Covid 19 – Novas maneiras de conceber a aprendizagem

Covid 19 – Novas maneiras de conceber a aprendizagem

Débora Garofalo - Colunista

Débora Garofalo - Colunista

Com a agilidade que a Covid-19 avança sobre o mundo, tivemos que aprender rapidamente a criar maneiras de nos relacionar e também de lidar com diversas situações que não estavam planejadas, como a quarentena.

Muitos professores em suas escolas têm discutido como criar possibilidades de atender a todos os estudantes, principalmente aqueles que não possuem condições para estar conectado, já que estudos demonstram a quantidades de dispositivos móveis, principalmente aparelhos celulares entre as famílias. Sem dúvida um grande desafio a ser superado e compreendido.

Esse é o momento oportuno para ousar, pensar e propor diferentes situações de aprendizagens. Sem dúvidas é o professor que melhor compreende a realidade do estudante e pode contribuir e criar situações que atendam melhor a este momento.

Conversando com alguns professores que lecionam em sua grande maiorias nas periferias, muitos me contaram que têm usado o facebook e o whatsapp para planejar e aplicar suas aulas. Algumas escolas, de maneira colaborativas, realizaram guias para os estudantes, e todas essas medidas são eficazes, porque dialogam com cada realidade local. 

Para auxiliá-los com este momento, reunimos algumas sugestões para que possam trabalhar juntos aos estudantes com a ferramenta mais adequada. Vamos lá!

 

Planejamento

 

Como na sala de aula convencional, o planejamento é essencial,  ter um objetivo claro de aprendizagem, por exemplo, se for usar uma ferramenta de interação como o ZoomTeamsHangouts, é importante definir combinados com os estudantes e definir o que se pretende, tecendo o olhar para a interação, cuidando  do tempo de exposição de um assunto, trazendo elementos para tornar a aula dinâmica, fazer interação com outros materiais e quebrando esse período por blocos, do tempo destinado a conversa, como, se a aula for de 45 minutos, realizar blocos de 15 minutos, cuidando da interação.

Para ferramentas como WhatsApp, grupos no Facebook e ou no Edmodo, o planejamento é também essencial, devendo ter o cuidado em planejar um em tempo menor, mais com modelos inspiradores, em formatos de pílulas e chamando a atenção dos estudantes para a intenção de aprendizagem. 

Para a equipe pedagógica essas ferramentas também funcionam, e é importante montar horários provisórios para os estudantes e intensificar comunicações com a equipe escolar e trabalhar de maneira interdisciplinar e com projetos.  

Em relação aos pais é importante preparar um guia para que possam apoiar os estudantes em algumas frentes, como por exemplo, como ajudar nas dúvidas, criação de rotina de estudos, alimentação e alongamento, auxiliar os estudantes a criarem registros os estudos finalizados, do que está em andamento, daqueles que precisam ser revistos.

Elaboração de atividades

 

É necessário fazer neste momento um replanejamento e adaptação das atividades. O material didático, livros e apostilas, podem ser utilizados, mediante a comandas e explanações claras sobre o assunto. É preciso apoiar os estudantes a construir o seu aprendizado, trabalhando mapas mentais que ajudarão a desenvolver atividades, mas também a se organizarem.

Se for realizar vídeos, é importante considerar entonação da voz, postura, som e luz e materiais complementares que ajudarão os estudantes a compreender melhor o conteúdo. Os vídeos podem ser realizados por aplicativos do celular e ou com recursos de aplicativos de gravação, como OBS.

Podcast também é uma maneira eficaz de trabalhar com os conteúdos, podendo usar softwares gratuitos como o audacity, que permite fazer recortes de outros programas, considerando os devidos créditos aos materiais.

 

Avaliações

 

Esse também é um momento para realizar avaliações e para isso pode ser trabalhado ferramentas de colaboração, como o google classroomTeams, com elaboração de rubricas que podem ser estruturadas com os estudantes a partir de objetivos de aprendizagem de onde os estudantes estão para onde pretende chegar. 

É importante, realizar momentos de escuta ativa com os estudantes, de como está sendo esse momento e quais as dificuldades enfrentadas para a administração dos estudos, e para isso, ocorrer pode ser utilizado uma diversidade de possibilidades, como quiz, jogos, narrativas digitais, entre outros.

O portfólio digital contribui para esse processo e ainda pode ser trabalhado habilidades como autocuidado, autoconhecimento, organização, criticidade, e uma ferramenta que pode contribuir é o seesaw

Apesar do momento ser de muitas preocupações, esse também é um período para consolidar novas práticas e aprender de maneiras diferenciadas, trazendo novas formas de conceber a aprendizagem e utilizar tecnologias e principalmente inovação e criatividade para criar novos caminhos a educação.

 

Um abraço,

Débora

Débora Garofalo é Assessora Especial de Tecnologias da Secretaria Estadual de Educação de São Paulo (SEE SP) e professora da rede pública de ensino de São Paulo. Formada em Letras e Pedagogia, mestranda em Educação pela PUC-SP, vencedora na temática Especial Inovação na Educação no Prêmio Professores do Brasil, Vencedora no Desafio de Aprendizagem Criativa do MIT e considerada uma das dez melhoras professoras do mundo pelo Global Teacher Prize, o Nobel da Educação.

