modificando, de forma contínua, elevando o grau de complexidade da comunicação, e, consequentemente, do storytelling. Esse caminho culmina no contexto atual, altamente transmidiático, que se desenvolveu (e continua a se desenvolver) em sintonia com a evolução da própria humanidade, que sofre, também, um aumento gradativo de complexidade.
Exemplos disso são as histórias da Marvel ou DC Comics, nas quais não apenas os personagens, mas todo o universo ficcional das séries e filmes se relacionam entre si, expandindo-se, também, nesse processo, para outros suportes: TV, cinema, jogos, etc. Nesses casos, a história passa a não caber mais em apenas uma mídia, ou uma narrativa, ou um suporte único, transcendendo-se tanto em forma quanto em conteúdo, apropriando-se, para tanto, de todas as possibilidades tecnológicas e de linguagem possíveis. Além da infinidade das potenciais inter-relações transmidiáticas que a fluidez do ambiente digital oferece, os personagens também cresceram consideravelmente na complexidade da sua construção, quando comparados com os das narrativas populares usuais do século passado, que tendiam a uma dualidade ingênua entre bem e mal, herói perfeito ou vilão eterno. Hoje, o caráter dos personagens oscila com muito mais frequência entre os extremos, de uma forma muito mais sutil e dinâmica dentro da narrativa, representando de modo bem mais verossímil a essência complexa do ser humano.

Economia da atenção, era da distração
Essa multiplicidade crescente de plataformas que o ambiente digital proporciona não apenas contribui para o aumento da complexidade das histórias, mas traz consigo duas consequências adicionais diretas na comunicação:
① explosão de conteúdos, criando sobrecarga informacional;
② fragmentação da informação, favorecendo a interrupção e a distração.
Nesse contexto, em que sofremos cada vez mais com a sobrecarga, com a fragmentação e com a dispersão informacionais, experimentamos um aumento considerável não apenas na concorrência pela nossa atenção, mas também, e principalmente, na dificuldade de conseguir extrair sentido e utilidade desse tsunami de conteúdos que nos assola continuamente. Isso tudo nos leva à Era da Distração, em que é muito mais fácil e tentador se distrair a todo momento na superficialidade desse volume gigante de informação, que nos dá a “ilusão de saber” (um dos fatores de propagação de fake news), do que gastar tempo e energia para processar significado, aprofundar conhecimento para, realmente, adquirir o “saber”. Essa é uma das grandes ironias dos nossos tempos: a riqueza informacional é cada vez mais abundante e disponível a todos, mas apenas aqueles que empenham o esforço necessário para conseguir selecionar o que realmente tem valor para suas vidas conseguem manter o foco para alcançar seus objetivos. Os demais tendem a ser levados pelas correntes dos fluxos informacionais de duas formas principais: à deriva, ou dirigidos por aqueles que sabem navegá-los.
Nesse sentido, aqueles que dominam os fluxos informacionais exercem um grande poder social – tanto para educação e evolução, quanto para alienação e manipulação. Isso não é novidade, e acontece desde sempre. A clássica estratégia panem et circenses, que surgiu na Roma Antiga, continua plenamente em uso hoje em dia para distrair e manipular massas. No entanto, se na Antiguidade romana, o poder predominante sobre os fluxos de informação era dos governantes, com o passar dos séculos esse poder foi se tornando acessível também para outros agentes, tanto que a imprensa passou a ser reconhecida como o “Quarto Poder” a partir do século XVIII-XIX, e, mais recentemente, a internet como o “Quinto Poder”. Nessa jornada, fica claro que no contexto atual, altamente distribuído e sobrecarregado de informação, o poder sobre os fluxos informacionais não está mais apenas nas mãos de quem consegue gerá-los e distribuí-los (detendo audiência), mas está principalmente nas mãos daqueles que conseguem engajar a audiência.

