Desenvolvendo a inteligência emocional em crianças e jovens: dicas e estratégias

Desenvolvendo a inteligência emocional em crianças e jovens: dicas e estratégias

Mãe mostrando para o filho papel com sentimentos para ensinar sobre desenvolvimento da inteligência emocional em casa.

É comum ouvir pais, mães e responsáveis falarem que fariam de tudo por seus filhos, mas, se tivessem que escolher, o maior desejo seria o de garantir que fossem felizes e repletos de saúde. Mesmo se você não tiver filhos, é algo que podemos imaginar, não é mesmo? Afinal, quem nunca recebeu um conselho parecido com: “tendo saúde e felicidade, o resto se conquista”?

O conceito de felicidade pode ser bastante abstrato e ter significados diferentes, de acordo com as ambições familiares, do tempo e espaço que vivem, de tradições culturais, etc. Assim, como este assunto pode ser abordado por pontos de vista totalmente distintos, deixaremos esta conversa para um outro momento. Iremos, portanto, falar de outro aspecto, mais pragmático: a saúde dos filhos.

Ainda que tenhamos esse recorte, saúde ainda é um tema muito amplo. Reflita: quando se depara com o termo “saúde”, o que aparece na sua mente? Talvez, uma imagem com alimentos naturais, como frutas e verduras? Quem sabe você veja alguma pessoa sorridente, praticando exercícios físicos? Arquétipos desse tipo estão normalmente associados a um estilo de vida saudável, mas será que ter saúde se restringe somente a elementos tão específicos?

A cada dia, a saúde é pensada de forma mais integral e sistêmica, e sabe-se que, além de ter um corpo saudável, para sermos realmente saudáveis, devemos levar em conta um fator fundamental: a saúde mental.

A saúde mental está relacionada ao bem-estar psicológico e emocional de uma pessoa, isto é, engloba diversos aspectos, desde como ela pensa, sente e age, além de sua capacidade de lidar com estresse, enfrentar desafios, manter relacionamentos positivos e tomar decisões importantes. Portanto, ter uma boa saúde mental não significa estar livre de emoções negativas, mas ter a capacidade de lidar com a complexidade das emoções de maneira saudável e equilibrada.

Na educação do século XXI, a saúde mental é tratada como um dos temas centrais a serem trabalhados pela escola, sendo abordado pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que propõe o desenvolvimento da inteligência emocional por meio das competências socioemocionais, isto é, através das habilidades do indivíduo para reconhecer suas próprias emoções e as emoções de outras pessoas ao seu redor, incluindo a capacidade de gerenciar os sentimentos a fim de fazer escolhas conscientes, com equilíbrio emocional, construindo relações interpessoais saudáveis.

Desta forma, os pais sabem que é dever da Escola tratar a inteligência emocional por meio de diversas abordagens, assim como é direito das crianças e dos jovens se desenvolverem. Mas será que este é um trabalho apenas para a Escola?

Muito pode ser feito dentro de casa, e os pais podem e devem contribuir para a saúde mental dos filhos, principalmente quando falamos em inteligência emocional. Então, vamos explorar algumas dicas do que pode ser feito nesse sentido?

Comunicação aberta e acolhedora

 

É muito importante criar um ambiente seguro e acolhedor, incentivando que crianças e jovens falem sobre suas emoções sem medo de julgamentos. Devemos sempre nos lembrar – e praticar – que a emoção de outra pessoa é sempre válida e importante. Quando queremos que os outros expressem sentimentos, pensamentos e preocupações, precisamos mostrar que existe espaço para isso, e que estamos ali para apoiá-los.

Nesse sentido, é fundamental praticar a chamada “escuta ativa”, isto é, prestar atenção, fazer perguntas para compreender o que está sendo dito, mostrando interesse genuíno em relação às experiências e dúvidas que estão sendo trazidas.

É válido lembrar que as crianças e jovens enxergam os pais como modelos a serem seguidos, então, para que haja comunicação aberta com os filhos, deve haver uma troca de mão dupla. Dessa forma, os adultos também devem falar sobre os próprios sentimentos, explicando aquilo que sentem e, assim, mostrar que também lidam com diversas emoções, que há dias melhores e piores, que enfrentam dificuldades e que essa mistura de estados do espírito faz parte da vida.

Identificando emoções

 

Muitas vezes, mesmo para um adulto, identificar uma emoção não é algo fácil. É frequente vivenciarmos alguma situação de estresse, por exemplo, e confundirmos o que sentimos, não é mesmo? Imagine, então, o desafio que é saber o que se sente quando se é uma criança ou um jovem em formação, um ser que sequer possui o domínio de um vocabulário amplo. Em outras palavras, é importante lembrar que estes indivíduos em formação, apesar de possuírem uma bagagem enorme de sentimentos dentro de si, muitas vezes ainda não sabem nomeá-los.