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Transformação digital docente

Transformação digital docente

Tornou-se uma fala vazia justificar a urgência da forma-ção continuada às atuais mudanças do mundo. Que o mundo mudou e continuará mudando todos já sabem, mas o que sua escola está fazendo para empoderar os principais agentes dessa transformação: os professores?

Em menos de quatro décadas, a transformação digital mudou completamente nossa forma de atuar no mundo. Revimos conceitos até então estabelecidos e vivenciamos novas experiências de interação, cooperação e compartilhamento. A forma de conviver se transformou, assim como a maneira de consumir informação, refiná-las e conectá-las. Reaprendemos todos os dias a viver no mundo em que nossos alunos já nasceram imersos.

Você deve estar acostumado com esses clichês e a ser tachado como “imigrante digital”, tentando aprender a língua do momento para adentrar o mundo dos “nativos digitais”. Estes conceitos foram propostos pelo escritor Mark Prensky, em 2001, e reverberados até hoje mundo afora. Dizia ele: “Se educadores imigrantes digitais realmente querem educar nativos digitais – ou seja, todos os seus alunos – eles precisarão mudar. É hora de eles pararem de resmungar e, como diz o slogan da Nike para a geração de nativos digitais, ‘Just do it!’ (simplesmente faça)”. Acontece que ao longo dos anos um grande número de trabalhos científicos chegou a conclusões diferentes, como o artigo “Os mitos do nativo digital e do multitarefas”, publicado em 2017 na revista Teaching and Teacher Education e endossado pela revista Nature, que afirma, com base em dados e pesquisas formais, que direcionar o ensino com base nesses fatos é “incorrer no erro de presumir que seus alunos possuem talentos e habilidades que os professores não possuem”. Com isso, assegura que, embora a forma como significamos o mundo tenha mudado, cabe ao professor e ao coordenador assumirem as rédeas e formalizarem a maneira como lidam com a informação on-line, tanto para as novas quanto para as gerações dos próprios profissionais, numa perspectiva de aprendizado contínuo.

O novo mundo, o mundo de hoje

A sociedade atual vem presenciando o que está sendo chamada Quarta Revolução Industrial ou Indústria 4.0, que se reflete em um mundo cada dia mais interconectado, complexo e incerto. Não é à toa que imaginar as profissões do futuro virou um exercício de alto risco. “Fugimos dos nomes de profissões e nos concentramos nas habilidades que serão necessárias. Estas são mais previsíveis, úteis e passíveis de serem desenvolvidas e praticadas – o que não é possível em se tratando de profissões que ainda nem sabemos como vão se chamar”, afirmou Amar Kumar, líder da pesquisa “O futuro das habilidades: empregabilidade em 2030”, em entrevista ao portal Porvir. De acordo com esse estudo, as habilidades ligadas à criatividade, originalidade, fluência de ideias e tomada de decisão estarão em alta no final da próxima década. A pesquisa também revela que o setor de Educação tende a ganhar mais eficiência com o avanço das tecnologias digitais, bem como expandir sua força de trabalho. Entre os nichos que devem se destacar, Kumar cita as mentorias individuais. “Haverá alta demanda tanto por aprender quanto por aprender como se aprende”, diz.

Educação 4.0

Impulsionada pela Indústria 4.0 e seus impactos sobre a economia e o mundo do trabalho, a Educação 4.0 vem ganhando força. Ela se apropria das tecnologias digitais – não só como ferramentas, mas como agentes de transformação – para repensar as experiências de aprendizagem nas escolas. Baseada no conceito de learning by doing (em português, aprender fazendo), sugere que o processo de aprendizado contemple vivências, projetos, experimentação e mão na massa. O objetivo da nova escola deve ser criar um espaço propício para que o aluno saia da condição de sujeito passivo e ocupe o eixo central da aprendizagem – por exemplo, em um ambiente de incentivo à inovação, invenção, resolução de problemas e colaboração. “Cabe ao professor conduzir tudo isso; afinal, ninguém melhor do que ele para entender as necessidades de desenvolvimento dos alunos de hoje”, afirma Anna Katarina Vasconcellos, gerente de Inovação e Projetos do Moderna Compartilha.

Frente aos novos papeis do professor, a formação docente adquire um caráter estratégico nas instituições de ensino. “Se queremos o aluno preparado para enfrentar os desafios deste século, precisamos ter a escola e o professor devidamente preparados para o que está por vir e empoderados como líderes desse processo”, explica Márcia Carvalho, diretora de Negócios do Moderna Compartilha. Esse é justamente um dos maiores desafios da Educação 4.0, que visa garantir a relevância dos educadores em um mundo hiperveloz, ambíguo e incerto.

As principais habilidades da era digital e os insights pedagógicos que os educadores precisam aprender e ensinar foram listados e são atualizados periodicamente pela organização sem fins lucrativos que é referência mundial em Tecnologia na Educação, o iste (International Society for Technology in Education).

Ele definiu sete padrões, ou standards, com as competências que os educadores precisam desenvolver para potencializar a adoção de boas práticas de inovação, integrando novas tecnologias. O objetivo é aprofundar a prática pedagógica, promover a colaboração entre colegas, repensar as abordagens tradicionais e preparar os alunos para impulsionar o próprio aprendizado.

