E-book: O quão importante é o diálogo entre a escola e a família no processo de aprendizagem do aluno?

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8 ideias para colocar em prática nas férias do seu filho

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Para algumas pessoas, especialmente as pequenas e os pequenos, parece que já estamos na reta final das férias. Mas, de qualquer modo, ainda há muito tempo para descansar e se divertir em casa ou durante as famosas viagens em família! Nessa etapa, há muitos adultos que já se perguntam sobre o que mais podem fazer om as crianças. Vamos pensar sobre?  

Além de ser um momento de dar um pause na rotina escolar, as férias escolares são uma ótima oportunidade para estreitar os vínculos entre pais, filhos, responsáveis e amigos. E tudo isso pode ser feito de maneira encantadora e lúdica, o que nos remete ao universo infinito de brincadeiras e atividades que podem ser adaptadas à realidade de cada grupo.  

Para trazer insights e inspiração, anote nossas dicas e ganhe aquele fôlego extra para colocar a criançada para gastar energia e aproveitar esse momento tão importante ao lado de quem está pronto para encarar tudo o que há de mais legal nesse período do ano!  

#1 CAÇA AO TESOURO 

Desenvolvendo habilidades como cooperação, resolução de problemas e trabalho em equipe, a brincadeira de caça ao tesouro é realizada com base em pistas que levam ao tesouro. Sendo assim, esconda um objeto e crie desafios que levarão a turma até a recompensa desejada. Importante: tenha em mente que uma pista deve abrir os caminhos para a próxima! Para estimular o raciocínio lógico, você pode criar charadas, como: “estou sempre sentada no sofá, mas não sou uma pessoa”. Sabe do que estamos falando? Acertou quem pensou em “almofada”!  

#2 BOLICHE 

Com uma torre de copos plásticos e uma bola, as crianças se divertem com o boliche caseiro! Além de estimular a coordenação motora, os pequenos ainda desenvolvem a matemática ao realizar a soma de pontos. Se possível, anote o número de acertos em cada rodada e, assim, crie uma jornada que levará ao nome do vencedor! 

#3 STOP 

Para as crianças que já foram alfabetizadas, o Stop ou Adedonha, é um jogo incrível para desenvolver ganho de vocabulário, velocidade na escrita e concentração; tudo embalado por uma boa competição saudável e divertida. Basicamente, é necessário uma folha de papel em que você possa fazer divisões relacionadas aos temas, como: nome, cor, lugar, comida, banda ou artista e música. Aqui, não há um padrão e quem dita as regras é a criatividade. Depois, realize o sorteio de uma letra e preencha as categorias com palavras que comecem com ela. Para ficar mais claro, imagine que temos colunas com as categorias ditas acima e a letra sorteada é a letra “A”. Os blocos poderiam ser preenchidos com: 

NOME – Ana 

COR – Amarelo 

LUGAR – Amapá 

COMIDA – Arroz 

BANDA – Arnaldo Antunes 

MÚSICA – A Letra A (Nando Reis) 

A ideia é preencher os campos o mais rápido possível, de modo que a primeira pessoa a terminar deve gritar “Stop”. Neste momento, todos param de escrever. A mecânica de pontuação é bem simples: cada resposta correta vale 10 pontos e as respostas repetidas deverão pontuar 5 pontos. O vencedor é aquele que somar a maior pontuação!  

#4 PINTURA COM ÁGUA 

Que tal pintar sem tinta? Com apenas papelão e água, as crianças se divertem com a ideia de pintar com água. Sem bagunça e sujeira, essa é uma ótima opção, pois basta molhar o pincel e passar no papelão para criar figuras. Utilizando a criatividade e a imaginação, os pequenos vão achar incrível ver suas obras sendo criadas com apenas água.  

#5 TRAVA-LÍNGUA 

Além de estimular a fala, o trava-língua é uma maneira divertida de ampliar o vocabulário. 

Comece sempre por frases mais simples e, depois, vá aumentando a dificuldade conforme for necessário. Algumas ideias são: 

  • O rato roeu a roupa do rei de roma.  
  • Chega de cheiro de cera suja. 
  • Pedro pregou um prego na porta preta. 

  • Teto sujo, chão sujo. 

#6 MASSINHA CASEIRA 

Que tal colocar a mão na massa, literalmente?  

A massinha caseira é um sucesso entre as crianças! Além disso, é uma brincadeira divertida e que trabalha a imaginação. Os pequenos ainda têm a oportunidade de fazer a sua própria massinha, estimulando uma pegada maker. Então, anote a receita: 

  • 4 copos de farinha de trigo 

  • 1 copo de sal 
  • 1 copo e meio de água 
  • 2 colheres de sopa de óleo 
  • 1 colher de sopa de vinagre 
  • Corante alimentar  

Junte os ingredientes e misture com as mãos. Se ficar muito seco, acrescente água, mas caso a massa fique mole demais, adicione mais farinha até dar o ponto de massinha de modelar. Por fim, adicione o corante para dar cor e, depois, é só deixar a imaginação fluir!  

#7 DOBRADURAS 

Criar com as próprias mãos é sempre um sucesso! Então, aposte nas dobraduras e crie aviões, barcos e até mesmo fantoches.  

Essa atividade promove o desenvolvimento da coordenação motora e da imaginação. Afinal, após realizar a dobradura, as crianças podem colorir as figuras criadas da maneira que preferirem.  

Para deixar essa atividade mais fácil, reunimos alguns tutoriais do canal Guiainfantil Brasil que você pode utilizar: 

#8 JOGOS DE TABULEIRO 

Os tradicionais jogos de tabuleiro sempre são uma ótima opção para se divertir com as crianças, mas vão muito além da diversão! Geralmente, estimulam a concentração e a competitividade.  

Alguns exemplos de jogos que você pode utilizar são: 

  • Xadrez
  • Dama
  • Ludo

E aí, partiu brincar? 1, 2, 3: tá com você! 

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Os primeiros dias de escola estão chegando

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A volta às aulas é um grande desafio para toda a comunidade escolar: enquanto os professores e a coordenação se preparam para um novo ano letivo recheado de desafios; os estudantes podem experimentar diversos sentimentos, desde a euforia por rever os amigos, até o saudosismo pelos momentos de descanso. Já os que chegam agora à escola podem vivenciar um período de insegurança e incerteza.  Claro, não podemos deixar os pais e os responsáveis de fora dessa equação, já que há um receio natural a respeito de como os filhos irão lidar com esse momento.  