Para ajudá-los com este desafio, uma dica é incentivar que os filhos compartilhem aquilo que sentem propondo alguma brincadeira, apresentando alguma atividade lúdica que contemple esta identificação de sentimentos. Por exemplo, pedir para que façam um desenho, cantem uma música, ou até mesmo façam uma mímica sobre aquilo que estão sentindo.

Outra forma de contribuir com esta identificação dos sentimentos é fazer perguntas para ajudar na explicação sobre o sentimento, para que, assim, o adulto possa mediar este momento, oferecendo algumas pedras para que eles trilhem seus próprios caminhos, “Como você se sente sobre isso?” ou “O que você está experimentando agora?” são exemplos simples, que podem ser muito eficientes. Desta forma, espera-se que seja possível dar ajuda e suporte no desenvolvimento da consciência emocional das crianças e dos jovens.

Estratégias de autorregulação

 

Muitas vezes, uma situação que gera desconforto e sentimentos negativos, pode desencadear uma reação não desejada, ou, até mesmo, impensada. Por exemplo, é frequente em uma sala de aula de uma turma da educação infantil, um aluno não querer compartilhar os brinquedos. Assim, a reação do colega que quer brincar conjuntamente pode ser bastante impulsiva, como por exemplo, ficar com raiva e dar um grito, ou chorar compulsivamente, se o outro aluno disser que quer brincar sozinho.

É importante, portanto, dar suporte para que as crianças e os jovens encontrem maneiras saudáveis de lidar com as emoções. Primeiramente é necessário identificá-las e saber como controlá-las. Uma sugestão é ensinar que contar até dez é bastante poderoso para acalmar-se, respirar profundamente em momentos de estresse também pode ajudar muito, ou ainda, encontrar um local tranquilo para alinhar as emoções pode ser uma forma muito proveitosa.

 

Incentivo da empatia e da autonomia

É essencial encorajar que as crianças e jovens consigam olhar outros pontos de vista, se colocando no lugar dos outros. Para isso, os pais podem trabalhar na direção para que seus filhos saibam respeitar outras perspectivas e, portanto, viverem em harmonia e apreciando a diversidade. Assim, será possível que trabalhem as habilidades necessárias para compreenderem as emoções de outras pessoas, desenvolvendo a empatia.

Uma estratégia para trabalhar a empatia é discutir como os outros podem se sentir em determinadas situações. Outra maneira, é incentivar a cooperação e a colaboração em tarefas da rotina da casa: no preparo de refeições ou na organização dos cômodos, promovendo, assim, momentos de ajuda mútua e respeito pelo outro.

Este tipo de prática também contribui para encorajar os filhos a identificarem problemas, analisarem e avaliarem situações para encontrarem soluções para eles. Assim, promovendo uma tomada de decisão responsável, ajuda-os a desenvolverem a resiliência emocional e a autonomia.

Limites e regras claras

Embora seja importante propiciar que as crianças e os jovens atuem de maneira autônoma, um ambiente seguro e estruturado é essencial para o desenvolvimento emocional. Assim, limites e regras consistentes devem ser estabelecidos, para que as crianças e jovens se sintam seguros e saibam o que esperar.

É importante lembrar que quando essas regras são definidas de forma conjunta com a criança ou com o jovem, há maior envolvimento e engajamento, contribuindo para que eles se sintam agentes das próprias vidas, com muita responsabilidade, tendo papel essencial no bom funcionamento do dia a dia.

Esforço reconhecido

Por fim, é sempre bom lembrar que o reconhecimento das atitudes baseadas na inteligência emocional que as crianças e jovens realizam deve ser praticado continuamente. Assim, a sugestão é elogiar os esforços emocionais deles, não apenas suas conquistas práticas, para ajudá-los a entenderem que sempre existirão desafios emocionais a serem enfrentados, e que o processo de lidar com as emoções é importante e relevante para a vida toda!

Como tem sido com sua família, as questões de saúde mental e inteligência emocional estão sendo trabalhadas? Esperamos que algumas dicas possam ser colocadas em prática o quanto antes e, assim, contribuir para que as crianças e os jovens caminhem em direção à saúde e à felicidade!

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Educação socioemocional: desenvolvendo competências essenciais para o sucesso

Educação socioemocional: desenvolvendo competências essenciais para o sucesso

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Nos últimos anos, a educação tem evoluído para abranger mais do que apenas o conhecimento acadêmico. 

A educação socioemocional está ganhando destaque como uma abordagem fundamental para preparar os alunos não apenas para o sucesso acadêmico, mas também para a vida. 