As metas, com suas respectivas competências, são específicas para cada padrão. Em “Aprendiz”, por exemplo, os educadores devem aprimorar sua atuação enquanto aprendem e exploram práticas promissoras em prol da melhoria do aprendizado. Já em “Analista”, entendem e usam dados para orientar suas instruções, bem como ajudam os alunos a atingir suas metas de aprendizado. No standard “Cidadão Digital”, por sua vez, os educadores inspiram os estudantes a participar do mundo digital com responsabilidade e a contribuir de forma positiva. Em “Designer”, desenvolvem atividades em ambientes que sejam autênticos, acolham a diversidade e sejam voltados para o aprendiz. O foco no aluno também está presente no standard “Facilitador”, que privilegia o aprendizado com tecnologia para ajudá-lo a conquistar os standards que o iste elaborou especificamente para estudantes. Por fim, em “Líder” o desafio é identificar oportunidades de liderança para melhorar o ensino, a aprendizagem e o sucesso do aluno. 

Padrões iste no Brasil

Em parceria com o iste, o Moderna Compartilha — plataforma global de educação do Grupo Santillana que empodera o educador para viver na cultura digital – trouxe para o Brasil os padrões de formação profissional. Eles são referência para o recém-lançado programa de Desenvolvimento Gradativo para Professores Compartilha. “Nos baseamos nas descrições que o iste faz das competências do educador contemporâneo e montamos um programa alinhado à realidade do Moderna Compartilha nas escolas privadas do país”, explica Anna Katarina.

A nova iniciativa prevê a formação integral dos professores e o desenvolvimento gradativo de competências docentes específicas para atuar nas escolas hoje.

São propostos percursos formativos orientados por um coach presencial e um aplicativo de coach virtual, que trazem diferentes níveis de complexidade, bem como desafios e atividades para se colocar em prática as competências em fase de desenvolvimento. “O objetivo é tirar o professor do papel de ministrador da disciplina para elevá-lo à função de educador, com instrumentos para formar os alunos”, diz Anna. Ao fim de cada etapa, o professor recebe uma certificação do Instituto Crescer e, ao final de todo o percurso, é reconhecido como professor padrão iste.

O Desenvolvimento Contínuo de Professores começa a ser implementado nas escolas no primeiro semestre de 2019. “Será um divisor de águas para os parceiros do Moderna Compartilha. Além dos professores, que acompanharão seu próprio desenvolvimento conforme avançam nas trilhas de formação, a gestão pedagógica também poderá acompanhar e ter uma visão sistêmica do desenvolvimento do corpo docente”, comenta Sônia Marques, gerente comercial.

O Desenvolvimento Contínuo de Professores começa a ser implementado nas escolas no primeiro semestre de 2019. “Será um divisor de águas para os parceiros do Moderna Compartilha. Além dos professores, que acompanharão seu próprio desenvolvimento conforme avançam nas trilhas de formação, a gestão pedagógica também poderá acompanhar e ter uma visão sistêmica do desenvolvimento do corpo docente”, comenta Sônia Marques, gerente comercial.

Até dezembro, o Moderna Compartilha deve investir R$20 milhões em projetos e ações que incentivam a inovação no aprendizado. “Para os próximos anos, outros R$60 milhões já estão reservados para impulsionar mais etapas do programa de desenvolvimento docente, certificação dos nossos coaches pelo Instituto Brasileiro de Coaching, produção de conteúdo, criação de plataformas e novas iniciativas de formação”, revela Márcia Carvalho.

Competências contemporâneas

Diante do desafio de formar os alunos em todas as suas dimensões – cognitiva, socioemocional e digital –, as escolas buscam se consolidar como espaços de educação integral. “Trata-se de formar os alunos para enfrentar algo que ainda é desconhecido, mas para o qual precisam estar preparados e munidos de flexibilidade, organização, autonomia e espírito empreendedor”, afirma Solange Petrosino, gerente de Serviços Educacionais da Moderna.

Tamanha expectativa em relação às competências contemporâneas impulsiona a formação integral dos estudantes. “Em uma relação dialógica com a sociedade, as escolas se transformam para acompanhar as novas dinâmicas do mundo”, diz Solange. Ela explica que, além de favorecer o desenvolvimento de competências em todas as áreas, a formação integral também deve prever a avaliação desse processo. “Para muitas instituições, é um grande desafio, e os percursos formativos dão subsídios para que os profissionais estejam preparados.”

Ecossistema de evolução

A cultura da evolução e protagonismo está na essência do Moderna Compartilha, que privilegia o potencial de ação da comunidade escolar frente aos seus próprios desafios e necessidades de transformação. Isso se reflete nas estratégias e métodos que o projeto adota desde a sua concepção.

A plataforma nasceu em 2012 para atender a demanda por novidades em tecnologia educacional no mercado privado. “A pressão aumentava a cada dia, especialmente à medida que se começou a falar de sala de aula invertida, competências do século XXI e novos papéis da Educação”, lembra a diretora de negócios Márcia Carvalho. Os primeiros objetivos traçados foram instalar equipamentos de ponta nas escolas, oferecer tecnologia embarcada nos livros didáticos e ensinar os professores a se relacionar com tudo aquilo em sala de aula.

O projeto começou efetivamente a rodar em 2013, quando a entrega dos primeiros tablets e projetores simbolizou o pontapé da inserção digital de 68 escolas parcerias naquele ano. “Os novos dispositivos não só substituíram o computador como levaram o conceito de mobilidade para dentro das instituições”, destaca Márcia.