Sabemos que, principalmente para os estudantes da Educação Infantil e Ensino Fundamental Anos Iniciais, há um período de adaptação na volta às aulas e esse tempo é essencial para os próximos meses. Sendo assim, a escola deve estar pronta  para lidar com essa situação com tranquilidade e acolhimento. Do outro lado, os responsáveis podem trazer o assunto em conversas familiares, de diferentes maneiras, enfatizando a importância da escola e os lados positivos de voltar à rotina. Pensando nisso, reunimos 4 dicas que podem auxiliar os pais neste momento tão importante. 

#1 Preparação  

Da compra do material escolar ao uniforme, envolva o estudante nos preparativos sempre que possível! Isso vale também para os pontos mais simples, como a identificação dos objetos que farão parte da rotina. Além de já irem entrando no clima, há a oportunidade de estimular o senso de responsabilidade com esses elementos que acompanharão o estudante ao longo de todo ano. Na véspera do início das aulas, realize a organização em equipe: chame o aluno para que ele escolha a roupa que vai usar para ir ao colégio, separe os materiais que serão utilizados no primeiro dia e já programe o lanche que será enviado. Tudo isso pode parecer simples, mas as atividades compartilhadas têm a capacidade de fazer com que as crianças se sintam muito mais pertencentes e tenham um início de ano letivo muito mais tranquilo. Outra dica é fazer o percurso até a escola e, quem sabe, aproveitar o trajeto para compartilhar experiências que possam inspirar! 

#2 Pontos positivos 

Nem toda criança entende com clareza o motivo pelo qual frequenta a escola. Afinal, em um mundo tão repleto de atividades, estudar pode ser tido como apenas uma obrigação. Desta maneira, é importante que os responsáveis expliquem  porque o aluno vai à escola todos os dias e o quanto é importante e gostoso aprender. Para que isso seja mais lúdico e palpável para o estudante, diga coisas boas sobre a escola, fale sobre as atividades que serão realizadas e destaque aquilo que mais pode chamar a atenção, como: pintar, brincar, cantar e fazer amigos! Deixe também que ele relembre o que gostava de fazer no ano anterior. Há inúmeros pontos que podem ser abordados nessa conversa e que vão deixar a criança animada e disposta para ir ao colégio.  

#3 Rotina 

Criar uma rotina é essencial para que a criança entenda quais atividades serão realizadas ao decorrer do dia e da semana. Sendo assim, sinalize o horário em que ela estará na escola, quando realizará as refeições, o dever de casa e a hora de dormir, por exemplo, além dos momentos livres e de brincadeiras. Com isso, o aluno passará a criar hábitos, entenderá que deve cumprir todas as atividades listadas e saberá que os momentos mais divertidos também tem lugar no seu dia-a-dia. Inclua as pequenas e os pequenos no planejamento familiar, atribuindo, dentro do possível, responsabilidades e tomadas de decisão. 

#4 Pergunte sobre o dia  

A atenção dos responsáveis é essencial durante todo ano letivo, mas, no início do ano é primordial que eles estejam mais próximos e acompanhem os alunos. Sendo assim, demonstre interesse sobre o dia da criança na escola e faça perguntas além do tradicional questionamento “como foi o seu dia na escola?”.  Aproveite para perguntar sobre os colegas, os novos professores, o que foi aprendido no dia, como foi o intervalo e se o estudante está gostando de ir para escola. Repare se há algum tipo de mudança de comportamento, já que nem sempre os mais novos têm a capacidade de elaborar sentimentos; sem falar no receio de parecerem inadequados ao fazerem algum tipo de reclamação. Esteja pronto para acolher, dividir suas experiências e demonstrar que a escola é um universo de grandes oportunidades! 

Como você notou, é possível fazer do período de adaptação um processo leve e tranquilo, colocando essas dicas em prática. Você, como responsável, é a maior referência do seu filho. Por isso, esteja perto das crianças durante esse momento e estimule a confiança delas. 

Bom início de ano a todos!

 

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O papel do professor quando assume o espaço de curador em nome de experiências que levem à aprendizagem

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Hoje, a geração dos chamados “nativos digitais” não é capaz de imaginar como era a vida antes da existência de ferramentas e dispositivos, como Google e smartphones, respectivamente. E o que dizer, então, das famosas enciclopédias, que muitos de nós tivemos como importante fonte de pesquisa na hora de realizar trabalhos escolares quando éramos estudantes? Há, entre os mais jovens da geração Z, aqueles que sequer tiveram contato com clássicos da literatura em sua forma física. Esses são apenas alguns indicativos de como a maneira como nos relacionamos com os gestos de ensinar e aprender mudou radicalmente e segue em constante transformação em função de transformações macro, capazes de alterar hábitos e comportamentos de toda uma sociedade. Diante desse cenário, há que se pensar que mudam também os perfis e os papéis do professor, que, mais do que nunca, se vê na desafiadora posição de curador.

Pode-se dizer, inclusive, que o professor curador é um símbolo da educação no Século 21, um período pautado pela hiperconectividade. O papel desse profissional tão essencial para qualquer sociedade vai além de “filtrar” conteúdos confiáveis para que possam ser disseminados entre os alunos. Também é dele a responsabilidade de fazer com que os discentes desenvolvam a habilidade de julgar, por conta própria, o que é ou não é válido em meio à chamada “infodemia” nascida com a internet: o fluxo infinito de informações que se espalha em alta velocidade na rede, muitas vezes sem checagem adequada.

Nem todo conteúdo é rei

Em 1996, Bill Gates, fundador do verdadeiro império chamado Microsoft, escreveu um artigo intitulado “Content is king” (“conteúdo é rei”). Nesse texto, ele falava a respeito de suas visões sobre a importância do conteúdo na era da internet. A frase que dá nome ao artigo se tornou célebre e, basicamente, previu o mundo em que vivemos hoje: quando o assunto é o universo online, os criadores de conteúdo são a força motriz da produção cultural e, também, financeira. Mas, como em outras esferas da vida, para cada conteúdo de qualidade, há incontáveis outros sem qualquer embasamento. Pior: há outros tantos que nem mesmo têm compromisso com a verdade. Não à toa, a expressão “fake news” tornou-se corriqueira e muito utilizada especialmente em tempos recentes, de eleições (em 2017, foi inclusive eleita “palavra do ano” pelo prestigiado dicionário Collins).

Nesse contexto, a figura do curador passou a ganhar cada vez mais importância. Para se ter uma base de comparação, nos bastidores de aplicativos como o TikTok, por exemplo, há times de curadores responsáveis por destacar conteúdos com mais potencial de engajamento. Nem todo trabalho de seleção do que vai pegar fica a cargo de algoritmos e associações ao acaso.