Neste artigo, exploraremos seus fundamentos, suas competências centrais e como ela pode ser efetivamente implementada em sala de aula. Acompanhe!

O que é educação socioemocional?

É uma forma de ensino que visa desenvolver as habilidades sociais e emocionais dos alunos, ou seja, aquelas que dizem respeito à forma como eles se relacionam consigo mesmos, com os outros e com o mundo. 

Essas habilidades incluem autoconhecimento, autocontrole, empatia, comunicação, colaboração, criatividade, pensamento crítico, resolução de problemas, entre outras.

Essa metodologia não se trata de uma disciplina isolada, mas de uma abordagem transversal que pode ser integrada a todas as áreas do conhecimento

Ela também não se limita ao ambiente escolar, mas se estende à família e à comunidade, envolvendo todos os atores educacionais.

Leia também: Habilidades socioemocionais: o que são e por que são importantes? Descubra!

Competências socioemocionais: explorando habilidades essenciais

As competências socioemocionais são um conjunto de habilidades que permitem aos indivíduos reconhecer e gerenciar suas emoções, estabelecer e manter relações positivas, tomar decisões responsáveis e enfrentar situações adversas de forma construtiva. 

Elas são fundamentais para o desenvolvimento pessoal e profissional dos alunos, pois contribuem para o seu bem-estar, autoestima, motivação, aprendizagem, desempenho acadêmico e inserção no mercado de trabalho.

Existem diferentes modelos e classificações das competências socioemocionais, mas um dos mais conhecidos e utilizados é o proposto pela Collaborative for Academic, Social and Emotional Learning (CASEL), uma organização norte-americana que é referência no assunto. 

Segundo esse modelo, as competências socioemocionais se dividem em 5 domínios

  1. Autoconsciência: é a capacidade de identificar e compreender os próprios sentimentos, valores, interesses e forças. 

Envolve também reconhecer as próprias limitações e pontos a melhorar. A autoconsciência favorece a confiança, o respeito e a valorização pessoal;

  1. Autogestão: é a capacidade de regular as próprias emoções, impulsos e comportamentos. 

Envolve também definir e perseguir metas pessoais e acadêmicas. A autogestão favorece a disciplina, a persistência e a resiliência;

  1. Consciência social: é a capacidade de reconhecer e compreender os sentimentos, valores e perspectivas dos outros. 

Envolve também apreciar a diversidade e respeitar as diferenças. A consciência social favorece a empatia, a tolerância e a solidariedade;

  1. Habilidades de relacionamento: é a capacidade de estabelecer e manter relações positivas com os outros. 

Envolve também comunicar-se efetivamente, cooperar em equipe e resolver conflitos de forma pacífica. As habilidades de relacionamento favorecem a amizade, o pertencimento e a liderança;

  1. Tomada de decisão responsável: é a capacidade de fazer escolhas éticas e construtivas para si mesmo e para os outros. 

Envolve também avaliar as consequências das próprias ações e assumir responsabilidades pelos resultados. A tomada de decisão responsável favorece a autonomia, a integridade e a cidadania.

Objetivo e importância da educação socioemocional

Seu objetivo é promover o desenvolvimento integral dos alunos, ou seja, considerar não apenas os aspectos cognitivos (como conhecimentos e habilidades acadêmicas), mas também os aspectos afetivos (como sentimentos e emoções), sociais (como relações interpessoais e valores) e éticos (como princípios e atitudes) da aprendizagem.

Sua importância está relacionada aos benefícios que ela traz para os alunos, para os educadores, para as escolas e para a sociedade. A educação socioemocional contribui para:

  • Melhorar o clima escolar, reduzindo a violência, o bullying, a indisciplina e a evasão;
  • Aumentar o engajamento, a motivação, a participação e a satisfação dos alunos e dos educadores com o processo de ensino-aprendizagem;
  • Aprimorar o desempenho acadêmico dos alunos, melhorando suas notas, sua frequência, sua retenção e sua conclusão dos estudos;
  • Desenvolver habilidades essenciais para o século XXI, preparando os alunos para os desafios da vida pessoal e profissional em um mundo complexo, dinâmico e diverso;
  • Promover a saúde mental e emocional dos alunos e dos educadores, prevenindo e combatendo o estresse, a ansiedade e outros problemas;
  • Fortalecer a cidadania e a democracia, formando cidadãos conscientes, críticos, responsáveis e solidários.

Início precoce: introduzindo educação socioemocional na educação escolar

Ela pode ser aplicada em qualquer etapa da educação escolar, desde a Educação Infantil até o Ensino Médio. 

No entanto, é especialmente importante que ela seja introduzida logo nos primeiros anos de escolarização, pois é nessa fase que as crianças estão formando sua personalidade, seu caráter e sua identidade.