Para ampliar a oferta de conteúdo, firmaram-se acordos com parceiros a partir de 2014. “Além de livros e enciclopédias digitais, trouxemos jogos pedagógicos do Xmile, livros-aplicativos em 3D da EvoBooks, avaliações e simulados para o Fundamental II e Ensino Médio, propostas de produção textual do EntreLetras, a plataforma LMS (Learning Management School) de gerenciamento de conteúdo, entre outros”, enumera.

Uma nova fase começou em 2016, quando se intensificaram as reflexões sobre o que significa estar inserido no universo digital. “Antes de mais nada, é reconhecer-se como parte de um ecossistema, no qual cada instituição desenvolve sua própria cultura digital”, comenta Anna Katarina. Ela explica que esta última tem relação direta com a forma como a comunidade escolar se organiza, os usos que faz dos dispositivos tecnológicos e da rede, o aproveitamento para fins pedagógicos, de entretenimento e socialização, entre outros fatores que acabam formando sua identidade digital.

No ano seguinte, o Moderna Compartilha inovou com os Chrome Books. “Além de ser uma evolução tecnológica, foi um caminho que adotamos para que os professores passassem a produzir conteúdo, em vez de só consumir”, conta Márcia.

Outra estratégia para aumentar o engajamento da comunidade escolar no aprendizado dos estudantes foi a criação de um portal específico para as famílias – o Compartilha em Família, com temas ligados à Educação contemporânea. “Formar os pais exige mais que informá-los. Requer o empoderamento deles com relação a tudo que gira em torno do aprendizado”, diz Solange. A iniciativa também visou ao alinhamento da família com a escola. “Os pais precisam entender o que é desenvolvimento de competências, como se avalia, o que se prioriza hoje na formação e compreender que tudo isso tem a finalidade de preparar os jovens para o desconhecido, um mundo em movimento.”

Em 2018, mais avanços deram novos contornos à plataforma. Um deles foi a parceria com o Google for Education, com ferramentas que facilitam a colaboração na sala de aula (por exemplo, Gmail e Documentos Google) e aplicativos como Google Earth e WeVideo. Outra evolução que marcou aquele ano – uma das mais ambiciosas até agora na história do Moderna Compartilha – foi a criação do programa de Desenvolvimento Gradativo para Professores, e a parceria global com o iste.

A voz das escolas

“O Moderna Compartilha facilitou a comunicação entre estudantes e professores por meio da plataforma interativa e do fórum. O projeto também ampliou a capacidade investigativa dos alunos graças aos materiais que favorecem a pesquisa antes das aulas, o que é essencial para a metodologia ativa aplicada na nossa escola.” Edmundo F. de Castilho Filho é vice-diretor do Colégio ISBA, Salvador (BA). 

“A possibilidade de saber, em tempo real, como os docentes estão trabalhando traz mais assertividade ao trabalho do gestor. Além disso, as novidades postadas a cada dia permitem ao coordenador pedagógico orientar projetos de incentivo ao professor, gerando mais interação e prática no dia a dia.” Teresa Cristina Hallal é coordenadora pedagógica na Associação Literária e Educativa Santo André, em São José do Rio Preto (SP). 

“A parceria com o Moderna Compartilha sempre foi agregadora, com muitas trocas de experiências e apoio dos coachings e consultores. Isso nos trouxe a oportunidade de rever práticas pedagógicas e introduzir, com mais eficiência, a tecnologia nas salas de aula. O resultado é uma maior conexão entre os professores e também com os alunos – estes inclusive passaram a compartilhar conhecimento e interagir mais para o crescimento de todos.” Karin Vianna é coordenadora pedagógica no Colégio SER, em Jundiaí (SP).

Saiba mais sobre cidadania digital em iste.org. Fontes: Porvir, Pew Research, Microsoft, Symantec e Association for Psychological Science. Dados Brasil: Banda Larga no Brasil: um estudo sobre a evolução do acesso e da qualidade das conexões à internet – nic.br / cetic.br

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Em menos de quatro décadas, a transformação digital mudou completamente nossa forma de atuar no mundo. Revimos conceitos até então estabelecidos e vivenciamos novas experiências de interação, cooperação e compartilhamento. A forma de conviver se transformou, assim como a maneira de consumir informação, refiná-las e conectá-las. Reaprendemos todos os dias a viver no mundo em que nossos alunos já nasceram imersos.

Você deve estar acostumado com esses clichês e a ser tachado como “imigrante digital”, tentando aprender a língua do momento para adentrar o mundo dos “nativos digitais”. Estes conceitos foram propostos pelo escritor Mark Prensky, em 2001, e reverberados até hoje mundo afora. Dizia ele: “Se educadores imigrantes digitais realmente querem educar nativos digitais – ou seja, todos os seus alunos – eles precisarão mudar. É hora de eles pararem de resmungar e, como diz o slogan da Nike para a geração de nativos digitais, ‘Just do it!’ (simplesmente faça)”. Acontece que ao longo dos anos um grande número de trabalhos científicos chegou a conclusões diferentes, como o artigo “Os mitos do nativo digital e do multitarefas”, publicado em 2017 na revista Teaching and Teacher Education e endossado pela revista Nature, que afirma, com base em dados e pesquisas formais, que direcionar o ensino com base nesses fatos é “incorrer no erro de presumir que seus alunos possuem talentos e habilidades que os professores não possuem”. Com isso, assegura que, embora a forma como significamos o mundo tenha mudado, cabe ao professor e ao coordenador assumirem as rédeas e formalizarem a maneira como lidam com a informação on-line, tanto para as novas quanto para as gerações dos próprios profissionais, numa perspectiva de aprendizado contínuo.