Os nativos digitais crescem com todo o conteúdo do mundo à disposição, a apenas um clique de distância: de informação a filmes, passando por música e toda sorte de entretenimento. Mas esses jovens muitas vezes não estão mental e intelectualmente equipados para selecionar o que é de fato um conteúdo de qualidade e, em inúmeras situações, nem mesmo distinguir o que é verídico. Um exemplo dessa inabilidade frente ao oceano de conteúdo na internet veio sob a forma de um número alarmante: em 2021, informações do relatório “Leitores do século 21: desenvolvendo habilidades de alfabetização em um mundo digital”, divulgado pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), mostraram que 67% dos alunos brasileiros de 15 anos (quase sete em cada dez) não eram capazes de diferenciar entre fatos e opiniões. O relatório foi feito com base nos resultados do Pisa 2018 (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes).

Pandemia e a disseminação do ensino EAD

A necessidade do ensino a distância durante a pandemia de Covid-19 escancarou ainda mais a importância de o professor abraçar o papel de curador. Com o processo de aprendizagem ocorrendo majoritariamente no ambiente online, o docente se viu diante da necessidade de encontrar as melhores ferramentas para a disseminação de conhecimento por meio de dispositivos que trazem a tecnologia com grande mediadora do processo de aprendizagem. Coube a ele fazer a curadoria não só do conteúdo que melhor se adaptava a esse contexto, como também curar as ferramentas digitais mais adequadas.

O professor curador é parte essencial dos paradigmas educacionais da atualidade: sai de cena a figura do “mestre”, posto que é assumido pela figura do “facilitador”, do “orientador” e, claro, do curador.

O que mudou, afinal?

O uso da internet no meio educacional, maior a cada dia que passa, promove uma alteração crucial nos processos de aprendizagem: antes, o professor era visto como o principal detentor de dados/informações e era responsável por transmitir essas informações aos estudantes. Hoje, dados e informações estão disponíveis em larga escala para qualquer pessoa com acesso a dispositivos conectados à internet. Isso não significa, no entanto, que qualquer um pode se tornar autodidata se tiver acesso ao Google. É aí que entra o professor como um orientador, como aquele que irá facilitar a construção de conhecimento por parte dos estudantes ao guiá-los frente à vastidão de informações disponíveis. É também nesse contexto que é possível enxergar a importância de o professor atuar como curador.

O perfil do professor curador

O professor curador é um profissional em constante atualização. Para oferecer a melhor trilha de conteúdo e as melhores ferramentas aos alunos, é preciso que ele próprio estude de maneira constante, mantendo-se à frente do que acontece no universo acerca da disciplina lecionada. “Trilha”, aliás, é uma palavra-chave: o professor curador é responsável por selecionar conteúdos que facilitam ao aluno criar uma trilha individual de aprendizado. “Mais interessante que elaborar novos conteúdos, o professor curador direciona seus esforços para identificar conteúdos existentes e elaborar uma trilha para o aprendizado dos jovens”, resumiu Miguel Thompson, ex-Diretor Acadêmico da Fundação Santillana no Brasil, morto em 2021.

A aprendizagem ativa serve muito bem a esse contexto: usando os materiais propostos pelo professor curador, o aluno pode ser guiado a assumir uma postura ativa na busca e na implementação do conhecimento de maneira prática. Também é importante que os conteúdos selecionados para as aulas sejam instigantes, para engajar os alunos.

Além da curadoria propriamente dita, esse “novo” professor deve buscar algumas outras habilidades, entre elas: capacidade de liderança por meio do exemplo (já que a figura do professor autoritário é ultrapassada), competências socioemocionais (para guiar os alunos no desenvolvimento da empatia e no gerenciamento de emoções, ambas caract
erísticas valorizadas no mercado de trabalho atual) e interdisciplinaridade (para implementar a resolução de problemas por meio da transversalidade entre diferentes áreas de conhecimento).

Experiências de aprendizagem

No momento em que o professor passa de detentor exclusivo do conhecimento para facilitador da aprendizagem, nasce a necessidade de se  pensar a respeito de como fazer com que o aluno aprenda de fato. O paradigma do “estudar para decorar”, por exemplo, caiu por terra: o que se busca hoje é que seja construído conhecimento que de fato sirva ao aluno.

Sai a “decoreba”, entram novas possibilidades, como a aprendizagem ativa. Fazer com que o aluno se torne o centro do processo de aprendizagem é um dos caminhos para o professor como curador. Nesse cenário, o professor oferece ao aluno as ferramentas para que ele deixe de lado a postura passiva de ouvinte e participe de atividades que o façam pensar de maneira prática sobre determinado assunto, disciplina ou problema.

É importante ter em perspectiva que todo professor faz curadoria em um momento ou outro. Mas, no contexto de assumir de fato a postura de professor curador, deve-se olhar para o processo da curadoria e para os objetivos desse processo. Trocar experiências com outros professores também pode ser muito valioso.

Como se faz curadoria

O conhecimento amplo, profundo e atualizado sobre um assunto, aliado à capacidade de análise crítica e ao poder de decisão é o mix que faz de alguém um bom curador. No processo curatorial, há três etapas básicas: pesquisa, seleção e divulgação/compartilhamento. O professor deve realizar esse ciclo sempre tendo em mente qual tipo de conteúdo tem maior possibilidade de atrair e engajar os alunos, sem deixar de servir ao que é proposto pela instituição de ensino e currículo da disciplina em si.

Formando cidadãos com capacidade analítica e crítica

Na era das fake news, é essencial ao professor formar cidadãos com capacidade crítica e analítica, capazes de encontrar fontes confiáveis, analisar dados por conta própria e embasar opiniões por meio de pesquisa.

Como exposto acima, o curador precisa ser um exímio conhecedor do objeto da curadoria, visto que ele é responsável por selecionar o que há de mais representativo dentro de um determinado universo. O mesmo fenômeno ocorre com o professor curador: muito depois de ter se formado em uma determinada área, esse profissional precisa se manter estudando, atualizado no que ocorre em seu campo de pesquisa, para assim proporcionar uma aprendizagem contemporânea. Mas não é apenas isso. O professor curador deve formar “curadores” em potencial. Não no sentido de carreira profissional, mas num sentido mais amplo e, talvez, mais urgente: é preciso que esses jovens tenham a capacidade de filtrar as informações que recebem, fazendo também uma espécie de curadoria antes de tomar algo como fato ou de repassar uma informação ao seu círculo social.

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Como estimular a leitura em jovens digitais?