Além disso, é nessa fase que as crianças estão desenvolvendo suas capacidades cognitivas, linguísticas, motoras e sensoriais, que são fundamentais para a aprendizagem. 

A metodologia pode potencializar esse desenvolvimento, estimulando as funções executivas do cérebro (como memória, atenção, planejamento e flexibilidade), que são responsáveis pelo controle das emoções e dos comportamentos.

Ela também pode favorecer o desenvolvimento de uma inteligência emocional saudável nas crianças, que é a capacidade de reconhecer, expressar e regular as próprias emoções e as dos outros. 

A inteligência emocional é essencial para o bem-estar psicológico das crianças, pois ajuda a prevenir problemas como baixa autoestima, insegurança, medo, agressividade e isolamento social.

Pilares Fundamentais: aspectos chave da educação socioemocional

Para que essa metodologia seja efetiva e consistente na escola, é preciso considerar alguns aspectos chave que são os pilares fundamentais dessa abordagem.

Eles devem ser considerados e articulados para que essa abordagem possa trazer benefícios para os alunos, para os educadores, para as escolas e para a sociedade. São eles:

  • Currículo: é o conjunto de objetivos, conteúdos, metodologias e avaliações que orientam o processo de ensino-aprendizagem. 

O currículo deve incorporar as competências socioemocionais de forma explícita e integrada às diferentes áreas do conhecimento;

  • Formação: é o processo de capacitação dos educadores para que eles possam desenvolver as competências socioemocionais em si mesmos e nos alunos. 

A formação deve ser contínua, reflexiva e colaborativa. Deve envolver tanto aspectos teóricos quanto práticos da educação socioemocional;

  • Prática: é a aplicação das competências socioemocionais em sala de aula. 

A prática deve ser intencional, planejada e sistemática. Deve envolver atividades variadas, lúdicas e significativas para os alunos;

  • Clima: é o ambiente emocional da escola. O clima deve ser positivo, acolhedor e seguro para todos. 

Deve promover valores como respeito, cooperação, confiança e responsabilidade. Deve estimular a participação de todos os atores educacionais.

Práticas em sala de aula: estratégias para implementar a educação socioemocional

A educação socioemocional não se resume a um conjunto de conceitos e teorias, mas a uma forma de vivenciar e aprender as competências sociais e emocionais no dia a dia da escola. 

Por isso, é fundamental que os educadores saibam como implementar essa abordagem em sala de aula, de forma prática e eficaz. 

Existem diversas estratégias para implementá-la em sala de aula, mas algumas delas são:

  • Criar um ambiente acolhedor e seguro, onde os alunos se sintam à vontade para expressar suas emoções, opiniões e dúvidas. 

Estabelecer regras claras e justas, que promovam o respeito, a cooperação e a responsabilidade. Reconhecer e valorizar as potencialidades, os esforços e os progressos dos alunos;

  • Utilizar metodologias ativas, que estimulem os alunos a serem protagonistas do seu processo de aprendizagem. 

Promover atividades que envolvam pesquisa, experimentação, resolução de problemas, projetos, jogos, debates, entre outras. Incentivar a criatividade, o pensamento crítico e a autonomia dos alunos;

  • Integrar as competências socioemocionais aos conteúdos curriculares, de forma explícita e intencional. 

Explorar temas que se relacionem com as vivências, os interesses e as necessidades dos alunos. Utilizar recursos pedagógicos diversificados, que contemplem diferentes formas de aprender e expressar;

  • Promover momentos de reflexão, feedback e autoavaliação, que permitam aos alunos reconhecer e gerenciar suas emoções, fortalecer suas habilidades e identificar seus pontos a melhorar. 

Orientar os alunos a definir e perseguir metas pessoais e acadêmicas. Acompanhar e apoiar o desenvolvimento dos alunos;

  • Estimular o trabalho em equipe, que favoreça o desenvolvimento das habilidades de comunicação, colaboração e liderança. 

Proporcionar situações que exijam a escuta ativa, a empatia, o respeito às diferenças e a resolução pacífica de conflitos. Reconhecer e valorizar as contribuições individuais e coletivas;

  • Fomentar a participação cidadã, que incentive os alunos a se envolverem com questões sociais relevantes. 

Despertar nos alunos uma consciência crítica, ética e solidária. Incentivar os alunos a tomar decisões responsáveis e construtivas para si mesmos e para os outros.

Essas estratégias podem ser adaptadas à realidade de cada escola, de cada turma e de cada aluno. 

O importante é que os educadores tenham clareza dos objetivos, dos conteúdos e das avaliações, bem como da sua importância para o desenvolvimento integral dos alunos.

Leia também: Escolas inovadoras: o que a sua instituição precisa para chegar lá?

