5 maneiras de usar a tecnologia na Educação

5 maneiras de usar a tecnologia na Educação

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Débora Garofalo - Colunista

Início de ano letivo e uma tendência indiscutível na educação é o uso das tecnologias. Muitos educadores, ainda associam o uso com recursos e conectividade.

Sem dúvidas, é importante ter uma boa infraestrutura e conectividade para alavancar o seu uso, no entanto, é importante salientar que a utilização vai muito além disso, e muitas das vezes não perpassa nem conectividade e nem infraestrutura e sim atitude e se permitir aprender no processo, utilizando por exemplo, tecnologias sociais, que permeiam o território educativo. Além de poder ser trabalhada de maneira plugada com auxílio de aparatos tecnológicos e ou desplugadas com atividades de maneira concreta.

Assim, o uso de tecnologia na educação, visa facilitar processos de ensino e aprendizagem, através do processo de criação em que muitas vezes não precisamos reinventar a roda, mas dar um outro olhar para ferramentas e metodologias conhecidas, como no caso do pacote office e também das metodologias ativas, a cultura maker, entre outros.

Para os educadores é uma oportunidade de inovar na sala de aula, ao permitir mais interatividade, colaboração, empatia e uma educação pautada no processo integral. Desta maneira reunimos algumas maneiras que enfatizam o seu uso na educação. Vamos lá!?

 

Para levar à sala de aula

 

É importante ter mente que o uso da tecnologia na sala de aula, pode auxiliar a:

  • Interação professor e aluno;
  • Compreender dificuldades e personalizar o ensino dos estudantes;
  • Promover o protagonismo e autoria dos estudantes;
  • Promover um ambiente inclusivo.
 

Pelos seus benefícios, é importante que seu uso não seja focado apenas em uma sala de aula e ou um espaço específico, mas, que contemple o projeto político pedagógico da escola, para que de fato a tecnologia seja uma propulsora a aprendizagem e não um fim em si mesma.  Para isso é necessário:

 

Investir em formação docente

 

Aproveite os espaços de formação pedagógica para formar e orientar os educadores sobre o uso, criando uma cultura de uso da tecnologia na educação. É importante que os educadores também tenham a oportunidade de vivenciar a aprendizagem que podem variar desde a cultura digital, cultura maker, pensamento computacional, entre outros e que se permita aprender com os colegas.

 

Planejamento das aulas

 

É essencial que o educador contemple no seu planejamento o uso das tecnologias, que podem ter a finalidade de deixar as aulas mais atrativas e significativas e ou que busquem os estudantes a serem produtores de tecnologia.

Existe uma gama de possibilidades a serem trabalhadas na sala de aula, desde a personalização do ensino através de sites e blogs que promovam a criação, reflexão e autoria, a maneiras de desenvolver protagonismo como atividades mão na massa e ainda de autoria como documentários, animações que permitem interação entre os estudantes, estimulo a expressividade, respeito a diversidade de ideias, promoção de debates e ideias.

 

Incentivar a pesquisa

 

Os estudantes ainda possuem dificuldades em realizar pesquisas na esfera digital, é importante apontar caminhos, promover reflexões, dialogar sobre autoria e plagio e ensinar sobre textos multimodais e pesquisar em fontes que sejam confiáveis, trabalhando com temas de combate a desinformação.

 

Gêneros digitais

 

Em novos tempos, é essencial trabalhar com gêneros digitais que circulam em redes sociais que os alunos estão familiarizados e que, no entanto, possuem dificuldades em serem produtores, entre os gêneros podemos destacar, fanfics, blogs, vlogs, memes, podcasts, entre outros. A escola é um espaço propicio para vivenciar esses novos gêneros e compreender sua circulação.

 

Jogos para engajar a aprendizagem

 

O lúdico necessita ser ponta de entrada para a aprendizagem, e os jogos possibilita engajamento e motivação aos estudantes, além de trabalhar com situações de problemas e o desenvolvimento de habilidades importantes para a formação integral dos estudantes.

 

É necessário romper com velhos paradigmas e usar a tecnologia a serviço da educação!