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Em um mundo com tanta oferta de estímulos e informação, como criar e incentivar o hábito da leitura entre as crianças e os jovens? Como estabelecer as condições necessárias para que um livro – ou qualquer outro produto cultural baseado na escrita – possa ser consumido de forma equilibrada pelos indivíduos frente à praticidade e ao entretenimento encontrados, por exemplo, nas redes sociais e nos streamings de conteúdo audiovisual?

“Questões tão complexas não costumam apresentar respostas definitivas, o que pode ser visto como um convite para testarmos diferentes abordagens e, assim, desenharmos estratégias customizadas para cada pessoa ou grupo de pessoas”, comenta Leonardo Rabelo, Gerente de Serviços Educacionais da Santillana Educação.

“Especialmente em um país como o Brasil, pautado por uma enorme diversidade de hábitos e costumes, temos que estar dispostos a colocar em prática ações que se complementem e que tenham relação direta com o universo da criança e do jovem que queremos atrair para o contexto da leitura”, complementa Leonardo.

Pensando nisso, preparamos um grupo de dicas para quem quer aumentar a comunidade de leitores no país!

  • • Assuma o papel do influenciador – Isso mesmo: seja o leitor que você quer ver nas outras pessoas! Em um cenário marcado por relações cada vez mais horizontais, as referências podem ser mais eficientes do que os pedidos. Em outras palavras: demonstrar, genuinamente, o seu prazer e os benefícios que a leitura traz para você deve ser o primeiro passo para despertar a curiosidade nas crianças e nos jovens, que naturalmente estão em busca de inspiração.
  • • Curadoria de histórias que fazem sentido para quem lê – Na hora de indicar uma leitura, fuja do padrão, das listas já conhecidas e surpreenda-se! Ao nos desvencilharmos da ideia de que apenas os clássicos têm valor, por exemplo, ampliamos as possibilidades de encantar as pessoas. Em vez de pensar “o que eu gostaria de ler?”, coloque-se no lugar da outra pessoa e imagine o que vai fazer sentido para ela.
  • • Longo prazo – Criar o hábito da leitura é proporcionar à pessoa um estilo de vida que possa lhe acompanhar em todas as etapas de sua jornada. Por isso, mais do que a preocupação inicial com as “quantidades”, faça questão de proporcionar momentos de qualidade.
  • • Faça uso das tendências – Que tal intercalar o fichamento dos pontos mais importantes com a criação de um Reels ou um vídeo nos moldes do que fazem sucesso no TikTok? Inclusive, há muitos influenciadores digitais especializados em leitura e eles certamente podem ser uma ótima fonte de inspiração para quem vive antenado nas redes sociais.
  • • Abrace as tecnologias – Estimule experiências em que a tecnologia desempenha um papel interessante para quem busca a leitura. Para os pequenos, por exemplo, é possível explorar aplicativos que geram mais interatividade e imersão ao longo da história. Para os jovens, os aparelhos de leitura digital podem ser ótimas companhias para deslocamentos e passeios.
  • • Incentive a escrita – Assumir o protagonismo na contação de histórias é uma ótima pedida! Afinal, além de um grande estímulo à criatividade e várias outras habilidades relacionadas à escrita, ao terem a sensação de que também são autores, as crianças e os jovens se sentem mais próximos dos homens e mulheres que dão vida aos livros que chegam até eles.

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ESPECIAL Trilhas da BNCC | Ensino de línguas

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Percursos possíveis para trabalhar habilidades e competências exigidas na Base em todos os componentes curriculares.

Texto Educatrix

Conectar as diversas habilidades para desenvolver competências é a base da escola do século XXI. A Base Nacional Comum Curricular que o diga. A proposta de reestruturação das disciplinas como componentes curriculares dentro das áreas do conhecimento (Linguagens, Matemática, Ciências Humanas e Ciências da Natureza) por si só já demonstra o foco do documento em desenvolver, a partir da consolidação das competências específicas de cada área, atitudes que colaboram com a formação integral do aluno.

Apesar de ser algo bastante atraente na teoria, ainda há uma série de dúvidas sobre como estimular as competências no dia a dia em sala de aula. Por isso, convidamos autores de materiais didáticos e especialistas de cada componente curricular das quatro áreas do conhecimento para sugerir como planejar aulas, projetos e reflexões focados na autonomia e no protagonismo das novas gerações. Qual, de fato, é o papel das escolas dentro desse ecossistema vivo que transcende o projeto escolar e forma cidadãos globais?

A BNCC e a língua portuguesa

Um aprendizado baseado nas múltiplas práticas de linguagem.

Texto Moderna

a proposta da bncc para o ensino de Língua Portuguesa não é essencialmente inovadora, pois complementa o que já era proposto pelos Parâmetros Curriculares Nacionais. O componente é abordado sob a perspectiva enunciativo-discursiva de linguagem, cuja adoção implica a compreensão de que um texto não é apenas um conjunto de frases ou de parágrafos organizados para produzir sentido, mas a materialização de determinado uso da língua que ocorre em um contexto social e histórico e sob circunstâncias específicas.

Uma placa com a frase “Silêncio!” em uma parede de hospital, por exemplo, deve ser, sob essa perspectiva, analisada como um discurso, ou seja, como a expressão de uma ordem, produzida com a intenção de orientar o comportamento das pessoas para manter o cuidado com os pacientes. Na bncc, o texto (oral, escrito, multimodal/multissemiótico) torna-se o centro das atividades, implicando um trabalho com a língua não apenas como um código a ser decifrado nem como um mero sistema de regras gramaticais, mas como forma de manifestação da linguagem. A finalidade é fazer com que o ensino de Língua Portuguesa permita o desenvolvimento crítico e reflexivo do aluno como agente da linguagem, capaz de usar a língua e as linguagens em diversificadas atividades humanas.

Com esse objetivo, a bncc propõe práticas de linguagem de diferentes esferas ou campos de atuação: vida cotidiana e pública, artístico-literário, práticas de estudo e pesquisa jornalístico-midiático etc. Tais práticas devem ser norteadas a partir de quatro eixos organizadores:

01 – Oralidade Propõe a produção de textos orais, considerando as diferenças entre língua falada e escrita e as formas específicas de composição do discurso oral, em situações formais ou informais.

02 –  Leitura O foco está na interação ativa entre leitor/ouvinte/espectador com textos escritos, orais ou multissemióticos de diferentes campos. Para aprimorar a compreensão leitora, o professor pode propor diversificadas experiências de ler, ouvir, comentar textos escritos etc. Essas experiências devem incluir a reflexão sobre quem escreveu, para quem, sobre o quê, com que finalidade, em qual tempo e espaço, como o texto circulou etc.