Conclusão

A educação socioemocional está moldando a forma como vemos o processo educacional. Ela reconhece que o sucesso não é apenas medido por conquistas acadêmicas, mas também pela capacidade de gerenciar emoções, formar relacionamentos saudáveis e tomar decisões responsáveis. 

Ao introduzir e cultivar as competências socioemocionais desde os primeiros anos de educação, estamos capacitando as futuras gerações com as ferramentas necessárias para uma vida equilibrada e significativa.

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Brincar e as competências para a vida

As brincadeiras da infância influenciam tomadas de decisão ao longo da adolescência e da vida adulta

Há uma ligação e uma continuidade diretas entre brincar, produzir e viver de um jeito criativo. As experiências lúdicas da infância influenciam muitas decisões tomadas ao longo da adolescência e da vida adulta.

Brincar é uma jornada que vai se transformando ao longo de nossa existência e que nos ajuda a encontrar propósito no trabalho e sentido para a vida.

Brincar durante a infância é um direito das crianças e também um dos elementos mais importantes para o desenvolvimento saudável dos seres humanos.

A importância do brincar não se limita aos primeiros anos de vida. Existe uma ligação e uma continuidade entre brincar, produzir e viver de um jeito criativo. As experiências lúdicas da infância influenciam muitas decisões tomadas ao longo da adolescência e da vida adulta. Por isso, brincar é uma jornada que vai se transformando ao longo de nossa existência e nos ajuda a encontrar propósito no trabalho e sentido para a vida.

O termo “brincar” vem do latim vinculum, que significa união e vínculo – elementos muito importantes na vida de uma pessoa. Para o psicólogo americano Stuart Brown, “brincar é o motor de sobrevivência necessário para a adaptação, a flexibilidade e o aprendizado social. Brincar nos ajuda a pertencer a uma comunidade, a desenvolver a habilidade de controlar os impulsos e de regular as nossas emoções”. 

Como estimular e acompanhar o brincar entre as crianças?

O tipo de brincar que mais favorece a infância é o brincar livre, ou seja, aquele brincar sem intervenção direta do adulto, apenas com a supervisão caso haja necessidade de ajudar alguma criança em um dado momento. Durante o brincar livre as crianças são proativas, pois escolhem a brincadeira, decidem as regras, negociam com os amigos, lidam com os sentimentos, estabelecem limites e superam frustrações por conta própria ou com o apoio dos colegas. 

O brincar desempenha funções sociais, emocionais e biológicas essenciais para o desenvolvimento de um ser humano. São elas:

  • Adaptar-se a novas situações do cotidiano.
  • Descobrir novas soluções para problemas.
  • Desarmar o medo e lidar com diversos sentimentos.
  • Criar conexão emocional.
  • Estimular criatividade.
  • Desenvolver várias habilidades para a vida.
  • Exercitar diferentes papéis.
  • Desenvolver o corpo.
  • Estimular funções cognitivas.
  • Criar um efeito terapêutico em momentos difíceis.
  • Favorecer o encantamento.
  • Exercitar o risco.
  • Integrar os aspectos social, cognitivo e emocional do desenvolvimento humano.

Brincar é, portanto, um laboratório de experimentações que capacita as crianças para a vida de hoje e se torna um importante ensaio para as vivências e desafios futuros.

Brincar e as competências para o século 21

Atualmente, muito se fala sobre a importância das competências para o século 21 e sobre maneiras de ajudar as novas gerações a desenvolvê-las. Mas, o que são e quais são essas competências?

As competências para o século 21 são um conjunto de habilidades sociais e emocionais que uma pessoa possui e usa para lidar com as diversas situações do cotidiano. São habilidades possíveis de aprender e praticar.

Diferentes nomenclaturas são usadas para definir as competências para a vida. Algumas delas são: habilidades socioemocionais, soft skills, competências para o século 21, hábitos da mente, habilidades não-cognitivas, aprendizado social e emocional (SEL), Big Five e inteligência emocional.

Embora não exista uma lista completa de habilidades que seja comum aos diversos termos utilizados, podemos enumerar algumas que são comuns a todos eles: auto-gestão das emoções, comunicação, empatia, resiliência, criatividade, tomada de decisão, resolução de problemas, determinação, planejamento, colaboração e criatividade são exemplos de habilidades cada vez mais necessárias para viver na era digital.

Profissionais de diversas áreas procuram entender como ajudar as pessoas a desenvolver essas competências. Em especial, profissionais da área da Educação têm se perguntado como criar maneiras intencionais de ensinar as habilidades socioemocionais dentro do ambiente escolar.