Um abraço,

Débora

Débora Garofalo é Assessora Especial de Tecnologias da Secretaria Estadual de Educação de São Paulo (SEE SP) e professora da rede pública de ensino de São Paulo. Formada em Letras e Pedagogia, mestranda em Educação pela PUC-SP, vencedora na temática Especial Inovação na Educação no Prêmio Professores do Brasil, Vencedora no Desafio de Aprendizagem Criativa do MIT e considerada uma das dez melhoras professoras do mundo pelo Global Teacher Prize, o Nobel da Educação.

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Como inovar nas aulas em tempo de pandemia

Como inovar nas aulas em tempo de pandemia

Com as aulas sendo ministrada por tecnologia, muitos professores estão com dúvidas de como inovar em suas aulas, já que o planejamento das aulas presenciais e  das aulas mediadas por tecnologia são muitos diferentes entre si. Além de alguns materiais que estávamos acostumado a usar em sala de aula, sofrerem alterações para que possam se apresentando em aulas e suportes digitais. 

Precisamos olhar para esse período, como um período emergencial das aulas, considerando que é normal enfrentar dificuldades em preparar as mesmas, por isso planejá-la, trocar com o colega e compreender as diferenças podem te auxiliar a inovar no aprendizado. E para te auxiliar neste momento, reunimos algumas sugestões para que possa refletir e replicar. Vamos lá?!

 
 

Menos é mais

 

Sabe aquela frase menos é mais, é propícia para esse momento! Para que os estudantes possam se engajar com as aulas, é preciso que as mesmas sejam atrativas, interativas e que se sintam pertencente a ela, criando uma conexão com os alunos,  já que o meio ministrado é o suporte digital.

Os passos da aula devem ser apresentados aos estudantes e as mesmas devem ser compostas pela apresentação inicial e um acolhimento, apresentando a habilidade a ser trabalhada para que o estudante possa compreender a proposta e uma problematização e ou um tema gerador. Na sequência o desenvolvimento da aula com atividades e por fim uma retomada dos principais assuntos e também uma avaliação para compor o portfólio e ou uma rubrica que servirá de base para um replanejamento e compreensão se os estudantes estão conseguindo acompanhar as aulas. 

É importante promover a interação, mas permitindo que os estudantes escolham a maneira de participar. Muitos sentem receios de se expor e dizer algo que possa está errado e os amigos ficarem com brincadeiras, por isso é importante estabelecer combinados e sempre conversar com a turma sobre internet segura e cyberbullying.

Para levar para as aulas

 

Metodologias ativas

 

As metodologias ativas podem ser trabalhadas de diversas maneiras e um dos objetivos principais é tirar o aluno da passividade e trazê-lo ao centro do processo de aprendizagem, para que participe de maneira ativa da sua aprendizagem.

Vale trazer problemas reais e conversar com os estudantes sobre o momento atual em que estamos vivenciando e ofertar que os alunos reflitam sobre alguns aspectos, encontrando possíveis soluções.

A sala de aula invertida, também pode trazer engajamento e personalização ao aprendizado ao antecipar conteúdos que pode ser uma música, uma leitura e ou filme para que o estudante possa trazer pontos para a discussão nas aulas. O cuidado é somente propor coisas que são acessíveis aos discentes nesse momento.

 

Cultura Maker

 

Outro desafio possível neste momento é trabalhar com a cultura maker que propõe um aprendizado mão na massa. É possível aliar o seu aprendizado as metodologias ativas e incentivarem os estudantes criarem, utilizando a criatividade com materiais de fácil acesso e também apresentando propostas de substituição.

 

Habilidades Socioemocionais

 

Trabalhar com as habilidades socioemocionais é essencial, principalmente porque estamos administrando muitos sentimentos neste momento de pandemia. Prevê um acolhimento, uma atividade que pode até ser em formato de rubrica, ajuda a compreender um pouco mais como estão nossos estudantes e a replanejar as ações.

 

Os desafios são muitos, trazer os pilares da inovação, é importante  para mantermos a tranquilidade  e repassá-la aos estudantes, construindo caminhos juntos. As pessoas sempre serão o centro do processo de aprendizagem.