03 – Produção de textos Propõe o engajamento dos alunos em situações reais de produção de textos verbais, não verbais, multimodais/multissemióticos, considerando o uso das linguagens adequado ao contexto de produção, recepção e circulação. Essas oportunidades de produção devem ser uma atividade sociointeracional, produzida a partir do diálogo, seja com um sujeito, seja com outro texto. Esse processo não deve ser uma tarefa burocrática, pois deve ser construído como uma atividade em que os alunos se envolvem com as práticas sociais da linguagem, por meio de planejamento, revisão, reescrita e edição de textos.

04 – Análise linguística / semiótica As habilidades desenvolvidas vinculam-se às práticas propostas nos eixos anteriores. Mantém-se o caminho do uso-reflexão-uso que visa a refletir sobre as possibilidades de uso permitidas pelo sistema da língua, oral ou escrita, e das múltiplas linguagens, e a ser capaz de aplicar o recurso mais adequado ao contexto em que está inserido. Propõe-se um trabalho que leve as crianças à reflexão sobre as diferentes materialidades, responsáveis pelos efeitos de sentido em textos oriundos de diferentes campos de atuação.

A bncc certamente ainda passará por algumas revisões. Afinal, não seria razoável supor que um documento desse porte nascesse pronto e perfeito. A prática em sala de aula certamente será importante fonte de contribuição para tais revisões.

Os desafios para o ensino da língua inglesa

Um exercício de empatia com foco na educação global e para a paz.

Texto Eduardo Amos

montserrat moreno nos ensina que mais difícil do que adquirir novos conhecimentos é conseguir desprender-se dos velhos. A chegada da Base Nacional Comum Curricular (bncc) pode confirmar esse ensinamento, pois significa o início de um dos mais profundos processos de renovação da educação nacional. De maneira geral, muitos professores estão dispostos a encarar os princípios propostos como uma possibilidade de minimizar certas condições que enfrentam atualmente e que são marcadas por indisciplina, violência e desvalorização do aprendizado bem como do próprio professor.

Em uma perspectiva geral, a Base reconhece que a “educação deve afirmar valores e estimular ações que contribuam para a transformação da sociedade, tornando-a mais humana, socialmente justa e, também, voltada para a preservação da natureza” (BNCC, p.8). Nesse sentido, a prática pedagógica tradicional baseada em muitos exercícios gramaticais mecânicos e repetitivos até conseguem produzir um resultado bom em termos de nota, mas jamais irá preparar o aluno para enfrentar os desafios da vida atual. Isso porque a educação tradicional está baseada em modelos do passado que atendem a demandas do passado. Hoje, o mundo e as relações humanas estão muito mais complexos e desafiadores, exigindo o desenvolvimento das competências socioemocionais, uma vez que, por meio desse processo se aprende a reconhecer, nomear e controlar emoções, demonstrar empatia, estabelecer relações sociais pautadas pela civilidade, se colocar no lugar do outro e tomar decisões de maneira responsável.

Soma-se a isso a farta documentação acerca do caráter violento do ambiente escolar, o que exige estratégias e abordagens que trabalhem questões como a resolução não violenta de conflitos, o acolhimento às diferenças, o saber conviver.

Diante desse cenário, dentre as dez competências gerais que devem permear transversalmente as disciplinas, chamamos a atenção para a de número 9, que propõe: “Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.” (bncc, p. 10).

Essa competência traz para a prática educacional questões altamente relevantes ligadas à Educação para a Paz. E, nessa perspectiva, os esforços pedagógicos para cultivar essas atitudes trarão benefícios à toda comunidade escolar. No entanto, a implementação da BNCC não pode estar apenas nas mãos dos professores. Esse processo deverá ser o resultado do esforço coletivo ou simplesmente nada acontecerá. E nossos jovens têm pressa. Ao contrário do que possamos imaginar, para eles, o futuro já começou. Para eles, o futuro é hoje!

Eduardo Amos

é autor de livros didáticos e paradidáticos há mais de 38 anos. Sua obra Students for Peace recebeu o prêmio ELTons 2017, concedido pelo Conselho Britânico em Londres na categoria Excelência em Inovação em Livros Didáticos para o Ensino de Língua Inglesa. É membro do GEEPAZ – Grupo de Estudos de Educação para Paz e Tolerância do Laboratório de Psicologia Genética da Faculdade de Educação da UNICAMP. Nos últimos anos tem trabalhado também na área de consultoria para instituições escolares na área de Educação para a Paz.

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Especial Trilhas da BNCC | O ensino de Arte

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Oportunidades que vão muito além do componente curricular.

A beautiful young girl smiles into the camera as she paints a picture in this art class portrait. Others around her are concentrating on their own artwork.
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A presença da Arte como um dos componentes curriculares da área de Linguagens no Ensino Fundamental, como se apresenta na Base Nacional Comum Curricular, foi desde a primeira versão pública do documento uma questão avaliada como um retrocesso pelos pesquisadores e professores do campo do ensino e aprendizagem das artes. A delimitação e caracterização do campo de conhecimento como disciplina Arte, nos Parâmetros Curriculares Nacionais de 1997 foi uma conquista hoje desconsiderada na estrutura da Base: de uma disciplina em pé de igualdade com as demais, a Arte passou a integrar uma área como um componente curricular.

Essa situação, por um lado, revela a fragilidade de um campo de conhecimento que nos últimos 50 anos vem tentando se afirmar e se qualificar no contexto escolar: da Educação Artística à Arte, de atividades de livre expressão à leitura de obras e produções contextualizadas. Temos um passado complexo que mesmo antes já transitava entre modelos tradicionais de cópias e repetições, acompanhando o próprio campo das produções artísticas e suas tendências.

Colocar a Arte em uma grade curricular não é tarefa fácil, pois estamos diante de um campo de conhecimento eminentemente caracterizado por invenções e criações nos contextos históricos, culturais e sociais. A Arte como componente curricular na BNCC se apresenta de forma pouco definida, há indicação de algumas competências e habilidades, porém não são estabelecidos claramente os objetos de conhecimento. Entretanto, pode-se lidar com o documento de forma proveitosa, abrindo ao professor a possibilidade de construção de percursos curriculares mais autorais e circunstanciados.