O novo mundo, o mundo de hoje

A sociedade atual vem presenciando o que está sendo chamada Quarta Revolução Industrial ou Indústria 4.0, que se reflete em um mundo cada dia mais interconectado, complexo e incerto. Não é à toa que imaginar as profissões do futuro virou um exercício de alto risco. “Fugimos dos nomes de profissões e nos concentramos nas habilidades que serão necessárias. Estas são mais previsíveis, úteis e passíveis de serem desenvolvidas e praticadas – o que não é possível em se tratando de profissões que ainda nem sabemos como vão se chamar”, afirmou Amar Kumar, líder da pesquisa “O futuro das habilidades: empregabilidade em 2030”, em entrevista ao portal Porvir. De acordo com esse estudo, as habilidades ligadas à criatividade, originalidade, fluência de ideias e tomada de decisão estarão em alta no final da próxima década. A pesquisa também revela que o setor de Educação tende a ganhar mais eficiência com o avanço das tecnologias digitais, bem como expandir sua força de trabalho. Entre os nichos que devem se destacar, Kumar cita as mentorias individuais. “Haverá alta demanda tanto por aprender quanto por aprender como se aprende”, diz.

Educação 4.0

Impulsionada pela Indústria 4.0 e seus impactos sobre a economia e o mundo do trabalho, a Educação 4.0 vem ganhando força. Ela se apropria das tecnologias digitais – não só como ferramentas, mas como agentes de transformação – para repensar as experiências de aprendizagem nas escolas. Baseada no conceito de learning by doing (em português, aprender fazendo), sugere que o processo de aprendizado contemple vivências, projetos, experimentação e mão na massa. O objetivo da nova escola deve ser criar um espaço propício para que o aluno saia da condição de sujeito passivo e ocupe o eixo central da aprendizagem – por exemplo, em um ambiente de incentivo à inovação, invenção, resolução de problemas e colaboração. “Cabe ao professor conduzir tudo isso; afinal, ninguém melhor do que ele para entender as necessidades de desenvolvimento dos alunos de hoje”, afirma Anna Katarina Vasconcellos, gerente de Inovação e Projetos do Moderna Compartilha.

Frente aos novos papeis do professor, a formação docente adquire um caráter estratégico nas instituições de ensino. “Se queremos o aluno preparado para enfrentar os desafios deste século, precisamos ter a escola e o professor devidamente preparados para o que está por vir e empoderados como líderes desse processo”, explica Márcia Carvalho, diretora de Negócios do Moderna Compartilha. Esse é justamente um dos maiores desafios da Educação 4.0, que visa garantir a relevância dos educadores em um mundo hiperveloz, ambíguo e incerto.

As principais habilidades da era digital e os insights pedagógicos que os educadores precisam aprender e ensinar foram listados e são atualizados periodicamente pela organização sem fins lucrativos que é referência mundial em Tecnologia na Educação, o iste (International Society for Technology in Education).

Ele definiu sete padrões, ou standards, com as competências que os educadores precisam desenvolver para potencializar a adoção de boas práticas de inovação, integrando novas tecnologias. O objetivo é aprofundar a prática pedagógica, promover a colaboração entre colegas, repensar as abordagens tradicionais e preparar os alunos para impulsionar o próprio aprendizado.

As metas, com suas respectivas competências, são específicas para cada padrão. Em “Aprendiz”, por exemplo, os educadores devem aprimorar sua atuação enquanto aprendem e exploram práticas promissoras em prol da melhoria do aprendizado. Já em “Analista”, entendem e usam dados para orientar suas instruções, bem como ajudam os alunos a atingir suas metas de aprendizado. No standard “Cidadão Digital”, por sua vez, os educadores inspiram os estudantes a participar do mundo digital com responsabilidade e a contribuir de forma positiva. Em “Designer”, desenvolvem atividades em ambientes que sejam autênticos, acolham a diversidade e sejam voltados para o aprendiz. O foco no aluno também está presente no standard “Facilitador”, que privilegia o aprendizado com tecnologia para ajudá-lo a conquistar os standards que o iste elaborou especificamente para estudantes. Por fim, em “Líder” o desafio é identificar oportunidades de liderança para melhorar o ensino, a aprendizagem e o sucesso do aluno. 

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A nova iniciativa prevê a formação integral dos professores e o desenvolvimento gradativo de competências docentes específicas para atuar nas escolas hoje.

São propostos percursos formativos orientados por um coach presencial e um aplicativo de coach virtual, que trazem diferentes níveis de complexidade, bem como desafios e atividades para se colocar em prática as competências em fase de desenvolvimento. “O objetivo é tirar o professor do papel de ministrador da disciplina para elevá-lo à função de educador, com instrumentos para formar os alunos”, diz Anna. Ao fim de cada etapa, o professor recebe uma certificação do Instituto Crescer e, ao final de todo o percurso, é reconhecido como professor padrão iste.