Storytelling: Ímã de atenção e engajamento

Assim, a partir do momento em que uma mensagem alcança determinado público, indubitavelmente, o maior desafio da comunicação passa a ser conquistar a atenção desse público e conseguir engajá-lo para que se interesse pelo nosso assunto – seja ele qual for: educação, vendas ou qualquer bate-papo mundano. Caso contrário, teremos sido apenas parte da distração e não da comunicação. Como diz o ditado popular, “você pode levar um cavalo até a água, mas não pode obrigá-lo a beber”; em outras palavras, não adianta apenas conseguir entregar uma mensagem para um público; para fazê-lo beber da nossa água, precisamos atrair a sua atenção e conseguir engajá-lo. Histórias são excelentes para isso, pois elas exercem um poder inigualável no nosso cérebro. Estudos comprovam que histórias:
► nos conectam de forma universal;
► representam a nossa maneira natural de compreender o mundo;
► tornam mais fácil lembrar e entender acontecimentos;
► podem produzir oxitocina, hormônio relacionado a confiança e empatia;
Jerome Bruner, um dos principais arquitetos da revolução cognitiva, advoga em seu livro Actual Minds, Possible Worlds que a mente possui um “modo narrativa” que não retém dados e bullet points, e que as pessoas têm 22 vezes mais probabilidade de se lembrarem de uma história do que de uma série de fatos e números.
Assim, boas histórias são extremamente atrativas para o cérebro humano, funcionando como um antídoto contra a falta de atenção. Ao mesmo tempo, histórias são ótimos instrumentos para entrega de sentido, atuando como um fio condutor que organiza fragmentos de informações e emoções, facilitando a compreensão. Por isso, histórias ajudam a explicar conceitos altamente complexos, como é o exemplo do filme Divertidamente, da Disney-Pixar, que, por meio de uma narrativa, mostra a importância científica de cada emoção no corpo humano, até mesmo a tristeza. É justamente por isso que as histórias engajam, fazendo com que estratégias de storytelling tornem-se atualmente mais relevantes do que nunca, pois aquilo que elas obtêm – atenção e engajamento – tem se tornado cada vez mais difícil de se conquistar.

Histórias, decisões e vida 

Histórias são a forma primordial da comunicação humana e de representação da vida, que é formada por uma série de histórias que contamos para nós mesmos e para os outros. As histórias nos definem. Humanos vivem em um mundo de faz de conta: o que nos move não são os acontecimentos ou fatos, mas a nossa interpretação sobre eles. Toda decisão é fundamentada em uma história imaginada, que antevê o seu resultado. Quando mudamos a história, vislumbramos um futuro distinto que, eventualmente, afeta a decisão no presente. Por exemplo, considerando-se determinado fato, um otimista é alguém que imagina uma história futura com desfecho positivo a partir dele, enquanto um pessimista enxerga um desdobramento negativo. O fato pode ser o mesmo, mas os significados atribuídos a ele são distintos, em função da história que imaginamos. Por isso, pessoas com visões (histórias imaginadas) diferentes de mundo tomam decisões distintas – elas enxergam uma outra narrativa para os mesmos fatos.

Story + telling 

Assim, toda história é composta de duas partes simbióticas: fatos (que são o story) e narrativa (que é o telling). A combinação estratégica de ambas é o que faz um storytelling ser bom ou não. Os mesmos fatos podem ter narrativas diversas, gerando histórias diferentes. Se comparássemos o storytelling a uma fogueira, poderíamos dizer que o story é o fogo, e o telling é a fogueira que revela o fogo: ela pode ser menor, maior, com gravetos úmidos que geram fumaça, ou secos que estalam. É a junção das duas partes que torna a fogueira encantadora, atraente, sedutora ou não.
Nesse sentido, a diferença entre uma boa história – que engaja, atrai a atenção e influencia – e uma ruim é justamente como são articulados os seus elementos: a escolha dos fatos e a forma como eles são narrados. O story e o telling devem ser pensados e adequados para engajar determinado público específico – por exemplo, podemos contar a história de A Bela Adormecida pela ótica da sociedade dos anos 1960, em que a princesa precisa ser salva por um príncipe encantado, ou podemos narrar pelos olhos da bruxa, resultando no filme Malévola, um sucesso recente de bilheteria, que articula uma narrativa mais atrativa para os dias de hoje, sob o ponto de vista de inclusão, diversidade e empoderamento feminino. Perceba que a estrutura de fatos da história é a mesma, mas sendo contada (telling) de forma diferente.

O story: Escolhendo os ingredientes da história

Para criarmos uma história que encante, influencie e conquiste, é essencial, portanto, conhecer o que é relevante para o público que queremos engajar. Somente assim conseguiremos selecionar os fatos que atrairão a atenção seletiva desse público e poderemos desenvolver uma narrativa que o conduza a um processo de transformação (conversão) que faça sentido dentro da sua visão de mundo, o seu universo.
Não é à toa que as melhores histórias são aquelas que conseguem articular dores e prazeres humanos da forma mais simples possível – porque é assim que o nosso cérebro funciona: maximizando prazer, minimizando dores e otimizando a nossa energia nesse processo, para que consigamos sobreviver como indivíduos e como espécie. Assim, o primeiro passo para se criar um storytelling de sucesso é conhecer as dores e prazeres do seu público. Uma ótima maneira de fazer isso é por meio da ferramenta de Mapa de Empatia (bastante usada em Design). Com ela, conseguimos entender quais são as dores do nosso público, o que causa interesse, o que lhe tira o sono, quais as aspirações que o movem, apontando os seus motivadores para prestar a atenção e agir. Essas são as peças para construir histórias que engajem esse público.