Importante destacar que na Base se mantém as especificidades das quatro linguagens: Artes Visuais, Música, Teatro e Dança. Apesar de não trazer uma discussão explícita sobre as formações iniciais específicas de professores e professoras e suas responsabilidades diante dos conhecimentos de cada uma das linguagens, pode-se aferir pela constante demarcação dos territórios de cada uma delas, que as responsabilidades devem ser respeitadas. O professor formado em Artes Visuais deve se ocupar primordialmente de trabalhar com seu campo de conhecimento, assim como os formados em Música, Teatro e Dança. Este entendimento é reforçado, sobretudo, quando compreendemos o que se define como Artes Integradas no âmbito do documento. Como uma das unidades temáticas, as Artes Integradas visam a explorar as relações e articulações entre as diferentes linguagens e suas práticas, ou seja, as hibridizações entre linguagens que o próprio campo das produções artísticas produz, incluindo-se também as integrações possibilitadas pelas novas tecnologias.

As compreensões e interpretações de um documento curricular podem ser diversas; porém, Artes Integradas não deve ser confundida com a ideia de um professor de artes polivalente, aquele que teria como obrigação trabalhar superficialmente com todas as quatro linguagens. No contexto da bncc, é uma unidade temática suplementar, que vem revelar as complexidades do campo.

A ideia de integração pode se estender para o entendimento de um currículo integrado, que possibilite integrar a Arte aos demais componentes curriculares. Por exemplo, uma proposta curricular que se paute em questões contemporâneas que atravessem as disciplinas, que ativem diversos conhecimentos e mobilizem o interesse dos estudantes pela pesquisa. A pesquisa como modo de conhecer, de viver experiências e de as tornar significativas de forma individual e coletiva. A Arte pode ser vista como um campo de conhecimento integrado e por esta via se destacar no currículo escolar.

Rejane Galvão Coutinho

é mestre e doutora em Artes pela USP e professora do Instituto de Artes da UNESP no curso de Artes Visuais Bacharelado e Licenciatura e no Programa de Pós-Graduação em Artes. É coordenadora do Mestrado Profissional em Artes – Profartes – do IA/Unesp. Tem artigos publicados em periódicos e livros sobre história do ensino de artes no Brasil, formação de educadores mediadores e a educação em museus.

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ESPECIAL EDUCAÇÃO 4.0|02 Construir, desconstruir e reconstruir a aprendizagem

ESPECIAL EDUCAÇÃO 4.0|02 Construir, desconstruir e reconstruir a aprendizagem

A interação com o outro é o ponto de partida para que os alunos possam construir, desconstruir e reconstruir a aprendizagem, em uma espiral de conhecimento, seja com o objeto de estudo ou com o exercício da docência. A mediação pedagógica assume novo enfoque, no qual o professor exerce o papel de orientador e incentivador, tornando-se parceiro do aluno e instigando-o a refletir e compartilhar. É importante ter em mente que aprenderemos juntos em uma aprendizagem colaborativa. Os professores são mediadores que constroem comunidades em torno do aprendizado, promovendo o talento e as habilidades de seus alunos.

As relações socioemocionais e interpessoais possibilitam elaboração e reelaboração por parte de professores e alunos. Ao redefinir o papel do professor, os processos educacionais têm como pilar o trabalho colaborativo. Para Marta Relvas, bióloga, Dra. e Ms. em Psicanálise, neuroanatomista, neurofisiologista, psicopedagoga e especialista em Bioética, ao utilizar ferramentas tecnológicas, o professor consegue ativar o cérebro do estudante por meio de “rotas alternativas” para produção de novas conexões neuronais e aquisição do aprendizado. O ato de fazer estabelece e fortalece as interligações neurais, formando o que a neurobiologia denomina de “teia neuronal”.

O professor, na Educação 4.0, deve ter percepção e flexibilidade do trabalho docente, assumindo diferentes papéis na aprendizagem: aprendiz, mediador, orientador e pesquisador na busca de novas práticas. O docente precisa criar circunstâncias propícias às exigências desse novo ambiente de aprendizagem, assim como propor e mediar ações que levem à cognição do aluno. Para isso, é preciso ter metas e objetivos bem definidos, compreendendo o contexto histórico sociocultural e as dificuldades do aluno. Como contraponto, o poder público precisa entender a prática docente como uma atividade transformadora, cujo papel é mediar o conhecimento.

O que esperar da educação 4.0?

O primeiro passo é integrar a escola com o uso das tecnologias e com o currículo, fomentar conversas com as diferentes áreas do conhecimento, explorar as metodologias ativas para trabalhar e desenvolver projetos que trabalhem a investigação, a resolução de problemas, a produção de narrativas digitais e o desenvolvimento do aprender a fazer, transformando ferramentas digitais em linguagem. O processo da Educação 4.0 não é algo pronto e não existe uma receita; está em criação constante. A seguir, vamos conhecer mais sobre algumas estratégias que têm funcionado.

Metodologias ativas

As mudanças propostas pelas metodologias ativas propõem transmutação de papéis: o aluno é protagonista, tendo participação ativa no processo; e o professor é o mediador do processo, em que o fazer é estratégia principal para alcançar os objetivos pedagógicos. Um muito comum, que ganha destaque, é a aprendizagem baseada em projetos, o Problem Basead Learning (PBL).

Cultura maker

Os movimentos realizados nas escolas e os chamados makerspaces estão fortalecendo uma educação pautada em criatividade, usando diversos recursos e contando com um ambiente propício à experimentação. Estudos realizados por pesquisadores da Universidade de Stanford (EUA) demostram que estudantes que vivenciaram a aprendizagem mão na massa tiveram um desempenho 30% mais alto do que aqueles que seguiram o aprendizado de maneira convencional.

Equipamentos são importantes, mas é necessário deixar claro que disponibilizar altos recursos tecnológicos e ambientes virtuais de aprendizagem não garante aprendizagem efetiva; é essencial que eles venham acompanhados de práticas pedagógicas que possibilitam experienciar vivências significativas, pautadas em uma educação humanizadora e integral. A abordagem ainda é um desafio para a educação, principalmente para as escolas públicas, mas não é impossível.

Espaços de aprendizagem

Não é preciso ter um makerspace para tornar a sala de aula um ambiente mão na massa. Reorganizar o mobiliário e incluir, a baixos custos, bancadas, reaproveitando portas e prateleiras, e acrescentar cavaletes e ferramentas, já proporciona um lugar de trabalho participativo e colaborativo entre os estudantes. No Especial Mão na Massa do portal Porvir, você pode consultar um simulador maker, com uma lista de equipamentos, custos e sugestões de atividades pedagógicas para realizar com alunos do Ensino Fundamental e Médio. Para construir esse espaço, é possível envolver o entorno e pedir doações de materiais não utilizados em casa, integrando a escola e a comunidade.

Situações de aprendizagem

Favoreça estratégias que contribuam para o desenvolvimento de projetos. Uma das propostas é trabalhar com questões norteadoras, que agucem a criatividade e despertem para explorar coisas novas, permitindo testar, errar, refazer, reavaliar, aprendendo a fazer, através de um roteiro de trabalho.