O Desenvolvimento Contínuo de Professores começa a ser implementado nas escolas no primeiro semestre de 2019. “Será um divisor de águas para os parceiros do Moderna Compartilha. Além dos professores, que acompanharão seu próprio desenvolvimento conforme avançam nas trilhas de formação, a gestão pedagógica também poderá acompanhar e ter uma visão sistêmica do desenvolvimento do corpo docente”, comenta Sônia Marques, gerente comercial.

O Desenvolvimento Contínuo de Professores começa a ser implementado nas escolas no primeiro semestre de 2019. “Será um divisor de águas para os parceiros do Moderna Compartilha. Além dos professores, que acompanharão seu próprio desenvolvimento conforme avançam nas trilhas de formação, a gestão pedagógica também poderá acompanhar e ter uma visão sistêmica do desenvolvimento do corpo docente”, comenta Sônia Marques, gerente comercial.

Até dezembro, o Moderna Compartilha deve investir R$20 milhões em projetos e ações que incentivam a inovação no aprendizado. “Para os próximos anos, outros R$60 milhões já estão reservados para impulsionar mais etapas do programa de desenvolvimento docente, certificação dos nossos coaches pelo Instituto Brasileiro de Coaching, produção de conteúdo, criação de plataformas e novas iniciativas de formação”, revela Márcia Carvalho.

Competências contemporâneas

Diante do desafio de formar os alunos em todas as suas dimensões – cognitiva, socioemocional e digital –, as escolas buscam se consolidar como espaços de educação integral. “Trata-se de formar os alunos para enfrentar algo que ainda é desconhecido, mas para o qual precisam estar preparados e munidos de flexibilidade, organização, autonomia e espírito empreendedor”, afirma Solange Petrosino, gerente de Serviços Educacionais da Moderna.

Tamanha expectativa em relação às competências contemporâneas impulsiona a formação integral dos estudantes. “Em uma relação dialógica com a sociedade, as escolas se transformam para acompanhar as novas dinâmicas do mundo”, diz Solange. Ela explica que, além de favorecer o desenvolvimento de competências em todas as áreas, a formação integral também deve prever a avaliação desse processo. “Para muitas instituições, é um grande desafio, e os percursos formativos dão subsídios para que os profissionais estejam preparados.”

Ecossistema de evolução

A cultura da evolução e protagonismo está na essência do Moderna Compartilha, que privilegia o potencial de ação da comunidade escolar frente aos seus próprios desafios e necessidades de transformação. Isso se reflete nas estratégias e métodos que o projeto adota desde a sua concepção.

A plataforma nasceu em 2012 para atender a demanda por novidades em tecnologia educacional no mercado privado. “A pressão aumentava a cada dia, especialmente à medida que se começou a falar de sala de aula invertida, competências do século XXI e novos papéis da Educação”, lembra a diretora de negócios Márcia Carvalho. Os primeiros objetivos traçados foram instalar equipamentos de ponta nas escolas, oferecer tecnologia embarcada nos livros didáticos e ensinar os professores a se relacionar com tudo aquilo em sala de aula.

O projeto começou efetivamente a rodar em 2013, quando a entrega dos primeiros tablets e projetores simbolizou o pontapé da inserção digital de 68 escolas parcerias naquele ano. “Os novos dispositivos não só substituíram o computador como levaram o conceito de mobilidade para dentro das instituições”, destaca Márcia.

Para ampliar a oferta de conteúdo, firmaram-se acordos com parceiros a partir de 2014. “Além de livros e enciclopédias digitais, trouxemos jogos pedagógicos do Xmile, livros-aplicativos em 3D da EvoBooks, avaliações e simulados para o Fundamental II e Ensino Médio, propostas de produção textual do EntreLetras, a plataforma LMS (Learning Management School) de gerenciamento de conteúdo, entre outros”, enumera.

Uma nova fase começou em 2016, quando se intensificaram as reflexões sobre o que significa estar inserido no universo digital. “Antes de mais nada, é reconhecer-se como parte de um ecossistema, no qual cada instituição desenvolve sua própria cultura digital”, comenta Anna Katarina. Ela explica que esta última tem relação direta com a forma como a comunidade escolar se organiza, os usos que faz dos dispositivos tecnológicos e da rede, o aproveitamento para fins pedagógicos, de entretenimento e socialização, entre outros fatores que acabam formando sua identidade digital.

No ano seguinte, o Moderna Compartilha inovou com os Chrome Books. “Além de ser uma evolução tecnológica, foi um caminho que adotamos para que os professores passassem a produzir conteúdo, em vez de só consumir”, conta Márcia.

Outra estratégia para aumentar o engajamento da comunidade escolar no aprendizado dos estudantes foi a criação de um portal específico para as famílias – o Compartilha em Família, com temas ligados à Educação contemporânea. “Formar os pais exige mais que informá-los. Requer o empoderamento deles com relação a tudo que gira em torno do aprendizado”, diz Solange. A iniciativa também visou ao alinhamento da família com a escola. “Os pais precisam entender o que é desenvolvimento de competências, como se avalia, o que se prioriza hoje na formação e compreender que tudo isso tem a finalidade de preparar os jovens para o desconhecido, um mundo em movimento.”

Em 2018, mais avanços deram novos contornos à plataforma. Um deles foi a parceria com o Google for Education, com ferramentas que facilitam a colaboração na sala de aula (por exemplo, Gmail e Documentos Google) e aplicativos como Google Earth e WeVideo. Outra evolução que marcou aquele ano – uma das mais ambiciosas até agora na história do Moderna Compartilha – foi a criação do programa de Desenvolvimento Gradativo para Professores, e a parceria global com o iste.