Um abraço carinhoso,

Débora

Débora Garofalo é Assessora Especial de Tecnologias da Secretaria Estadual de Educação de São Paulo (SEE SP) e professora da rede pública de ensino de São Paulo. Formada em Letras e Pedagogia, mestranda em Educação pela PUC-SP, vencedora na temática Especial Inovação na Educação no Prêmio Professores do Brasil, Vencedora no Desafio de Aprendizagem Criativa do MIT e considerada uma das dez melhoras professoras do mundo pelo Global Teacher Prize, o Nobel da Educação.

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Definitivamente 2020 está sendo um ano desafiador! No início da pandemia e da suspensão das aulas presenciais, sem saber ao certo o que nos aguardava, tínhamos a sensação que seria um breve momento. No entanto, estamos há 6 meses vivenciando a educação emergencial, com poucos Estados brasileiros, ensaiando a volta às aulas presenciais e a maioria realizando um estudo deste momento.

 

E diante deste cenário de incertezas, que chegou o momento de cultivar a resiliência, professor. Fomos desafiados a nos reinventar, de introduzir novas metodologias, de engajar, de administrar novas maneiras de conteúdo, de apoiar pais e estudantes, sem contar todas as tarefas pessoais. Ufa!

Com o isolamento social e o acúmulo de atividades, a longo prazo, a soma de todas essa ações pode levar os professores à exaustão, por isso cuidar da saúde mental e cultivar a resiliência, são essenciais neste momento.

 

Como cultivar a resiliência

 

A resiliência nasce da maneira de como respondemos e interpretamos os fatos e ações. A questão central é como agir a esses estímulos e o momento exato que precisamos colocar em prática essa habilidade, em um mundo que muda a cada segundo. Ter esse cuidado conosco é fundamental! Falamos sempre que precisamos trabalhar com as habilidades socioemocionais com os estudantes, mas estamos trabalhando em nós? 

Devemos a cada dia, está preparado para as mudanças e elas são uma das únicas certeza que temos não poderemos controlar, por outro lado, a forma que vamos responder  a essas mudanças, passa por nosso controle emocional. 

Todos nós professores, entramos na educação com o objetivo de impactar a vida dos estudantes. E a chave para alcançar esse objetivo está na forma que lidamos com as respostas, oferecendo aos nossos estudantes mais estabilidade e sendo um modelo para que possa inspirá-los ao longo de sua trajetória. 

Foco na resiliência

 A resiliência nos traz a oportunidade de exercitar o comportamento adaptativo e reconhecer nossas atitudes e ações, além de exercitar nossa capacidade na prática, com foco no o que, por que e como fazer essas ações. Estudos demonstram que podemos ser mais resilientes ao estresse do dia e dia se mantivermos foco diários, tornando mais forte, que permite prosperar e não apenas sobreviver. 
 
Compreender esses pontos nos auxilia a manter um equilíbrio saudável das nossas atividades e a seguir nessa carreira em contribuímos em prol do outro e em que a todo momento somos colocados a prova. Por isso, se torna tão essencial falarmos deste assunto e mais do que falarmos aumentar a resiliência da equipe, evitando assim o abandono da carreira docente e evitando doenças como a síndrome de Burnout, que ocorre pelo esgotamento físico e mental. 
 
Devemos cultivar a resiliência, porque nosso objetivo não é apenas ensinar nas sala de aulas, mas também aprender, superar desafios e cumprir propósitos, formar cidadãos integrais, mas também nos cuidar para que possamos contribuir.
 
Se cuide,
 
Um abraço carinhoso e até a próxima!
 
Débora
 

Débora Garofalo é Assessora Especial de Tecnologias da Secretaria Estadual de Educação de São Paulo (SEE SP) e professora da rede pública de ensino de São Paulo. Formada em Letras e Pedagogia, mestranda em Educação pela PUC-SP, vencedora na temática Especial Inovação na Educação no Prêmio Professores do Brasil, Vencedora no Desafio de Aprendizagem Criativa do MIT e considerada uma das dez melhoras professoras do mundo pelo Global Teacher Prize, o Nobel da Educação.

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