Comece com projetos simples que fortaleçam a empatia, o espírito lúdico, a criatividade, a vivência e a autonomia. Leve para a sala de aula materiais não estruturados e recicláveis como papelão, plásticos, potes, tampinhas, garrafas PETs, materiais eletrônicos como Leds, resistores, baterias, motores de 3V, 9V, garras de jacarés, conectores, fios, suportes de baterias, produzindo projetos mão na massa.

Programação

Nas aulas, os alunos podem codificar e desvendar o Scratch, um software on-line e off-line, livre e gratuito, que funciona de maneira fácil e intuitiva, através de blocos de arrastar, montar circuitos elétricos, incorporando o pensamento maker. Como professor, você pode montar fichas de observação e investigação para os estudantes registrarem o conhecimento. A partir destas fichas, você pode realizar intervenções e apontar caminhos necessários ao processo.

Todas essas habilidades são importantes para resgatar o encantamento das aulas e desenvolver o espírito criativo e inovador, e funcionam para as todas as áreas do conhecimento. É preciso explorar novos recursos e ferramentas, mediando o espaço entre o aluno e a informação, de forma participativa e interativa, próxima da realidade no processo de construção e reconstrução do seu conhecimento ao trabalhar com as diversas facetas do processo de aprendizagem. Porque o futuro já chegou.

Débora Garofalo é professora da rede pública de Ensino de São Paulo, Formada em Letras e Pedagogia, mestranda em Educação, colunista de Tecnologias para o site da Nova Escola.

Para saber mais: Portal QEdu | Porvir, Especial Mão na Massa

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Especial Metodologias ativas | Formação professores

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O desafio de formar o educador do século XXI, conectado às demandas de uma geração cada vez mais digital.

Se você é usuário das redes sociais, em especial do Twitter em que uma ideia é expressa em somente 140 caracteres, certamente já ouviu a expressão Trending Topics. Traduzindo, são os “tópicos em tendência“, os temas mais comentados. Já deve ter ouvido falar também sobre a ferramenta Google Trends, que mapeia os temas mais pesquisados no Google.

Se tivéssemos ferramentas como estas para descobrir os assuntos mais falados da área de educação, o termo “metodologias ativas” estaria entre os trending topics de hoje. Parece, de repente, que ele está no foco de educadores, pensadores, especialistas e, também, dos vendedores de novidades da área.

A educação não está imune aos conceitos que entram e saem da moda. Vimos conceitos fundamentais, como interdisciplinaridade, transdisciplinaridade, construtivismo, sustentabilidade, estilos de aprendizagem, inteligências múltiplas, currículos e avaliação por competência, pedagogia de projetos, pilares (ufa!), serem iluminados e relegados com a rapidez de um verão. Não por serem descartáveis, muito pelo contrário, mas por serem citados para tudo e por todos como solução simples para as complexas questões impostas aos que pensam e que atuam na área.

Outro movimento comum na educação envolve os conceitos que aparecem como grande novidade e que, na verdade, foram propostos e construídos ao longo do tempo. Ao sermos apresentados às pretensas novidades, pensamos: “mas eu já ouvi isso” ou “eu já faço isso”. Por isso, para abordar o conceito das metodologias ativas, convido você a um olhar em perspectiva. O exercício nos ajuda a compreender a importância de abordar a educação como um ato contínuo, como um processo gradual que se constrói pouco a pouco com as contribuições e experiências de muitos, fruto de uma práxis, do pensar unido ao fazer, do avaliar e rever. Muito mais do que achar que trabalhamos num grande mercado de novidades, vale colocar as nossas experiências e reflexões em contexto e entender que contribuímos coletivamente para a construção educativa.

As metodologias ativas compreendem a experiência e a ação dos alunos como elementos decisivos para a aprendizagem. Elas se opõem ao modelo baseado na transmissão, pelo professor, dos conteúdos a serem memorizados pelos alunos.

A valorização da experiência como elemento de aprendizagem emerge no contexto do século XVIII, na Europa e nos Estados Unidos, cenários das revoluções liberais e das ideias de independência, respectivamente. O estudante é reconhecido como indivíduo, cidadão portador de direitos. Um dos precursores na construção teórica e na prática dessas ideias foi o suíço Johann Pestalozzi (1746-1827), que fundou, em 1805, uma escola com um currículo voltado para as atividades dos alunos. Ele influenciou outros educadores como Herbart (1776-1841) e Froebel (1782-1852), este último foi quem cunhou o termo “Jardim da Infância”. Froebel propôs que a escola fosse um espaço de desenvolvimento para as crianças, comparando-as às plantas que crescem e se desenvolvem com vigor em espaços apropriados. Para isso, jogos e brinquedos selecionados garantiriam o desenvolvimento dos pequenos por meio da ação do brincar.

A ideia de que a ação, em contextos previamente organizados e com objetos adequados, promove a aprendizagem também está presente nas propostas de Maria Montessori (1870-1952), psiquiatra italiana que colocou a atividade das crianças no centro da aprendizagem. Um ambiente desafiador proporciona, na visão montessoriana, a autoeducação e autonomia das crianças. Neste ambiente, os professores atuam como orientadores e facilitadores, mas a aprendizagem é um processo individual e autorregulado. As classes reúnem alunos de diversas idades e em nada se parecem com as salas de alunos enfileirados, em silêncio, ouvindo o professor e realizando atividades idênticas.

Contemporâneo de Maria Montessori, Celestin Freinet (1896-1966) teve uma contribuição fundamental para fortalecer a importância do fazer para aprender. Para ele, no entanto, a ênfase estava no trabalho e na cooperação em atividades conectadas com o mundo a volta da escola, muito mais do que em materiais específicos, como propuseram Montessori e Froebel. Foi Freinet que mostrou a importância de os alunos estarem em contato com o ambiente e com as comunidades que os cercam, conhecendo realidades e histórias, que se transformavam nos jornais produzidos pelos próprios alunos e partilhados com outras escolas. Usando as tecnologias de seu tempo, como tipografia e o correio, o educador francês propôs metodologias ainda atuais. Para ele, o ambiente da escola deveria se assemelhar a um espaço de trabalho, em que professores e alunos atuassem para produzir e realizar, com criatividade e cooperação, um produto que teria sentido e finalidade para todos.