A voz das escolas

“O Moderna Compartilha facilitou a comunicação entre estudantes e professores por meio da plataforma interativa e do fórum. O projeto também ampliou a capacidade investigativa dos alunos graças aos materiais que favorecem a pesquisa antes das aulas, o que é essencial para a metodologia ativa aplicada na nossa escola.” Edmundo F. de Castilho Filho é vice-diretor do Colégio ISBA, Salvador (BA). 

“A possibilidade de saber, em tempo real, como os docentes estão trabalhando traz mais assertividade ao trabalho do gestor. Além disso, as novidades postadas a cada dia permitem ao coordenador pedagógico orientar projetos de incentivo ao professor, gerando mais interação e prática no dia a dia.” Teresa Cristina Hallal é coordenadora pedagógica na Associação Literária e Educativa Santo André, em São José do Rio Preto (SP). 

“A parceria com o Moderna Compartilha sempre foi agregadora, com muitas trocas de experiências e apoio dos coachings e consultores. Isso nos trouxe a oportunidade de rever práticas pedagógicas e introduzir, com mais eficiência, a tecnologia nas salas de aula. O resultado é uma maior conexão entre os professores e também com os alunos – estes inclusive passaram a compartilhar conhecimento e interagir mais para o crescimento de todos.” Karin Vianna é coordenadora pedagógica no Colégio SER, em Jundiaí (SP).

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Estamos bem próximos de encerrar mais um ano letivo!

Não poderia deixar de começar agradecendo a Editora Moderna, pelo espaço e pela oportunidade, através da coluna Educação Inovadora de ter esse contato com você, querido (a) professor (a), conversando sobre maneiras e formas de inserir a tecnologia na sala de aula.

 

Este ano tivemos mudanças na educação, com a aprovação da Base Nacional Comum Curricular que definiu um norte a todo currículo brasileiro e a tecnologia como uma competência de ensino que deve atravessar todas as disciplinas.

 
 

Dentro deste cenário, ouvir os nossos estudantes é o primeiro passo para a mudança em sala de aula. Em 2016 uma pesquisa promovida pelo Porvir, chamada Reconstrução da Escola ouviu 132.000 alunos, que pedem mudanças no processo de ensino, entre elas, que a tecnologia seja inserida nas aulas.

Este é um momento de muita reflexão, avaliação e reavaliação do ano letivo. Com a chegada das férias, a todos nós professores, um momento de descanso e para muitos de estudo. A você quero antecipar o meu presente e deixar 10 inspirações para você incluir tecnologias em suas aulas.

Vamos lá!?

Livros

 
 

Gamificação na Educação

Esse e-book aborda vários aspectos da gamificação na educação. A organização é de Luciane Maria Fadel, Vania Ribas Ulbricht, Claudia Batista e Tarcísio Vanzin.

Novas Tecnologias e Mediação pedagógica

Nessa obra, José Manuel Moran, Marcos T. Masetto e Marilda Behrens abordam a revisão do papel do professor frente às tecnologias digitais e sua importância na construção de novas práticas pedagógicas.

Educ@ar – A (r)evolução digital na educação
Na publicação, Martha Gabriel se propõe a auxiliar os professores para acompanhar as tendências e possibilidades abertas pelos avanços da tecnologia na área educacional.

Séries

 

Black Mirror

A série britânica criada por Charlie Brooker retrata e satiriza a sociedade contemporânea e as possíveis consequências de sua relação com a tecnologia. Os episódios não são sequenciais, cada um conta uma história com início, meio e fim, o que permite que você assista na ordem que preferir.

Mr Robot

No filme, o hacker Elliot tem sérios problemas para se relacionar com outras pessoas. Ele trabalha numa empresa especializada em segurança digital durante o dia e combate ao crime usando suas habilidades de informática à noite. O vilão Mr Robot, personagem que dá nome à série, contrata Elliot para fazer parte de sua comunidade de hackers com o objetivo de destruir uma megacorporação. O enredo trata de espionagem digital, programação, softwares e o uso da tecnologia em nossas vidas.

 

Filmes

 
 

A Rede Social

O filme é baseado na história de Mark Zuckerberg, estudante da Universidade de Harvard que cria o Facebook. A rede social cresce e se transforma em um fenômeno, tornando os jovens sócios em bilionários. A disputa interna traz complicações legais e revela dramas pessoais

Metrópolis 

O filme é considerado uma obra-prima à frente de seu tempo. A história se passa em 2026 onde uma proprietária de indústrias, governa a cidade de Metrópolis. Entre os poderosos está Joh Fredersen, cujo filho se apaixona por Maria, uma jovem da classe trabalhadora que vive na cidade subterrânea, onde muitas pessoas operam as máquinas que fazem a cidade funcionar. Para tentar por um fim no romance, Joh pede a um cientista que crie um robô com as feições de Maria e acaba causando uma batalha entre as classes.

Documentários

 
 

On The Brink of a Networked Society

Esse documentário propõe uma reflexão de como as transformações trazidas pelas novas tecnologias afetaram nossa convivência com as pessoas.