Brincar é uma dessas maneiras. A brincadeira é um poderoso instrumento através do qual crianças e adolescentes exercitam a todo momento várias habilidades sociais e emocionais. Enquanto brincam, as crianças exercitam todas as competências mencionadas antes. Mais tempo de recreio, mais brincar livre, mais prática de esportes e mais ensino divertido são maneiras eficazes de preparar as novas gerações para o cotidiano e para os desafios futuros que podem e devem ser aplicadas com urgência.

Outra relação importante entre o brincar e as competências para a vida é a atmosfera positiva que um ambiente lúdico promove. No livro Como ensinar as crianças a aprenderem, o jornalista especializado em educação Paul Tough cita estudos recentes que mostram a importância de uma atmosfera afetiva para o desenvolvimento das competências socioemocionais dentro das escolas. Portanto, brincar tem um impacto positivo duradouro tanto no desenvolvimento pessoal de cada criança e adolescente, como no ambiente escolar e nas relações entre alunos, professores e gestores. 

“Brincar será para o século 21 o que o ‘trabalho’ foi para a era industrial: nossa maneira dominante de saber, fazer e criar valor.”

(Pat Kane, autor de The Play Ethic)

Inteligência emocional digital

Tecnologias muito avançadas promoverão novas formas de produzir, consumir e se relacionar com as pessoas e as coisas.

A combinação entre as tecnologias avançadas e a mente humana pode nos ajudar a tomar decisões mais acertadas e a fazer escolhas mais adequadas. Para isso, precisamos ser emocionalmente inteligentes com relação às tecnologias e ao ambiente virtual.

Entender as próprias emoções, trabalhar em grupo, resolver problemas, ser criativo e tomar decisões são exemplos de competências urgentes hoje.

A 4ª Revolução Industrial – a revolução tecnológica – nos impõe reflexões e atitudes que permeiam todo o cenário digital, pois já começamos a observar transformações profundas em vários níveis da sociedade.

Tecnologias muito avançadas promoverão novas formas de produzir, consumir e se relacionar com as pessoas e as coisas. Com isso, a sociedade passará a ser mediada pela mobilidade, pela alta conectividade e por tecnologias digitais muito complexas que dissolverão as diferenças entres seres humanos e máquinas. Robôs companheiros, brinquedos inteligentes e tecnologias assistivas já são uma realidade e tendem a invadir o mercado nos próximos anos com a promessa de nos entenderem e ajudarem em inúmeros aspectos do nosso cotidiano.

Como devo me comportar nas redes sociais? De que forma posso ajudar meu filho a navegar na internet de forma segura e responsável? Quais ferramentas tecnológicas darão suporte ao meu trabalho? Como posso usar a tecnologia para meu bem-estar? De que forma as tecnologias avançadas afetarão a humanidade?

Esses questionamentos fazem cada vez mais parte do nosso modelo mental e são absolutamente necessários para a evolução das sociedades.

Com o avanço das pesquisas e do desenvolvimento de máquinas inteligentes, a combinação entre as tecnologias avançadas e a mente humana pode resultar em um cérebro capaz de pensar melhor, tomar decisões mais acertadas e fazer escolhas mais adequadas.

Devemos nos perguntar, no entanto, se essa fusão mente-máquina nos distanciará de nossa essência humana e de nossa capacidade de amar, cuidar, sentir a dor do outro e ajudar os demais sem pedir nada em troca. Para conquistarmos uma sabedoria digital e mantermos o lado bom do ser humano precisamos ser emocionalmente inteligentes em relação às tecnologias e ao ambiente virtual. 

Inteligência emocional digital

Muito se fala da necessidade de desenvolver inteligência emocional para lidar com as complexidades do mundo contemporâneo. Entender as próprias emoções, trabalhar em grupo, saber resolver problemas, ser criativo e tomar decisões são alguns exemplos de competências mais do que urgentes na atualidade.

No entanto, é necessário ampliar os horizontes e transpor essas habilidades também para o âmbito digital. Em 2016, o Fórum Econômico Mundial propôs o termo “Inteligência Emocional Digital” como um dos pilares de uma habilidade mais ampla e essencial para o século 21: a inteligência digital. Porém, a definição do termo “Inteligência Emocional Digital” ficou restrita à noção de ser empático e capaz de construir bons relacionamentos online.

Por isso, proponho um aprofundamento e uma ampliação do conceito “Inteligência Emocional Digital” como um conjunto de habilidades que abrange:

 

1 – Conhecimento da linguagem das tecnologias que usamos. 

2 – Abertura para aprender e incluir novas tecnologias no cotidiano.

3 – Entendimento sobre os próprios hábitos tecnológicos e comportamentos nas redes sociais.

4 – Gestão das emoções quando se está online.

5 – Reflexão sobre o impacto das tecnologias no desenvolvimento pessoal.

6 – Comunicação eficaz e respeitosa nos diferentes canais digitais.