O americano John Dewey (1859-1952), outro contemporâneo de Montessori e Freinet, em sua vasta produção, durante quase um século de vida, explicitou a importância da ação, do fazer, como elemento fundamental da aprendizagem. Ao propor que a escola não era o lugar de preparar jovens para a vida, senão a própria vida, mostrou a relevância dos desafios da vida real, das questões complexas, cuja solução teria sentido tanto para o aluno como para a sociedade em que vivia. Dewey defende que somente a participação do estudante em uma atividade de interesse comum, dele e da sociedade, pode proporcionar a aquisição do saber intelectual articulado ao sentido social. Portanto, toda a aprendizagem deve ser integrada à vida, adquirida em uma experiência real, em que o aprendido na escola tenha o mesmo lugar e função que tem na vida. Para ele, só se aprende o que se pratica. Por isso, o currículo precisa ser organizado por experiências construídas e reconstruídas. 

O valor dado a experiência também está presente no pensamento de outro americano, o psicólogo Carl Rogers (1902-1987). Por meio de atos, o aluno adquire aprendizagem mais significativa. Assim, é preciso que a escola coloque o estudante em confronto experiencial direto com problemas práticos, de natureza social, ética ou pessoal. O estudante aprende quando participa do seu processo, faz escolhas em função de desejos e interesses pessoais, em que estão presentes cognição e afeto. Para Rogers, aprendizagem fundamental é o próprio processo de aprendizagem. Ele defendeu a ideia do professor como facilitador dos caminhos individuais e coletivos de aprender, aquele que proporciona um ambiente adequado à emergência dos interesses individuais e dos grupos, que contribui para que seus alunos encontrem indagações e interesses significativos e que se empenha para que tenham os meios e os recursos necessários para percorrer suas trajetórias. O professor torna-se, ao lado de seus alunos, um aprendiz.

Vale lembrar que esse conjunto, extenso ainda que incompleto, de contribuições de que somos herdeiros, influenciou, na década de 1930, os intelectuais brasileiros que publicaram o Manifesto dos Pioneiros da Educação, com a proposta para mudanças significativas no país. Ali, há quase 90 anos, já encontramos menções à importância da ação e da experiência para a aprendizagem. Vemos, portanto, que as metodologias ativas já estão presentes há muito na formação do pensamento pedagógico. Então, afinal de contas, o que as traz de volta aos trending topics?

As metodologias ativas em um mundo conectado

Numa sociedade totalmente conectada em que a informação vem em fluxo e em que os saberes necessários à vida e ao trabalho se modificam rapidamente, as capacidades de autorregulação, de aprender e organizar a própria aprendizagem e atuar sobre questões novas e problemas complexos só pode ser desenvolvida numa escola que garanta a aprendizagem ativa, o fazer, o experimentar. Arrisco a dizer que as metodologias ativas são o caminho possível para garantir a aprendizagem significativa, sobretudo num tempo em que a maior competência a ser aprendida não é mais a absorção de muitos conteúdos, mas a capacidade de ler e aprender ao longo de toda a vida. É no século XXI que metodologias ativas, propostas há mais de um século, encontram um ambiente propício para serem desenvolvidas, diante da crise que a escola tradicional e conteudista enfrenta e que busca novos desenhos.

Arrisco, ainda, a propor que as tecnologias digitais e a vida em rede, marcos da contemporaneidade, trazem para as metodologias ativas uma série de novas possibilidades de interação e, ao mesmo tempo, proporcionam aos estudantes construir caminhos individuais a partir de seus interesses e competências. Espaços de fazer, próprios da cultura maker, programas de imersão, simulações e experimentações, prototipagem e realização de projetos com tecnologia, acesso à informação são alguns exemplos de articulações possíveis das metodologias ativas com as tecnologias digitais. O desenho de um professor que fala para uma classe dá lugar a diferentes alunos, articulados, presencialmente ou a distância em espaços de interação, em que têm acesso a informações, programas e ferramentas com os quais criam percursos e respostas significativas. Interagem com conteúdos em ritmos e processos próprios, podendo coordenar sua aprendizagem. Isso vale tanto para conteúdos específicos e limitados, com os quais cada aluno se relaciona, como para projetos complexos que integram áreas de Arte e Ciências, grupos de trabalho e tempos mais longos.

E como formar professores para atuarem em ambientes e processos tão diversificados? Vejo que o caminho é a formação dos educadores nas mesmas condições em que irão atuar. Não é possível formar professores facilitadores desses processos em aulas expositivas ou transmissivas. Não é possível ensinar professores a contribuírem para que seus alunos sejam curiosos, lidem com questões complexas, desafios cujas respostas não foram ainda dadas sem que os próprios professores tenham que lidar com elas. É preciso que enfrentem o ‘não saber’, o desafio da dúvida, da investigação, de ser aprendiz e compreender o erro e o ensaio como partes decisivas para a aprendizagem. É necessário colocar em jogo vários conhecimentos e saberes, para além das suas disciplinas. Precisam saber fazer escolhas de conteúdos, tanto quanto de fontes e de processos e metodologias. E precisam desenvolver, assim como os seus alunos, as competências para aprender ao longo de toda a vida, já que as certezas e os saberes estáveis duram cada vez menos e o que permanece é a nossa capacidade de compreender e reconstruir as nossas experiências todos os dias.

Costumo dizer aos educadores da escola em que atuo como coordenadora de Tecnologia Educacional, que, diariamente, ao me levantar, sei que novos aplicativos, programas e metodologias foram lançados enquanto eu dormia. E para me apropriar de alguns deles, o que está em jogo é conseguir lidar com a ideia (e também com a angústia) de que ainda não os conheço, mas posso experimentá-los e aprender a usá-los. Que posso encontrar parcerias para partilhar comigo as indagações e as experiências. Que o que aprendi em experiências anteriores, assim como a aprendizagem de pesquisa e reflexão que acumulei ao longo dos anos, me permitem articular esses novos dispositivos aos objetivos que temos como educadores.

O novo é matéria-prima no diálogo com as nossas experiências. E que não nos limitemos a transmitir conteúdos, mas construir as competências que levaremos para aprender a vida inteira. E elas dependem da experiência e do fazer. Mãos à obra: ao erro, ao acerto provisório, ao fazer e refazer, como aprendizes educadores. Esses são os trending topics do nosso tempo.

Zilda Kessel é educadora, mestre em Ciência da Informação e Comunicação (ECA/USP) e doutora em Currículo-Novas Tecnologias em Educação (PUC/SP). Atuou como professora em cursos de Pedagogia e Licenciatura, na Faculdade Singularidades e no Senac/SP e nos projetos educativos do Museu da Pessoa, Instituto Itaú Cultural e Portal NET Educação. É coordenadora de Tecnologia Educacional da Beacon School.

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