O telling: Fazendo a história aparecer

A partir do momento em que conhecemos o nosso público e aquilo que o move, obtemos os ingredientes para criar uma história, mas isso apenas não basta. Fazer uma boa história é como fazer um bolo: precisamos de uma metodologia que determine como combinar corretamente os ingredientes da forma adequada. Essas metodologias estruturam a forma de contar a história.
Uma das mais eficientes, e consequentemente mais utilizada, estruturas de criação de histórias é a “Estrutura dos Três Atos” – ela funciona, sempre funcionou e provavelmente sempre funcionará porque imita a forma como o cérebro humano atua para resolver problemas. Ela divide a história em três partes (atos), normalmente chamados de início (apresentação), meio (confronto) e fim (resolução). Perceba que um elemento fundamental em uma história é o confronto: sem algum tipo de desequilíbrio que precise ser solucionado, o nosso cérebro não se interessa.
Há 2,5 mil anos, Aristóteles descreveu essa fórmula na forma de pena, medo, catarse: você precisa fazer o público ter pena de uma personagem (normalmente isso é feito fazendo a personagem passar por reveses não merecidos) para criar uma conexão emocional entre o público e essa personagem. Uma vez que essa conexão emocional seja estabelecida, a história passa a ter algum controle sobre a audiência. Conforme você colocar a personagem em situações cada vez piores, o público sente medo, devido à conexão emocional estabelecida, e cria identificação. Quando você livra a personagem daquela ameaça, ou daquela situação ruim, seja ela qual for, a audiência experimenta a catarse. Esses três atos são conhecidos também como sofrimento, luta e superação. 

Ato final 

Assim, criar histórias é uma arte que envolve conhecer muito bem o seu público para conseguir obter os ingredientes certos, que permitam o desenvolvimento da narrativa que terá o poder inigualável de atrair e engajar esse público. Para tanto, a estrutura dos três atos é uma arma infalível.
Para conhecer mais sobre storytelling e como aplicar nas mais diversas áreas, recomendo que faça um curso específico para isso, como o que ofereço [on-line, em martha.com.br/st], ou leia alguns dos inúmeros livros que ensinam as mais diversas técnicas para dominar essa arte.
Esse é o primeiro passo para abraçar o storytelling como estratégia de comunicação, que, quando usada corretamente, pode ensinar, iluminar e entreter. Cada história tem um propósito, mesmo que seja transmitir uma simples mensagem. Sem histórias, a humanidade nunca aprenderia com os seus erros, nunca sonharia para realizar grandes feitos ou inovar, e nunca conseguiria ver além do agora – não poderíamos conhecer o passado e nem imaginar o futuro.
Martha Gabriel é escritora, consultora e palestrante nas áreas de marketing digital, inovação e educação. Autora de sete livros, um deles o best-seller Marketing na Era Digital. Palestrante de 5 TEDx, keynote speaker internacional com mais de 75 palestras no exterior e premiada três vezes como melhor palestrante em congressos nos Estados Unidos.
PARA SABER MAIS

  • BADDLEY, A. D. Essentials of human memory. New York: Psychology Press, 1999.
  • BBC Brasil. Quando e por que os humanos começaram a falar? Disponível em: mod.lk/wLEAj. Acesso em: 7 jul. 2020.
  • BECK, J. C.; DAVENPORT, T. H. A economia da atenção. São Paulo: Elsevier, 2001.
  • BOYD, B. On the origin of stories: Evolution, cognition, and fiction. Cambridge, MA: Belknap Press. & Pace-Schott, E. F. (2013). Dreaming as a storytelling instinct. Frontiers in Psychology, 4, 159, 2009.
  • BRUNER, J. Actual Minds, Possible Worlds. Cambridge: Harvard University Press, 1987.
  • CHRISTIAN, D. TED TALKS: A Grande História. Disponível em: mod.lk/vhvyq. Acesso em: 7 jul. 2020.
  • POPOVA, M. The evolution of storytelling. Disponível em: mod.lk/8ecgf. Acesso em: 7 jul. 2020.
  • PRIVACIDADE hackeada. Direção de Jehane Noujaim e Karim Amer. Estados Unidos: Netflix, 2019.
  • UNIVERSITY of Southern California. Something universal occurs in the brain when it processes stories, regardless of language. Disponível em: mod.lk/szrfz. Acesso em: 7 jul. 2020.
  • ZAK, P. J. Future of StoryTelling. Disponível em: mod.lk/mzbxr. Acesso em: 7 jul. 2020.
  • ZAK, P. J. Why Your Brain Loves Good Storytelling. Disponível em: mod.lk/1mXmQ. Acesso em: 7 jul. 2020. 

 

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