7 – Empatia com o comportamento e as emoções online do outro.

8 – Habilidade de se relacionar com as tecnologias e com o ambiente online de forma sensata, cuidadosa e ética.

9 – Visão crítica sobre os conteúdos produzidos e compartilhados na internet.

10 – Criação de uma estratégia sobre o próprio posicionamento nas redes sociais, considerando os objetivos de vida e profissional.

11 – Criatividade para gerar tecnologias que atendam as necessidades humanas.

12 – Compreensão do impacto social e global das novas tecnologias na evolução da humanidade.

 

A partir desse conjunto de habilidades devemos criar uma atitude constante de reflexão e ação para aperfeiçoar e ampliar a nossa inteligência emocional digital. Podemos fazer isso de várias formas. Por exemplo, avaliando nossas emoções no ambiente digital e a maneira como usamos a tecnologia a fim de construir uma saúde mental digital.

Outra maneira é entender a cultura digital e os hábitos tecnológicos de nossa família como um todo. Além disso, a escola também tem papel fundamental para o desenvolvimento da inteligência emocional digital. Ela pode promover discussões mais amplas sobre as tecnologias e as necessidades do mundo, incentivando projetos que envolvam não somente a criação de conteúdo mas também o desenvolvimento de iniciativas práticas que resolvam problemas reais por meio da tecnologia. Essas atividades escolares têm o potencial de formar alunos capazes de ser agentes de transformação social, de pensar de forma global e crítica e de manter uma atitude de aprendizado constante.

Os jovens precisam antecipar e entender os dilemas éticos e filosóficos ligados às tecnologias avançadas e a seus impactos na vida das pessoas. Precisamos urgentemente levar essas discussões para as escolas e para as famílias a fim de ajudar as novas gerações a mapear diferentes cenários futuros, antecipar problemas complexos, evitar perigos irreversíveis e vislumbrar novas oportunidades de vida alinhadas com suas aspirações individuais, com as necessidades dos seres humanos e com as carências do mundo.

Como ensinar os filhos a ter inteligência emocional?

Estimular os sentimentos garante uma educação saudável

A família e os educadores devem seguir estratégias para desenvolver as competências socioemocionais das crianças, como a capacidade de tomar decisões, o autocontrole, as relações sociais, a motivação, a autoestima e empatia. 

Uma pessoa com inteligência emocional conhece seus sentimentos e entende os dos outros, adaptando-se ao entorno e administrando e controlando as próprias emoções.

O termo “Inteligência Emocional” foi criado por Peter Salovey e John Mayer em 1990. Abrangia certos traços emocionais necessários para o sucesso, como empatia, autocontrole, independência, simpatia, cordialidade, respeito, independência, persistência, flexibilidade cognitiva, resolução de problemas e identificação e expressão emocionais.

Em 1995, o termo se popularizou por meio do trabalho do psicólogo americano Daniel Goleman, autor de diversos best-sellers com esse título. Ele considera que a chamada “inteligência emocional” pode ser organizada em torno das seguintes capacidades:

  • • Conhecer os sentimentos e suas repercussões.
  • • Identificar as próprias emoções.
  • • Administrar as emoções e ter capacidade de lidar com os próprios sentimentos.
  • • Criar as próprias motivações para alcançar objetivos.
  • • Ter habilidades para as relações interpessoais.

Desse modo, podemos dizer que uma pessoa com uma inteligência emocional elevada conhece seus sentimentos e entende os dos outros, adaptando-se ao entorno e administrando e controlando as próprias emoções. Além disso, tem boa autoestima, conta com habilidades adequadas para se relacionar socialmente, adapta-se a mudanças, toma decisões adequadas e resolve com eficácia os problemas (pessoais, familiares, sociais ou profissionais) que se apresentam.

Relacionando esse conceito à “Teoria das Inteligências Múltiplas” de Howard Gardner chegamos aos conceitos das inteligências interpessoal e intrapessoal, que contemplam: empatia, habilidades sociais, autoconsciência, autocontrole emocional e motivação.

Assim, a visão tradicional de uma única inteligência baseada nos campos intelectual ou acadêmico é substituída por uma visão multidimensional que entende a inteligência como capacidade de adaptação a diferentes ambientes, de resolução de problemas e de consecução de conquistas pessoais.

Como orientar a educação emocional?

Depois de entender em que consiste a inteligência emocional e o quão importante é aprimorá-la, é preciso atendê-la em termos educativos.

Os educadores devem desenvolver estratégias para elevar as competências emocionais: a tomada de consciência das emoções, o autocontrole, as relações sociais, a autoeficácia, a motivação, a autoestima e a empatia, entre outros elementos.