Humans Need Not Apply

O documentário reflete sobre a presença de máquinas no cotidiano e projeta um futuro em que as pessoas terão menos funções – remetendo o espectador a pensar sobre o que vai mudar em sua vida.

Hackerspaces

Você já ouviu falar em um Hackerspace? É um espaço comunitário, que segue a ética hacker, em que o espírito inovador e livre. O lugar atrai pessoas com interesses comuns em socializar e colaborar em vários projetos. Eles usam o espaço como ponto de encontro para trocar conhecimento e experiências. Que tal aproveitar este período de férias para conhecer um hackerspace? Clique aqui para localizar o endereço mais próximo a você.

E você, possui alguma outra sugestão? Compartilhe aqui nos comentários, para que possamos nos inspirar e fazer a diferença em nossas escolas e aulas.

Desejo a todos ótimas festas e férias! Encontro vocês aqui no próximo ano.

Um grande abraço,

Débora

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Como alavancar a aprendizagem com recursos audiovisuais

Como alavancar a aprendizagem com recursos audiovisuais

Débora Garofalo - Colunista

Débora Garofalo - Colunista

Vocês têm notado a maneira que os alunos têm aprendido?!

Outro dia levei para a sala um estudo de caso sobre o cyberbullying,.  Ao começar a leitura do texto, ouvi um sonoro, professora vamos colocar no Youtube e ver se encontramos um vídeo sobre esse assunto? Imediatamente, pesquisamos e encontramos alguns vídeos e nos apoiamos ao texto para realizar as discussões sobre a atividade que estávamos realizando.

Essa atividade foi o suficiente para compreender que a leitura é e sempre será fundamental, porém o audiovisual (que é também uma forma de leitura) está cada vez mais presente na vida dos nossos alunos e se torna essencial levar essa importante ferramenta para dentro da sala de aula, não somente como consumidores, mas principalmente como produtores.

Já temos muitos educadores que fizeram do vídeo a sua sala de aula, principalmente pelo potencial de alcance entre os jovens. Entre os muitos canais de educação, destaco o Professor Procópio do Rio de Janeiro, com a linguagem simples e o jeito irreverente de ensinar matemática, atrai muitos estudantes. Você professor, também pode ter o seu canal, iniciando com equipamento simples, como o celular e ou uma câmera.

E como levar recursos audiovisuais para dentro da sala de aula?

 

Com uma gama de possibilidades, existem várias maneiras de inserir o audiovisual nas aulas, uma delas, é tornar os estudantes criadores de conteúdo, exercitando a mão na massa. Lembre-se o celular pode ser um importante aliado, para produzir conteúdo com os discentes de forma audiovisual. Abaixo, destaco algumas ações

 

A primeira ação: Considero essencial a mudança de atitude em nós, professores! É necessário quebrar a barreira que ainda temos das ferramentas digitais e começar a inserir novas maneiras de abordá-las no currículo escolar.

Segunda ação: Compreender que toda mudança leva um tempo para acontecer. Pode ser que em um primeiro momento as atividades não saiam como a planejado e isso não deve ser considerado como ação para que nunca mais ocorra, mais um momento de reflexão.

Terceira ação:  O diálogo é a porta de entrada para exercer a criticidade. Hoje na Internet encontramos uma infinidade de vídeos, sobre diferentes assuntos, onde cada vez mais conversar sobre ética e segurança é um fator chave para alavancar a aprendizagem.

Quarta ação: Dê destinos a equipamentos possíveis de trabalhar em sala de aula. O celular é uma boa opção, a maioria possui câmeras, vídeos e editores, que podem auxiliar no trabalho pedagógico.

Quinta ação: Explore com os alunos o potencial de criar vídeos. Assistir vídeos torna o currículo mais dinâmico, mas, inverter os papéis e fazer os alunos se tornarem produtores de vídeos, potencializa ações como colaboração, empatia, inventividade e criatividade, competências e habilidades tão essenciais a este século, além de aproximar os estudantes do seu aprendizado.

Sexta ação: Não basta apenas liberar o uso do celular, é preciso realizar um bom planejamento e ações, com objetivos claros, propiciando trabalhar com resoluções de problemas. Proponha etapas de trabalho pesquisa, elaboração de roteiro, pré-produção, gravação e edição. Combine processos, dividir tarefas e cobrar prazos para que os projetos se concretizem. Ao final do processo, avalie as produções e possibilitando novos aprendizados para todos.

 

Materiais de baixos recursos e sugestões para realizar vídeos

 

Câmera ou celular

Microfone (se não tiver, escolha lugares bem silenciosos para fazer a gravação)

Tripé (muitos são possíveis de serem produzidos pelos alunos)

 

Programas gratuitos para edição

 

Windows Live Movie Maker

Video Toolbox

VirtualDub

VideoSpin

E você querido professor, como costuma trabalhar com o audiovisual em sala de aula? Conte aqui nos comentários! Este é um importante espaço de troca e fortalecimento de práticas docentes.

Um abraço,

Débora

Formada em Letras e Pedagogia, pós-graduada em Língua Portuguesa pela Unicamp e mestranda em Educação pela PUC de SP. É professora de Tecnologias, trabalha com Cultura Digital, Robótica com sucata/livre, programação e animações; e implementação em tecnologias em Escolas Públicas. Vencedora na temática Especial Inovação na Educação no Prêmio Professores do Brasil e Finalista no Global Teacher Prize, considerado o Nobel da Educação.

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