Ao longo do século XX foram desenvolvidas medidas psicométricas que previam o sucesso acadêmico do aluno e as causas de deficiência na aprendizagem. No entanto, não se levava em conta a previsão do sucesso pessoal, precisamente por falta de atenção à inteligência emocional, aspecto que orienta o desenvolvimento da vida de modo mais produtivo.

A necessidade de incorporar a educação emocional ao currículo comum se faz cada vez mais presente. Nas últimas décadas, foi reconhecida a importância de trabalhar as emoções para diminuir a violência na sala de aula, as situações de abuso ou a desmotivação escolar. É importante gerar consciência para criar programas não apenas de intervenção nos momentos de crise, mas também de prevenção e estímulo ao ajuste emocional.

Diferentes estudos científicos demonstram a contribuição dessas intervenções para a melhora do rendimento escolar e das relações interpessoais. A escola e a família têm como objetivo fundamental formar as crianças para que se transformem em adultos independentes, seguros, cooperativos, capazes de administrar os próprios problemas e que saibam se relacionar com os outros em um clima de harmonia e respeito mútuo.

Esse caminho deve ser construído desde as primeiras etapas da vida. A criança pode aprender muito cedo a se desenvolver em todos esses aspectos, para depois manter um padrão socioemocional ao longo da vida.

Segundo Daniel Goleman, a escola deve levar em conta os diferentes âmbitos da inteligência e propô-los como objetivos educativos, potencializando em cada aluno suas capacidades mais fortes e fornecendo-lhe recursos para fortalecer as habilidades menos desenvolvidas. A seguir, algumas orientações:

  • • Considerar as dificuldades socioemocionais detectadas como necessidades educativas.
  • • Ensinar as emoções, para que todos os alunos conheçam seus sentimentos e percebam como reagem a eles.
  • • Treinar a administração adequada das emoções que podem interferir no comportamento do aluno, especialmente as mais negativas. Quando surgirem conflitos entre estudantes, pode-se trabalhar a partir destas questões: como se sentiram, que consequências tiveram os comportamentos deles, em que soluções alternativas pode-se pensar etc.
  • • Gerar uma educação positiva, para que a criança aprenda a ser proativa e confiante nas próprias capacidades – ela deve aprender que pode atingir seus objetivos mediante esforço e constância.

Estratégias para potencializar a inteligência emocional

Assim como na escola, existem no ambiente familiar diferentes maneiras de levar em conta o nível de inteligência emocional dos filhos, potencializando os aspectos que a criança pode desenvolver. A seguir, algumas orientações:

  • • Os adultos devem ser os primeiros a reconhecer e identificar as emoções. É importante saber observar, ouvir e identificar as reações emocionais dos filhos. Primeiro, é preciso ouvi-los sem julgar e depois, com calma, perguntar.
  • • É importante não ignorar nem desvalorizar as emoções dos filhos. Às vezes, reduzimos a importância das reações emocionais negativas para diminuir o sofrimento deles, mas isso não permite que a criança identifique, confronte e resolva seus conflitos.
  • • É preciso ajudá-los a identificar as próprias emoções. Há ocasiões em crianças pequenas choram porque não sabem o que está acontecendo com elas, não entendem por que se sentem mal e não são capazes de identificar as emoções. O papel do adulto é chamar a emoção pelo nome e relacioná-la com as situações vividas.
  • • Expressar emoções não é negativo, uma vez que devemos senti-las para depois administrá-las adequadamente.
  • • Estabelecer limites às condutas ou reações deles. Não é ruim expressar um sentimento negativo como tristeza, irritação, ira, frustração ou medo. Outra coisa é o que fazer depois. Se o comportamento da criança não é adequado, ela precisa saber que há consequências. Devemos ensiná-la a como se portar da próxima vez que o sentimento aparecer e estimulá-la a agir de acordo.
  • • As próprias crianças devem oferecer as soluções. Nós podemos apoiá-los no processo ou propor ideias, mas são elas que devem escolher, mesmo que às vezes não tomem as decisões mais adequadas.
  • • Mostrar aos filhos quais gestos, expressões e tons de voz usamos quando vivenciamos diferentes estados de ânimo. Mediante jogos de teatro podemos aprender a reconhecer os sentimentos nos demais.
  • • Quando estamos educando crianças em inteligência emocional é importante respeitar os tempos delasNão devemos mostrar pressa, estresse ou pressionar o aprendizado.
  • • Usar a criatividade e o jogo para explorar e aprender. Somos guias, mas são as crianças que devem decidir por conta própria como resolver os conflitos.
  • • Ter em conta que a autoestima e a autonomia têm um papel crucial na educação das emoções. Devemos apoiá-las, elogiar novos hábitos adequados e motivar os filhos para atuar nas próximas oportunidades.